Vale a pena ler isto: "Agora que os países desenvolvidos resgataram e garantiram grande parte dos seus sistemas financeiros, criou-se uma demarcação mais nítida entre activos "seguros" e "de risco", estando os países emergentes na segunda categoria. A fuga para aplicações seguras já está a tornar-se um pesado fardo para esses países. E o pior provavelmente está para vir quando os capitais dos seus residentes se juntarem em massa à fuga de capitais. (...) Eis a razão pela qual a ajuda externa é absolutamente indispensável. Este é o momento, se ainda não houve outro, para o FMI actuar como verdadeiro credor global de último recurso - de forma massiva, e sem muitas pré-condições. Linhas de crédito para os mercados emergentes devem ser abertas antes que o pânico se agrave. "
Numa perspectiva Polanyiana, também à escala global a economia vai ter de ser institucionalizada ao serviço da sociedade-mundo. Bretton-Woods II vem a caminho e, com muito debate e lutas (isto leva o seu tempo), ver-se-á melhor a necessidade de um Banco Central do Mundo ... e de uma moeda única também para a economia global. Algo inimaginável pode estar em gestação.
De facto, colocar as questões em termos de evolução pode deixar perplexos os economistas educados apenas com modelos probabilísticos. Precisam de perceber que a evolução é aberta, portadora de novidade, e que não podemos fugir à incerteza radical que está no âmago do mundo. Mas não admira. Ninguém lhes ensinou que o paradigma da Economia era outro na maior parte das universidades dos EUA nas primeiras décadas do século passado. Ler este livro de Hodgson ajuda a perceber como a Economia, na sua versão ortodoxa, descolou do real.
O tempo que vivemos está a fazer justiça ao institucionalismo.
Economia é mesmo parecida com astrologia. olhando prás estrelas , os mayas , há 5000 mil , anos vaticinaram uma coisa parecida com governo mundial lá pra 2012 . verdade.
ResponderEliminarmmm... eu não sei de mayas. Mas sei de FMI, e sei o que a citação diz: mais uma abertura de mercados ao estilo da Rússia pós-soviética e da crise dos tigres asiáticos, onde sim, o FMI teve muito a ver.
ResponderEliminaro primeiro anónimo, sabe do que fala.Mas eu acho que ate lá (2012) vão acontecer coisas que vale tambem a pena referir. Nomeadamente o colapso do Dolar e com ele uma crise nos EUA dramática. Aliás, ja começam os sprays com frases ameaçadoras deixadas nas portas das casas de alguns gestores financeiros da banca mundial. Assim como já apareceram cartas com pó branco em mais de 2 dezenas de balcões da banca. Mais, alguns diplomatas já vieram a terreiro dizer claramente sobre certos responsaveis financeiros: « eu prendia-os».
ResponderEliminarEntão
Um levantamento popular nos estados unidos não está fora de questão, bem pelo contrario, é facil perceber a ira de pessoas que de um momento para o outro vêem-se passar do conforto de uma casa, para o desconforto de dormir num carro, perdendo assim tudo aquilo que tanto lutaram para ter.
Penso que este é o grande problema que a America ira enfrentar nos proximos tempos, ou seja, o controlo marcial das populações, depois do dolar estoirar. Porque vai estoirar.
António
Bretton Woods II?
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