quarta-feira, 16 de maio de 2007

Os lobos uivam, mas a caravana passa

As honras de Estado póstumas, como a trasladação para o Panteão Nacional dizem-me muito pouco. Contudo, fiquei enojado com a campanha que está em curso contra um dos maiores escritores portugueses do século XX, Aquilino Ribeiro (1885-1963). Este escritor das «Terras do Demo» (norte do distrito de Viseu) pautou a sua vida, não só por uma imensa mestria no domínio da nossa língua, como pelo combate pela democracia, quer contra a monarquia, quer contra o fascismo. Por tudo isto merece o nosso respeito e admiração.


Dado o carácter vil e mentiroso desta campanha que tem vindo a ganhar peso nos media e na blogosfera mais trauliteira, resta-me a indignação e o regozijo de, pelo menos, a memória de um escritor razoavelmente esquecido ter sido reavivada.

2 comentários:

  1. Já ninguém se lembra do Aquilino!
    Era até engraçado em vez de ouvir Cavaco, ouvir Duarte de Bragança!
    Já ninguém se lembra do Aquilino!
    Poderia ser interessante em vez de ouvir Sócrates ouvir o Salazar!
    É até preciso esquecer Aquilino:
    a luta, qual luta!?
    Somos todos uma nação de meninos de coro bem educados! Combatemos com sussurros!
    Nos tempos que correm, lutar é apenas descer a Avenida da Liberdade a passo lento, em grupos alinhados por educadas faixas!
    Puta que pariu a democracia que ousa pôr em causa um Aquilino!

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  2. É de facto nojento e revelador. Não se veria (espero) alguém de esquerda a fazer semelhante campanha contra, p.ex., o Almada Negreiros.

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