No meu artigo de hoje do Público (11/05/2009), "A grande desilusão?", lanço um desafio crítico a Alegre, em particular, e às esquerdas portuguesas, de uma forma geral.
Pretendia (e pretende) o texto ser uma crítica contundente q.b. a qualquer uma dessas pessoas e forças, mas também uma crítica positiva, construtiva e um desafio a que essas pessoas e partidos assumam as suas responsabilidades: Os portugueses querem sobretudo saídas, soluções, e não apenas protesto...
Apesar das críticas que lhes dirigo, o MIC e Alegre acharam por bem reproduzir o texto no seu sítio da internet, onde o mesmo pode ser integralmente lido.
Caro André,
ResponderEliminarAcho que chegámos a um sítio "delicado" e onde nos podemos perder, sobretudo por más interpretações: responsabilidade política!
Estou com o Manuel Alegre e com as questões que ele coloca, mas começo a ficar preocupado com o "...de depois?!?" ie se há responsabilidade política no "pós-protesto" ou se depois do protesto (válido, fundamentado, construtivo...) há responsabilidade política para assumir as opções e sobretudo a posição de pretender ser, através dos protestos, identificado como uma opção.
Isto de andar a mandar postas de pescada, é muito fácil...depois é que são elas!
Tout façon, Manuel Alegre: eu estou contigo e convosco!
Abraço,
Miguel
"Os portugueses querem sobretudo saídas, soluções, e não apenas protesto..."
ResponderEliminarPois é, essa é uma grande verdade.
Alegre, como a esquerda em geral, protesta muito e cria pouco.
O apagamento dele deve-se certamente a ter percebido que a retórica não constitui, infelizmente, uma alternativa social e económica
A rotatividade entre PS/PSD já não serve. Traduz-se numa especie de maioria absoluta permanente, do centrão ao longo deste tempo, que nesta ultima decada só nos tem assustadoramente afastado ou feito divergir da UE. o CENTRÃO ACTUALMENTE ANDA DE PALHAÇADA EM PALHAÇADA
ResponderEliminarPS é centrão, PSD é centrão, maioria absoluta seria a soma dos resultados catastróficos do PS+PSD para Portugal e isso seria mais uma vez o centrão.
Novamente teriamos a mesma coisa.
NÃO SAIMOS DISTO???
Está na altura de optar! e só há duas opções:
Ou bloco Central
Ou
Bloco de Esquerda.
Não ha mais alternativas na linha do horizonte
Vida nova ou mais do mesmo
Quanto a Manuel Alegre criar um partido e coligar-se às esquerdas é uma ideia que, embora pouco possivel (tempo) no curto prazo, poderá vir a resultar no médio prazo ( feito com tempo e com consistencia, sem pressas)até porque entretanto talvez o grupo Socrático já tenha ido à vida..
Agora, se Alegre selecionar um grupo de nomes do MIC e negociar com Socrates a sua elevação a deputados pelo P. Socialista, (para criar assim um contrapeso no PS), eu pergunto será a morte do MIC?
Será o apagamento de Alegre logo após as eleiçoes?
Tera este minigrupo novo de deputados socialistas força para mudar a costela Neoliberal Sócretina?
Duvido
Mais depressa levam um abraço do urso.
Na minha opinião, Alegre ( e o MIC) faria bem em manter-se à parte deste PS do grupo Socretino
E aguardar que os cidadãos do seu MIC no tempo certo lhe deiam o apoio oportuno.
Um acordo do MIC com o PS seria, quanto a mim, uma forma de perder a razão ao querer "saír" do PS. Seria como dizer:
ResponderEliminar"Eu saio porque discordo do que aqui se faz, mas quero continuar como deputado da força governativa."
Faz muito mais sentido o MIC coliga-se ao BE para criar uma esquerda mais robusta e abrangente.
Como bem diz o André Freire no seu artigo, um “governo de tipo esquerda plural estimularia a clareza das alternativas que são presentes ao eleitorado”. Um eleitorado que desconhece que pode existir outra coisa, que não “isto”…
ResponderEliminarMas também acho que com este PS, tal não é possível. É frequente ver Lello, Vitalino e Vital (este que nem é do PS!) em manobras de hostilização para com Alegre.
Penso que com esta liderança, este PS não é mais aquele da sua fundação, tendo hoje uma política pouco diferenciada em relação ao seu irmão do centrão.
