tag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post961155202600372258..comments2024-03-28T21:19:50.901+00:00Comments on Ladrões de Bicicletas: Debater o Euro à esquerdaNuno teleshttp://www.blogger.com/profile/07713327330820459193noreply@blogger.comBlogger13125tag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-81453563482736308882012-10-18T16:03:03.389+01:002012-10-18T16:03:03.389+01:00Obrigado a todos pelos contributos, críticas e que...Obrigado a todos pelos contributos, críticas e questões. Infelizmente, nesta fase estou demasiado ocupado para conseguir responder adequadamente às muitas questões estimulantes e importantes que foram colocadas - mas prometo mantê-las em mente e regressar ao tema em breve.<br />Alexandre Abreuhttps://www.blogger.com/profile/18288783162020090148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-73371191869210472952012-10-18T00:23:02.653+01:002012-10-18T00:23:02.653+01:00Há textos neste blogue que me deixam pasmado ( num...Há textos neste blogue que me deixam pasmado ( num bom sentido) com o nível do debate/reflexão.<br />Há anos que sigo este blogue, e deixem-me dar os parabéns às pessoas que estão na base "disto", porque isto é qualquer coisa de especial e não apenas um blogue.<br />Pelo menos, é o que eu acho.SFFnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-35646166974955772372012-10-16T19:40:54.189+01:002012-10-16T19:40:54.189+01:00Nota- Não é que tenha muita relevância, mas o meu ...Nota- Não é que tenha muita relevância, mas o meu rendimento não está a meio, mas no início do escalão.Francisconoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-89590368535473258672012-10-16T19:38:24.548+01:002012-10-16T19:38:24.548+01:00Gostava de ver respondidos alguns, vindos do senso...Gostava de ver respondidos alguns, vindos do senso comum de um cidadão normal, como eu.<br /><br />1) Não é natural pensar que, se existe uma desvalorização cambial do escudo que tornem exportações mais baratas e ganhem novos mercados, os concorrentes que os perderam exijam o mesmo do seu Banco Central, e andamos numa brincadeira de flutuações cambiais?<br /><br />2) Não será que boa parte das nossas exportações já não seja do tipo de exportações que consegue conquistar mercado pelos baixos preços, mas daquelas que resultam de inovação, qualidade, grande diferenciação face aos concorrentes, pelo que se conseguissem baixar preços, isso não traria grandes benefícios?<br /><br />3) Será que, se todas as exportações, ao terem preços mais baixos, conseguindo muito mais lucro, redistribuiriam essa nova riqueza no aumento de salários, que esses sim, dinamizariam o mercado interno?<br /><br />4)Não serão a necessidade de crédito e as importações demasiado importantes na economia portuguesa, como as matérias primas, máquinas, combustível, o que faria aumentar demasiado os preços internos, e não permitiria investimento para melhorar a produtividade?<br /><br />5) Não será que o aumento nível de bem-estar dos portugueses muito relacionada com as importações e crédito. Acho que se perguntarem a um português o que melhorou no seu bem-estar nas últimas duas décadas, dir-lhe-ão que foi ter comprado uma casa (acesso ao crédito), comprado um carro (importação), comprar tecnologia (televisões, pcs, câmaras, gadjets ter uma cozinha bem equipada), comprar cds/dvds, assistir concertos, comprar livros, roupa de marcas estrangeiras (das de luxo ou das baratas, mas imbatíveis, como as da vizinha Espanha), poder ir regularmente de férias para fora. <br /><br />Não me digam que isto é "viver acima das nossas possibilidades", pois embora possa, em muitos casos ter endividado as famílias, noutros como a minha família de classe média (a meio do novo escalão de 40.000 a 80.000), adquiri uma casa através de uma dívida sustentável, consigo comprar as importações, e ainda há alguma poupança.<br />Francisconoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-48298001992372693572012-10-16T16:16:51.851+01:002012-10-16T16:16:51.851+01:00Caro Alexandre,
a minha objecção é a seguinte, e r...Caro Alexandre,<br />a minha objecção é a seguinte, e retomo a resposta que dei também ao Pedro Viana, meu camarada do Vias:<br /><br />a situação e as relações de força sociais e políticas na UE não são inalteráveis, e a minha aposta é mais na exportação do conflito do que no isolacionismo que, tudo leva a crer, agravaria a dependência social e política da maioria dos cidadãos comuns da região portuguesa, complementada pela evolução do regime, a coberto da emergência e da "salvação nacional", no sentido de um "Estado mais forte", militarizado e autoritário. Acresce que as pressões contextuais que hoje se fazem aqui sentir só tenderiam a aumentar e a tornar-se mais difíceis de combater, porque a saída do euro não criaria o muralha de vazio à volta do país. <br /><br />Abraço<br /><br />miguel(sp)Miguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-15909291397274607362012-10-16T15:01:20.577+01:002012-10-16T15:01:20.577+01:00Gostaria de colocar algumas questões ao autor.
