quarta-feira, 9 de maio de 2007

Economia política

«No fim do 4º Trimestre de 2006, a soma dos trabalhadores com contratos a prazo mais os trabalhadores por conta própria (os isolados ou com recibo verde) mais os desempregados já atingia 2.151.100 portugueses, o que representava 41,8% da população empregada, tendo aumentado de uma forma continua entre 2001-2006, como também mostram os dados oficiais». Eugénio Rosa, economista da CGTP.

Talvez aqui esteja uma das explicações para o fraco crescimento do salário médio neste período. A precariedade e o desemprego são os dois principais mecanismos para aumentar a subordinação dos trabalhadores que muito mais facilmente aceitam as condições que lhes são ditadas por quem detém as chaves das empresas.

Qualquer banqueiro central «independente» que se preze sabe isto. Nos próximos tempos quando ouvirem o presidente do Banco Central Europeu anunciar subidas das taxas de juro e a sugerir a «flexibilização do mercado de trabalho» na Europa lembrem-se disto.

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