quarta-feira, 18 de junho de 2008
Os novos tubarões do crédito
Vale a pena ler este post de Pedro Lains sobre os novos tubarões do crédito ao consumo. Sinceramente, fiquei chocado com as estratégias de cobrança que Pedro Lains relata na primeira pessoa (embora não fosse o próprio o devedor). Com agressivas propostas de crédito ao consumo, estas empresas, muitas vezes com nomes respeitáveis como Cofidis ou General Electric, cobram taxas de juro muito superiores - duas a três vezes - ao já questionável crédito ao consumo da banca “tradicional”, aproveitando-se da iliteracia financeira reinante (sobretudo entre os mais pobres). Agiotagem moderna. É, pois, urgente regulamentar e vigiar estes novos agentes nascidos da liberalização financeira. Penso, aliás, que só ganharíamos com a sua ilegalização.
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ResponderEliminarBoa ideia! Ah! e proponho também que se ilegalize a pobreza. E as discussões nas tascas em torno da arbitragem. E os gajos que cheiram mal da boca. E os cancros de pele. E os taxistas salazaristas. Todos prá prisão!
ResponderEliminarA solução passa pela regulação da actividade das instituições financeiras que concedem crédito ao consumo. O regulador tem de exigir que as empresas esclareçam de forma clara (em termos que um leigo entenda) as condições em que o crédito é concedido: taxas de juro, comissões, prazos, montantes, sensibilidade às taxas de juro, etc.
ResponderEliminarEu penso que só ganharíamos com atitudes mais violentas contra os directores e administradores destas «instituições de gatunagem». É ingénuo acreditar na justiça.
ResponderEliminarÉ urgente um regulador competente nesta area.
ResponderEliminarPor exemplo devia ser obrigatório que as condições (tipo TAE) tivesse o mesmo tamanho de letra como o maior tamanho utilizado no resto da publicidade, ou que as taxas publicitadas só pudessem ser as anualizadas (para evitar a mentira que muitas vezes dizem nos produtos financeiros).
A taxa de esforço deveria ser para os totais de créditos e não apenas para habitação e deveria ser criminalizado a solução que os bancos propõem quando o seu cliente ultrapassa a taxa de esforço (sem que a expressão é abusiva e irracional, mas é o que sinto).
Quanto aos mercados é necessário garantir que quem os utiliza são os agentes que funcionam nesses mercados e não simples especuladores.
Tarzan disse: "Boa ideia! Ah! e proponho também que se ilegalize a pobreza. E as discussões nas tascas em torno da arbitragem".
ResponderEliminarTem toda a razão no seu sarcasmo.
Aliás, que se legalize a escravatura e o trabalho infantil e a venda de orgãos em vida, para ajudar a acabar com estas dívidas à Cofidis. (Tadinhos.)