1-Q...Gostaria de colocar algumas questões ao autor.<br />1-Qual o impacto da desvalorização cambial também nos salários reais, sabendo-se que a taxa de inflação subiria inevitavelmente, devido aos preços de muitas das mercadorias produzidas localmente serem arrastados pela subida dos preços de mercadorias congéneres que durante esse período continuariam sendo importadas (porque a produção local não as substitui de imediato, quer até porque a sua produtividade é muito menor)?<br />2-Com que austeridade seria gerida a dívida pública (e muita da privada) com a saída do euro (quer por abandono, quer por expulsão)? Com austeridade do mesmo tipo da imposta por este acordo de ajustamento ou com austeridade ainda mais gravosa (imposta pela mesma troika, apenas pelo FMI ou pelos mercados)? Os bancos insolventes seriam nacionalizados (para se descobrirem mais dois ou três BPNs)? <br />3-Se o principal problema da economia portuguesa é a baixíssima produtividade, em grande parte derivada do fraco investimento em bens de capital, como alterar esse estado de coisas com os bens de capital a ficarem mais caros devido à desvalorização cambial? O milagre adviria do investimento directo estrangeiro? Por que não acontece esse milagre hoje?<br />4-Se o desemprego é factor de agravamento da recessão interna, no que é que a saída do euro poderia mudar as elevadas taxas de desemprego? Pela reanimação da produção local levada a cabo por empresas descapitalizadas, que teriam de se capitalizar importando bens de equipamento mais caros?<br />5-Se a saída do euro (que provavelmente será inevitável dentro de três ou de quatro anos, a manter-se este rumo) fosse a chave para a resolução dos problemas dos trabalhadores ela seria igualmente a chave para a resolução dos problemas dos capitalistas (porque quando os trabalhadores estão bem os capitalistas também o estão). Admira, portanto, que estes ainda não tenham aparecido a defendê-la, como fazem o autor e outros economistas de esquerda em nome da defesa dos interesses dos trabalhadores.<br />6-O mais importante. A saída do euro (por abandono) parece ser defendida em abstracto, sem atender à correlação de forças actual, como se de uma medida técnica inevitável se tratasse; e, nalguns casos, mais grave ainda, parece ser defendida como se fosse levada a cabo por um governo representativo dos interesses dos trabalhadores. Só assim se compreende a defesa da manutenção das poupanças em euros e a sua não desvalorização cambial (quando esta seria fonte de receita imediata para o Estado endividado), ou a aplicação de medidas de forte tributação dos capitais rentistas e das transacções financeiras e outras destinadas a repartir de forma mais equilibrada os impactos da dívida e da recessão que não a ver directamente com a saída do euro. A saída do euro foi em tempos um desejo do PCP (não sei se ainda o é hoje), mas é sabido como os desejos desse partido estão desfasados da realidade. Assim parecem os economistas de esquerda que confundem a realidade com os seus desejos.<br />JC.<br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-12764075041067936812012-10-16T14:58:11.262+01:002012-10-16T14:58:11.262+01:00Em curto, o melhor deste texto: o romper decididam...Em curto, o melhor deste texto: o romper decididamente com o europeísmo de esquerda ingénuo que caracterizava o blog nos seus primórdios (e que ainda hoje se revela em subterfúgios e hesitações em reconhecer o carácter de classe da actual integração europeia). O menos bom: a sobrevalorização do mecanismo de ajustamento cambial na correcção e gestão dos desequilíbrios externos e a incompreensão de que eventuais efeitos positivos são necessariamente transitórios.<br /><br />Não obstante a crítica (que omite outros reparos e discordâncias com afirmações ao longo do texto), os meus parabéns ao autor. O nº 2 (repetido, devia ser 3) é excepcional.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-81588060895771122522012-10-16T12:20:00.683+01:002012-10-16T12:20:00.683+01:00Caro Alex, subscrevo o fundamental do que escreveu...Caro Alex, subscrevo o fundamental do que escreveu. Gabo-lhe, acima de tudo, a paciência. Espero - sinceramente espero - que não seja mais um sermão aos peixes.