sábado, 5 de janeiro de 2008
Bom senso contra a irresponsabilidade mercantil
Como já aqui fizemos referência, as melhores instituições universitárias do país têm resistido aos apressados planos do governo para que se generalize um modelo fundacional de direito privado muito mal definido e de mais do que duvidosa utilidade para a «manutenção do fundamental: a universidade como serviço público, como espaço de conhecimento livre, e gerida democraticamente» (Miguel Vale de Almeida). Sobre isto vale a pena ler também o sensato artigo de Nuno David do ISCTE que avança com a ideia de que este modelo «não acautela de modo categórico a equiparação das fundações às outras instituições públicas quanto ao financiamento das dotações base do orçamento estatal, apresentando riscos de excessiva desresponsabilização financeira do Estado, bem como de perda de autonomia das instituições face ao governo, devido a necessidade de negociar os contratos com o Estado» (Público). As instituições de excelência não podem estar dependentes de pessoas que apenas querem agradar aos poderes do momento sabe-se lá a troco de quê. Por isso esperemos que se multipliquem as rejeições desta aventura mercantil proposta pelo governo.
A foto não podia ter sido melhor escolhida: o nome do novo presidente da "fundação" do ISCTE mostra bem da vontade que há em controlar, no caso de forma indecorosa até...
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