É triste que do debate do estado da nação no parlamento vá ficar como memória (efémera) um «tenha tento na língua» dirigido por um primeiro-ministro a um deputado. Os «porque não te calas?» por parte de figuras de autoridade parecem estar a tornar-se frequentes. O exemplo vem de «cima». Parece até que em França houve um jornalista que foi efectivamente calado.
Pois é. Na Espanha mesmo se comercializaram camisetas com a frase do rei sob uma coroa fulgente, e a admiração dos comentaristas políticos nas tertúlias de todos os meios foi constante durante vários meses, permanecendo na primeira linha de comentários muito acima do que habitualmente permanece qualquer outra coisa. Os espanhóis estavam, de súbito, orgulhosos de um rei sem conteúdos, que serve apenas para vestir o traje de chefe de todos os exércitos da Espanha e para sair nas revistas rosas a bordo do Bribón. De qualquer modo, eu iria além do aqui dito: o que está ganhando uma presença perigosa é isso de proibir sem reparo. Já afeitos aos grandes cartazes onde se nos interdita quase tudo, topo que agora assistimos a um novo tipo de proibição, de alta voz e cara a cara. Então?
ResponderEliminarSócrates tá a ir longe demais.
ResponderEliminaro problema, em relação ao senhor josé, é que ninguém o leva suficientemente a sério para o mandar calar a ele. só que quem cala, consente. e quando derem por ele, está convertido e investido como tiranete.
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