<br />Caro Miguel (se posso...), na verdade, "tudo sugere o contrário" da linha fundamental da sua argumentação. Ela consiste, no fim de contas, em sugerir que é melhor às massas de cada país manterem-se "bolinha baixa" face às elites, porque as consequências do conflito social são imprevisíveis, as coisas podem ficar ainda pior, etc. ("You're only making it worse", como dizia o executor putativo em A Vida de Brian ao tipo que ia ser lapidado por ter evocado em vão o nome de Jeová...)<br />A factualidade histórica permite pelo contrário afirmar que "tudo sugere o contrário", embora - e como sublinha o Alexandre - não haja realmente certezas do que quer que seja.<br />Isto permite-me sublinhar que, tudo o mais permanecendo (mais ou menos) igual, é em geral socialmente melhor um arranjo institucional de várias pequenas unidades políticas, cada uma dela democrática, do que o de uma só, não sendo essa demcrática (a UE), mesmo com todo o habitual paleio "norueguês" de que essa unidade é “propiciadora da paz”, etc., paleio que vem normalmente "na cauda" dessa tal realidade factual.<br />Quanto a "internacionalismos" e/ou "nacionalismos" fica uma sugestão "contrafactual": os EUA face ao Iraque, em 2003, ou o III Reich face à URSS, em 1941, estavam ambos à frente de enormes coligações "internacionalistas", face a estados política e militarmente isolados, alias percebidos pela população ocidental como representando a "barbárie asiática", atrevendo-se a fazer face à costumeira "mission civilizatrice"...<br />Seria por isso argumentável, em nome de ideários soit disant "internacionalistas" (e de resto também "anti-estalinistas", claro), que iraquianos e/ou soviéticos o que deviam fazer era submeter-se aos ultimatos recebidos, porque "tudo sugere o contrário" de resistir, porque se não "you’re only making it worse", etc.?<br />Bom, admito que talvez a minha inclinação "contrafactual" me tenha, neste caso, levado um pouco longe demais no artifício retórico.<br />E daí, por outro lado, talvez até não...João Carlos Graçanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-438237091260730942012-10-16T11:58:00.371+01:002012-10-16T11:58:00.371+01:00As pessoas são livres de fazer as suas escolhas; p...As pessoas são livres de fazer as suas escolhas; para um observador que estivesse noutro referencial, certamente que este artigo do Alexandre Abreu surgiria como um trabalho robusto, em que as “provocaçõezinhas” são ignoradas.<br />Então essa da “esquerda nacionalista”, já chateia. Se esta região – Portugal, continua a ser tratada como uma entidade diferente, estigmatizada, por que não reagir à agressão? Por que não reagir já (onde jaz a badalada autonomia?), aliando-nos a outros periféricos na mesma situação? <br />É preciso uma grande dose de optimismo para pensar que a EU - a mando da Alemanha, é reformável em tempo útil.<br /><br />Saliento duas questões que apresenta, que merecem a maior reflexão sobre a hipótese da saída do euro:<br />a) O objectivo da recuperação da autonomia monetária não é (só) de estimular as exportações à custa do vizinho, mas sim permitir um outro mecanismo que não a compressão salarial, de o fazer incidir transversalmente sobre os rendimentos do trabalho e do capital.<br />b) Os riscos “desconhecidos” de “overshooting” da taxa de câmbio.<br /><br />Em relação à redenominação das poupanças em “novos escudos”, o argumento que apresenta é tão simples como verdadeiro: haveria uma perda de poder aquisitivo que teria lugar face ao exterior, mas não a nível interno.<br />Sobre isto deixo aqui uma questão, como alternativa: por que não a manutenção dos depósitos em euros?<br /><br /><br /><br />Diashttps://www.blogger.com/profile/05885873438646711899noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-52333404588020277372012-10-16T11:01:40.999+01:002012-10-16T11:01:40.999+01:00Caro Miguel,
Obrigado pelo contributo para o debat...Caro Miguel,<br />Obrigado pelo contributo para o debate. <br />Em política a única certeza é a luta, não é verdade? A defesa de uma ou outra estratégia assenta na avaliação, nas diferentes escalas, da relação de forças e dos maiores ou menores constrangimentos impostos pelas configurações institucionais (que cristalizam relações de classe), bem como em tentativas de previsão acerca das dinâmicas políticas que poderão emergir. O meu argumento principal é que a configuração institucional da UE e especialmente da zona Euro, a par da disjunção que a estrutura do Euro (e nalguns aspectos da própria UE) opera ao nível das dinâmicas e consciências das classes populares e trabalhadoras dos diferentes estados-membros, tornam, no ponto em que estamos, essa escala inviável para qualquer tipo de resistência coordenada e eficaz. A alternativa da eventual desagregação da UE (que não é certa, posto que a opção de 'saída' de parte dos seus mecanismos pode também ter o efeito de exercer pressão para reformar os restantes e preservar o todo) envolve mais incerteza? Sim, reconheço-o. Mas entre a certeza do aprofundamento da dominação e exploração e a incerteza, a opção quietista pela certeza em nome do receio de males maiores equivale à desistência.