sexta-feira, 28 de julho de 2023
Das chamadas boas práticas
A Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC) divulgou recentemente a publicação «75 anos de Estatísticas da Educação», que reúne séries longas de dados essenciais do sistema educativo português. Em formato pdf e com tabelas associadas, permite constatar, por exemplo, que em 1944 havia apenas 973 crianças no pré-escolar (mais de 250 mil em 2020) ou que os docentes do básico e secundário passaram de 58 mil (1971) para 133 mil (2020). Ou, ainda, que os inscritos no ensino superior passaram de 11 mil para 411 mil, entre 1944 e 2020.
O hábito de constituir séries longas estatísticas não é comum na Administração Pública portuguesa, mesmo que parte deste tipo de informação acabe por ser centralizada pelo INE (instituto que apenas tardiamente começou a divulgar séries estatísticas). E, contudo, esta boa prática da DGEEC (à semelhança do GEP), é fundamental em democracia. Não se trata apenas de assegurar um acesso fácil à informação a investigadores (ou jornalistas) de diferentes áreas. É também importante para que o cidadão comum tenha à sua disposição dados que permitam avaliar as mudanças do país ao longo do tempo e, nessa medida, os resultados e impactos das políticas seguidas em cada momento.
Apenas deixar a nota que da mesma instituição foi também disponibilizada a publicação "I&D: 25 anos de estatísticas oficiais em Portugal", que faz para as estatísticas de I&D o mesmo que foi feito para as estatísticas de Educação.
ResponderEliminarA série é menos longa do que a da Educação porque as estatísticas de I&D são muito mais recentes.
Esta publicação pode ser encontrada em https://www.dgeec.mec.pt/np4/1531.html.
Isto para dizer que as boas práticas da DGEEC não são exclusivas da área da Educação e também existem na área da Ciência, Tecnologia, Inovação e Sociedade da Informação, ou seja fazem parte da cultura da instituição.
Como funcionário da DGEEC, agora temporariamente ausente por motivos profissionais, é caso para dizer que ela é um dos clássicos exemplos de uma instituição da Administração Pública que faz muito com pouco.
Tivesse mais recursos e seria possível cumprir ainda com maior qualidade a sua missão.
E qual a situação em 1910...nunca lá chegam!
ResponderEliminarE em 1974? É tarde demais...
E Bolonha?
E balda?