«Os salários dos portugueses caíram 0,7% no ano passado, revelou ontem o Banco de Portugal, que mantém para este ano a estimativa de crescimento da economia em 1,8% e revê em ligeira alta - para 2,2% - o aumento do PIB em 2008. O investimento caiu 2% em 2006 mas agora, após a retoma das exportações, será um dos motores da economia (. . .) Mais vulneráveis, afirmou Vítor Constâncio, estão os extractos populacionais 'com rendimentos mais baixos'».
Esta foi a estratégia delineada por quem conduz a política económica em Portugal, à imagem do que se passa em tantos países europeus: contracção do crescimento da massa salarial de modo a facilitar a recuperação, manutenção e aumento dos lucros das empresas e a favorecer o sector exportador que assim teria uma estrutura de custos mais ligeira. Isto, e a quebra do investimento público, geram uma contracção da procura interna. Embora a procura externa tenha crescido, esta não é suficiente para nos tirar de um crescimento anémico porque muitos dos países de destino das nossas exportações estiveram ou estão apostados na mesma estratégia de compressão da procura interna (caso da Alemanha), favorecendo os sectores exportadores. Com o euro a valorizar-se, a estratégia de extroversão extra-comunitária encontra os seus limites.
E que tal começar a pensar em estratégias cooperativas de relançamento da procura à escala da União?
E depois aqui d'el rei que os portugueses não se reproduzem...
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