quinta-feira, 11 de junho de 2009
Irão: teocracia e capitalismo
O Irão continua a ser um país de que se fala muito, mas que é pouco conhecido. Trinta anos depois da proclamação da República Islâmica, proliferam muitos estereótipos e amálgamas, num processo que a inclusão no célebre «eixo do mal» apenas veio acentuar.
Ainda que a União Europeia e os Estados Unidos tendam a olhar para a esta eleição, cuja primeira volta ocorre a 12 de Junho, do ponto de vista do dossiê nuclear, entre os eleitores iranianos vai ser decisiva a análise que fazem da situação económica e social interna. Se nas eleições de 2005 a descrença na capacidade dos candidatos «reformistas» para resolverem esses problemas deu a vitória a Mahmud Ahmadinejad, agora é o balanço do mandato do presidente que vai ser avaliado.
Muito se diz sobre a vertente teocrática do regime iraniano, mas analisa-se pouco o quanto ele assenta num quadro económico dominado pelas regras e mecanismos do capitalismo. Que país existe hoje?
Num artigo publicado no número de Junho do Le Monde diplomatique – edição portuguesa («O Irão dominado pelo dinheiro»), o economista Ramine Motamed-Nejad faz o retrato de um país dominado pelo valor do dinheiro, pela ostentação da riqueza e pela corrida ao lucro. Um país profundamente endividado (especulação, bolha imobiliária, crise do sector bancário…), mergulhado na falta de transparência e na corrupção. Um país atingido pelo desemprego, pela quebra persistente dos salários, pelas privatizações de sectores estratégicos da economia…
O autor fala de um «capitalismo de monopólios». Vale a pena ler, para fugir aos preconceitos – diabilizadores ou quaisquer outros – e compreender a complexidade do Irão de hoje.
Sócrates vai ler o seu texto
ResponderEliminarobviamente
fará mais um mamarracho
licenciado
Por outro lado:
ResponderEliminarHitler ensaiou infrutiferamente obter receitas na blogosfera
Refugiado num bunker em Berlim, poucos dias antes de 30 de Abril de 1945, data do seu suicídio, Hitler é confrontado pelos seus generais com o débâcle total do seu blog, donde esperava receitas suplementares que lhe permitissem prolongar a guerra.
No auge do desespero, Hitler dispara em todas as direcções e nem sequer poupa os outros bloggers, com especial incidência no Blasfémias, Arrastão, Causa Nossa, etc.
Vídeo legendado em português
Saudações!
ResponderEliminarhttp://revisionismoemlinha.blogspot.com/
Lá, como cá( no Ocidente), os Fascistas-Neoliberais exploram e subjugam os povos.
ResponderEliminarLá, é Teocrático,cá, é Democrático.
Estranhos são os caminhos do Senhor.!!!!!!!!!!
No Irão há liberdade de debate e de expressão. No Jugular feminofascista É QUE NÃO ! Abaixo a censura feminofascista !
ResponderEliminarNão é impossivel que, de facto, tenha havido um plano para manipular os resultados, vindo de alguns sectores do regime (ministério de Interior,etc.) que conseguiram convencer Khamenei a dar-lhes cobertura. O regime não é monolítico como os regimes estalinistas, bem pelo contrário, pelo que, se foi isso que se passou (há tantas manipulações...), do próprio sistema democrático iraniano brotará a solução. Que parece esboçar-se com a contagem dos votos decidida pelo conselho dos sábios. A ver vamos. Caso se confirme a fraude, os seus autores devem demitir-se.
Mas é perfeitamente ridiculo o entusiasmo da neoconeiragem e das feminofascistas (v.g. Jugular) com a evolução iraniana. Moussavi é ex-PM de Khomeini, islamista, antisionista militante e a favor de uma "force de frappe" nuclear, para assugurar a dissuasão. Neste particular nada mudará... como não mudará a rejeição pelas mulheres iranianas ( que são 60% dos estudantes universitáriaos) da decadente ideologia do putedo feminista ocidental, que não lhes reconhecem o direito de usar o véu islâmico na Europa. Em Teerão, se houve irregularidades, serão corrigidas e os seus autores responsabilizados politicamente.
Mas continua a gritar-se "ALLAH U AKBAR" nos telhados. O que também quer dizer :"Morte ao sionismo e ao regime satânico de Telavive".
Euroliberal