Embora o governo trabalhista se tenha esforçado para encontrar uma solução alternativa, a grave situação financeira do Northern Rock obrigou à sua nacionalização. Um "fechar de portas" do banco implicaria, além das perdas de milhares de pequenos aforradores, a desconfiança generalizada no sistema financeiro. A economia britânica não aguentaria o abalo. É certo que esta decisão não é mais do que uma socialização das perdas privadas, resultado das arriscadas opções que tomaram os seus dirigentes. No entanto, é muito significativo que a primeira nacionalização em terras de sua majestade desde os anos 70 seja a de um banco. Mesmo a contragosto, a intervenção pública atinge a principal esfera de poder das economias contemporâneas. A maré está a mudar?
As marés não mudam. A alta segue-se à baixa. Ou ao contrário. Tanto faz.
ResponderEliminarNacionalizar um banco?
Chapéus?!... há muitos.
E os queijos?
Bem curadinhos, podem acompanhar bifes ao pequeno-almoço.
Mais tarde. Devolvidos à procedência. Depois da cura. Os bancos. Claro.
Os queijos são para quem gosta de os comer e os chapéus para quem os souber usar.
Na capa do Guardian de hoje estava a informação que os advisors do governo já tinham sugerido em Outubro que a melhor solução era a nacionalização.
ResponderEliminarAcontence que esse advisor não é o partido comunista britânico, nem nada que se pareça... é nem mais nem menos que o Goldman Sachs (o tal banco americano que previu o subprime meltdown nos USA).
A ideologia e a cassete neoliberal fizeram o governo perder tempo precioso, mesmo contra a opinão de um dos maiores (melhores?) simbolos do capitalismo americano. New "labour" indeed.
Sinseramente não acho este facto positivo. Apenas demonstra que o Governo Inglês vai usar o dinheiro dos seus contribuintes para recuperar um banco falido e depois o colocar novamente no mercado, certamente para ser adquirido pelos seus antigos donos a um preço insignificante se comparado com aquele que teriam de dispender agora para o comprar.
ResponderEliminarNão queria escrever "...para o comprar", mas sim "...para o recuperar"
ResponderEliminarvamos dividir o mal pelas aldeias inglesas! Onde estao os Senhores responsaveis por esta obra de arte, continuam confortavelmente nos seus jaguar, e o povo que pague a factura!
ResponderEliminarComo é óbvio, não é moralmente justo que se socialize o risco (e por isso as perdas, como neste caso) quando se privatizam os lucros que dele decorrem. É necessário um qualquer mecanismo de provisão que privatize o risco, para que não tenha que ser o zé a pagar a factura. Como é que isso funcionaria?
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