sábado, 23 de fevereiro de 2008
A «mãe de todas as crises»?
Sabemos que uma crise financeira circunscrita se pode ter transformado numa crise económica generalizada quando começamos a perceber que podemos estar trancados num ciclo vicioso em que a evolução dos preços dos activos e o sobre-endividamento, que tinham suportado a «economia eufórica» (Minsky), conduzem a perversas reacções em cadeia que trabalham numa única direcção: crescentes problemas de insolvência, vendas forçadas, quebras dos preços dos activos, desestruturação dos precários e opacos circuitos da finança de mercado, contracção do crédito e do investimento a gerarem quebras de rendimentos que alimentam todo o processo e o intensificam. Como sempre liquidez é a palavra de ordem. E o esforço descoordenado para a obter só agrava os problemas. Sigam os doze passos, propostos por Martin Wolf, para a «mãe de todas a crises» e verão como a ilusão dos mercados auto-regulados pode custar cara aos EUA e ao mundo. Que fazer? Cortar juros, injectar liquidez, aumentar a despesa e o investimento público e reformar e, em alguns casos superar, os «processos de mercado» que geraram tudo isto. E, se calhar mais importante, abandonar definitivamente a fé na possibilidade e bondade dos equilíbrios de mercado.
A onda bate na lâmpada e recua... deve ser do carburador!
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