Ontem, mais de meio milhão de pessoas manifestaram-se em França contra as reformas propostas por Sarkozy, no que é o maior movimento social desde o famoso "Inverno do descontentamento" de 1995. Fica um pequeno sabor a França, como homenagem:
Lamento mas este não é de todo o maior movimento social desde 1995, não chega nem de perto à mobilização, nem ao impacto que teve o movimento anti-CPE há dois anos. E mais importante ainda não tem a popularidade junto da opinião pública que teve o CPE que foi visto como uma causa justa, este movimento é visto como um movimento anti-Sakozy (que foi eleito há pouco) a pretexto de privilégios de algumas classes, nomeadamente os maquinistas (cheminots). Ontem foi a junção pública que esteve em greve, mas nos outros dias têm sido os transportes, em defesa dos regimes especiais de reforma (o que hoje em dia me parece insustentável). Não só esta greve não é muito popular junto da opinião pública, como nem sequer o é entre os trabalhadores em questão. A participação tem descido de dia para dia, e é menos de 50%. Pessoalmente parece-me que esta greve é um erro estratégico, e a esquerda europeia devia olhar com atenção para o que se está a passar em França, e retirar as devidas lições.
Lamento mas este não é de todo o maior movimento social desde 1995, não chega nem de perto à mobilização, nem ao impacto que teve o movimento anti-CPE há dois anos. E mais importante ainda não tem a popularidade junto da opinião pública que teve o CPE que foi visto como uma causa justa, este movimento é visto como um movimento anti-Sakozy (que foi eleito há pouco) a pretexto de privilégios de algumas classes, nomeadamente os maquinistas (cheminots). Ontem foi a junção pública que esteve em greve, mas nos outros dias têm sido os transportes, em defesa dos regimes especiais de reforma (o que hoje em dia me parece insustentável). Não só esta greve não é muito popular junto da opinião pública, como nem sequer o é entre os trabalhadores em questão. A participação tem descido de dia para dia, e é menos de 50%.
ResponderEliminarPessoalmente parece-me que esta greve é um erro estratégico, e a esquerda europeia devia olhar com atenção para o que se está a passar em França, e retirar as devidas lições.