A última Encíclica Papal - Caridade na Verdade - merece ser lida e discutida. Quem escreve isto é um não crente que reconhece a influência da Igreja Católica e acha que a sua doutrina social continua a oferecer recursos para pensar criticamente a economia e as transformações necessárias para a tornar mais solidária. A minha crónica semanal pode ser lida no i.
Sobre a economia social e solidária podem ler com proveito este artigo de Sandra Monteiro no último número do Le Monde diplomatique – edição portuguesa: «Só se não cairmos em simplismos que venham substituir a ilusão do homo economicus por uma espécie, igualmente «natural», de homo cooperativus é que poderemos colocar-nos no terreno da construção, árdua e contraditória, dos arranjos que pensamos terem mais capacidade para instituir práticas que favoreçam sociedades mais assentes na cooperação, na reciprocidade, etc. Práticas que aproveitem as potencialidades de cada homem e mulher, que garantam uma melhor utilização dos recursos socioeconómicos ao serviço do bem comum e que o façam tendo em conta a sustentabilidade a longo prazo, ou seja, assegurando que o respeito pelo tempo dos homens incorpora o respeito pelo tempo da Terra». Foi recentemente lançado entre nós o Dicionário Internacional da Outra Economia, um magnífico instrumento de trabalho para todos os que estão interessados em construir alternativas democráticas no campo da provisão. Não percam.
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