segunda-feira, 16 de julho de 2007

E agora?

Vitória do PS, mas com algum esfarelamento da sua base eleitoral. 29,5% é, de facto, uma vitória muito curta. Helena Roseta, com 10,2%, é a grande beneficiada. Ruben e Sá Fernandes mantêm posições. Carmona divide ao meio um já frágil PSD e o CDS aproxima-se a passos largos do PND. Afinal de contas, Lisboa não é o Insurgente.
A abstenção gigantesca não é de esquerda ou de direita. Simplesmente não sabemos.

A esquerda esmaga a direita. Sim, estas categorias ainda fazem sentido. É sempre, a mesma cantiga: quando a direita é derrotada, logo os comentadores nos informam que esta distinção já está ultrapassada. Aliás, não sei se repararam: Helena Matos, Luís Delgado, Nuno Rogeiro. A extrema-direita estava bem representada na televisão. Já a esquerda à esquerda do PS, com perto de 30% dos votos, não tinha nenhum comentador na noite televisiva das eleições. Critérios.

Agora vamos ao que interessa. Seria bom que António Costa, Helena Roseta, Ruben de Carvalho e José Sá Fernandes se sentassem a uma mesa para conversar sobre Lisboa. Juntos teriam força e legitimidade para procurar encontrar soluções para uma cidade em colapso. Alguém me explica a razão que pode levar Costa a um esquema de alianças pontuais?

2 comentários:

  1. "A abstenção gigantesca não é de esquerda ou de direita. Simplesmente não sabemos." Concordo sem a ultima frase.

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  2. Uma pequena correcção:

    quer A CDU, quer o Bloco de Esquerda NÃO mantiveram o nº de votos e percentagem, apenas o nº de eleitos

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