quinta-feira, 20 de setembro de 2007

A barreira do preço

No Público de hoje podemos ler que «cerca de metade da população portuguesa não tem capacidade para pagar uma consulta de medicina dentária». Aqui há tempos um simpático economista sueco perguntava-me por que é os portugueses tinham uma dentição tão má (uma das coisas que, algo surpreendentemente, o tinham impressionado quando visitou o nosso país). Parece que temos mesmo os piores resultados da Europa nos cuidados de saúde oral. A resposta é óbvia: incompreensivelmente, esta especialidade não faz parte do SNS e por isso os mecanismos de exclusão pelo preço são aí especialmente vigorosos. Até quando?

3 comentários:

  1. A barreira do preço é imposta pela corporação.

    A corporação reduz ao mínimo a concorrência interna. Reduz a oferta. Não há manipulação de preços directa, há controle da oferta.

    Infelizmente a nossa constituição, excelente a limitar direitos individuais a favor do estado, oportunamente esqueceu-se de eliminar a fonte de poder das corporações.

    Entretanto podem falar do SNS. O problema é o estado ter pouca responsabilidade, está claro. Não é haver pouca concorrência, tambem está claro. E assim o corporativismo anda de mãos dadas com o socialismo.

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  2. Corporativismo pernicioso, é a ilação que tiro daqui.

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  3. Espero que durante muito tempo. Quanto mais rápido abolirmos a medicina socializada, mais depressa a economia crescerá no sentido de haver dentistas acessíveis para todos.

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