<br />Abraços,<br />AlexandreAlexandre Abreuhttps://www.blogger.com/profile/18288783162020090148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-23511377638256129772012-10-16T10:54:56.676+01:002012-10-16T10:54:56.676+01:00Adenda ao meu anterior comentário: vejam qual a &q...Adenda ao meu anterior comentário: vejam qual a "solução" agora apresentada pelo ministro das finanças alemão Wolfgang Schauble (disponível na edição on-line do "Der Spiegel") para a crise do Euro... <br />A questão começa a ser: será que ainda vão haver pessoas a querer continuar no Euro sob tais condições?Carlos Camelonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-37896962259538034522012-10-16T10:36:30.595+01:002012-10-16T10:36:30.595+01:001)-Nesta questão revejo-me na resposta do Alexandr...1)-Nesta questão revejo-me na resposta do Alexandre Abreu<br />2)- A saída do Euro não significa nem a saída da UE nem a sua desagregação.<br />3)- Pensar que é possível, num momento em que o PPE domina a UE, expandir a luta ao terreno europeu, parece-me bastante utópico e muito pouco exequível nos próximos 10 ou 15 anos (note-se que as mais recentes sondagens mostram, na Alemanha, a CDU à frente do SPD).<br />4)- Note-se que, a continuar esta compressão salarial, os países com os quais nos iremos comparar, dentro da UE, serão os da Europa de Leste com salários mínimos da ordem dos 100 ou 200 Euros! Ao olharmos para este presente deles, é o nosso futuro que vemos! Pode ser mais lento o declínio se continuarmos no Euro, mas as metas a alcançar no mínimo assustam...<br />5)- Pensar que se pode "melhorar" o Euro e a arquitectura técnico-política que o sustenta, e que vem de Maastricht, é não ter em conta a sua inserção mundial na "guerra cambial" actualmente em curso entre as principais moedas, e cujo objectivo último é, decididamente, o domínio do mundo! Em face do que está em jogo, e no que respeita ao Euro a Alemanha é o principal actor, os parceiros europeus são, para a Alemanha, problemas com os quais ela tem de lidar para poder manter o seu papel activo nesse jogo, mas em última instância descartáveis.<br />6)- Por último, a saída do Euro não me parece ser uma questão de escolha; irá sim ser, a médio prazo, uma inevitabilidade.Carlos Camelonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-68787163685879356562012-10-15T19:01:48.616+01:002012-10-15T19:01:48.616+01:00Caro Alexandre Abreu,
uma vez que me revejo em par...Caro Alexandre Abreu,<br />uma vez que me revejo em parte substancial das posições do Passa Palavra, pelo que, embora não tenha contribuído para a sua elaboração, me apressei a divulgá-lo no Vias de Facto, gostaria de vê-lo disposto a considerar o seguinte aspecto, resumidamente reenunciado, do problema.<br />A questão não é defender a permanência na zona euro a qualquer custo: é a de compreender que apostar na ruptura da zona euro como via de inverter as relações de força entre o capital e o trabalho, entre a oligarquia e a grande maioria dos cidadãos comuns, e de romper o colete de forças institucional que a constitucionalia ao nível da UE, promete mais do que pode assegurar.<br />Com efeito, nada nos diz que a recuperação da autonomia monetária de Portugal permita mais facilmente do que a extensão da luta ao terreno europeu alterar a relação de forças referida. Tudo sugere o contrário. Ou seja, que a própria dependência poderá ver-se radicalmente agravada pela ruptura, ao mesmo tempo que a hegemonia da oligarquia tenderá a reforçar-se e a assumir formas "absolutistas" ainda mais violentas. <br />É este o nó da questão. E é este nó que se entrelaça com a exigência de avaliar responsável e lucidamente as proporções enormes da regressão social, política e civilizacional que a desagregação da UE quase fatalmente acarretaria - e que penso que V. subestima com demasiada ligeireza…<br /><br />Cordiais saudações democráticas<br /><br />msp<br /><br />Miguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.com