Uma coisa me parece: sem mudanças no estilo, nas políticas e na sua formação, não vislumbro um governo de esquerda plural com este PS. E isto, Manuel Alegre deve-o saber melhor que nós…
Outra política é possível, para além do cliché da “esquerda de protesto” que se ouve por aí. Este blogue tem abordado de forma séria muitas alternativas por onde deve passar uma política de esquerda. Não há ninguém insubstituível; há pessoas na esquerda radical e não só, com vontade e capacidade para encetarem mudanças.
Bom dia,
ResponderEliminarQue paulatinamente me vá ausentando mais da rede, como medida exemplar que pretendo aos mais novos dar, é conveniente dar-vos os parabéns por V/ blog, que vem colmatar a necessidade que sentia de aceder a informação fundamentada, com bases verdadeiramente socialistas, humanistas, progessistas ou lá como a decidam etiquetar.
Tornais-vos pois, para mim, fonte de informação a seguir com atenção, para posteriores teorizações que levem à práctica.
Para melhor usufruto da vida num planeta perfeito, criticando a acção humana que não vise o bem-comum e um futuro salvaguardado;
cumprimentos H. PontedaLuz
Em verdade verdadinha, aqui para nós que nínguém nos ouve, o PS nunca foi outra coisa (busquem bem no vosso intimo.!) senão uma fraude.
ResponderEliminarE isto, quer os PSs queiram ou não -mas eles bem sabem que é verdade- logo desde o 25 de Abril em que, com a sua publicidade enganosa, levaram as pessoas a votar neles convencidas que estavam a votar num partido verdadeiramente socialista.
E que assim foi, aí está a história a demonstra-lo.
Senão,vejam só o que é que resta das chamadas conquistas do 25 de Abril, desde a constituição á saúde; desde as condições de trabalho á educação e por aí adiante, agora ainda pior, claro, e sempre pela mão do sempre fraudulento PS.
É claro que a direita( que muito cria - como por ex a miséria e a exploração desenfreada ( ou desregulada !?)por esse mundo fora)aplaude.
Veja-se a CIP e os Ferrazes da Costa deste país que muito têm contribuido para o seu estado actual mas que continuam a ter tempo de antena para vender os seus disparates.
Será que esta gente ainda não percebeu que isto não pode continuar neste caminho.!?
Será que ainda não perceberam que é preciso um corte radical com este estado de coisas.!?
O Manuel Alegre, ao que vejo, afinal, parece que não percebeu. É só farol, como dizia o outro.
Caro anónimo,
ResponderEliminarpara um "corte radical" basta ter uma tesoura.
O problema é saber, depois, o que se faz com os bocados.
É o que a direita - incluindo o PS claro- tem feito ao longo destes anos todos.
ResponderEliminarÉ o chamado corte e costura.
O que é muito engraçado mas nada estranho, é que o corte e costura atinja sempre os mesmos que assim vao ficando com as roupas cada vez mais curtas.
Agora que é pena que a tal tesoura não faça cortes radicais nas roupas dos bem vestidos de sempre, lá isso é.
...e o que é que o Caro Anónimo tem feito ultimamente, para contrariar tais costureiros, visto que esta Alfaiataria também é sua ?!
ResponderEliminarOlhe, vou usando a única arma que tenho e que o 25 de Abril me deu, ou seja, o voto.
ResponderEliminarE depois vou fazendo algumas coisas pelos meus semelhantes, ajudando aqui e ali conforme posso.
Depois, finalmente, de vez em quando, vou fazendo estes desabafos que nada resolvem mas que sabem bem e o figado agradece.
Já agora deixe-me dizer que isto me parece mais um pronto a vestir e já não uma alfaiataria pois que já pouco aqui se produz.
Seja como for tem toda a razão.Também é meu e por isso ainda não desisti.
MÁRIO-HENRIQUE LEIRIA, Contos do Gin-Tónico
ResponderEliminarRIFÃO QUOTIDIANO
Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia
chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a
é o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece
"Os que bons conselhos dão
ResponderEliminarÁs vezes fazem-me rir,
-Por ver que eles próprios são
Incapazes de os seguir."
De António Aleixo.
"Este livro que vos deixo".
Obrigado por todos os vossos comentários!
ResponderEliminarAs últimas notícias parecem dar-me razão: a postura defensiva e até algum tacticismo parecem ter-se sobreposto à vontade (do Manuel Alegre) de ser consequente e à disponibilidade para correr riscos...
André Freire