Não resisto a divulgar algumas passagens de um livro do sociólogo Michel Crozier, já aqui mencionado, que mantém toda a actualidade apesar de escrito há mais de uma década e estar centrado na sociedade francesa. Em alguns pontos, suprimi a referência à França sem prejuízo do sentido:
“Estas manifestações nada têm a ver com as greves clássicas de tipo reivindicativo. Elas surpreenderam tanto os sindicatos quanto os poderes públicos. … O que exprimem estes manifestantes, directa ou indirectamente, é simplesmente um apelo à escuta. A sua mensagem, nunca entendida, é no entanto clara: “Escutem-nos ! Tentem compreender quanto o nosso trabalho … é importante e extremamente difícil ! Não subestimem os nossos problemas ! Vocês tratam deles sem os compreender, vocês diminuem-nos, vocês consideram-nos executantes que não têm voto na matéria, que somos incapazes de ter uma visão de conjunto das nossas tarefas. Escutem-nos ao menos !”
[Este é o primeiro de uma série sob o mesmo título]
Gostei! Fico à espera de mais.
ResponderEliminarAcho extraordinário que uma professora ( com agregação..) de sociologia, um historiador e sociólogo e outro que não me lembro bem do que faz..não conheçam os teóricos da sociologia das organizações..
ResponderEliminarO que raio se passa no departamento de sociologia do ISCTE?
p.s. já me lembrei...o outro senhor parece que ensina os futuros professores de uma ESE