tag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post1731993616664493693..comments2024-03-29T13:18:19.130+00:00Comments on Ladrões de Bicicletas: Para além da histeria liberal da esquerda mínimaNuno teleshttp://www.blogger.com/profile/07713327330820459193noreply@blogger.comBlogger12125tag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-17159445589685088452009-02-11T17:49:00.000+00:002009-02-11T17:49:00.000+00:00Desde quando é que a «livre circulação de mercador...Desde quando é que a «livre circulação de mercadorias» prescinde do Estado nacional? O chamado mercado global é instituído pelo poder político nacional e supranacional, o que obviamente não significa que não existam assimetrias de poder. As soluções ditas proteccionistas não têm de ficar confinadas ao Estado nação. Entidades supranacionais, como a EU, adoptam-nas…Não existem grandes diferenças a este nível. A não ser que se compre a tese errada de que «livre circulação de mercadorias» se gera por uma «retirada do Estado». Os mercados dão um trabalhão a construir. Tudo depende das regras. Não vejo nenhuma ligação necessária entre o proteccionismo e as identidades. Depende do contexto. Não vejo como é que a «livre de circulação de mercadorias» pode impedir a formação de identidades nacionais. Será que não as pode reforçar? A frase do Marx e do Engels surge num contexto – a secção burgueses e proletários do manifesto – que me parece que vai de encontro ao que eu defendi. Por exemplo, o uso do termo reaccionário (que vai contra o sentido da história?) percebe-se melhor aí.João Rodrigueshttps://www.blogger.com/profile/08350939898258225737noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-76281054526236979342009-02-11T15:13:00.000+00:002009-02-11T15:13:00.000+00:00Desculpa,Interpretei de forma errada. Concordo que...Desculpa,<BR/><BR/>Interpretei de forma errada. Concordo que esta questão do proteccionismo (e já agora das ajudas estatais) são no minimo pouco éticas.<BR/><BR/>No entanto é normal que os "blue colars" estejam mais vulneraveis a este tipo de concorrência do que os "white colar".<BR/><BR/>Quanto ao outro ponto que referiu, julgo que seria interessante discutir.<BR/><BR/>"...fiquem de fora questões importantes como a violência de obrigar as pessoas a uma mobilidade infinita."<BR/><BR/>Não julgo que a mobilidade "infinita" seja necessariamente violenta. Actualmente é porque essa "obrigação" aparece pelos motivos errados e as pessoas julgam-na violenta pois não desenvolveram uma mentalidade que as preparasse para uma vida mais "móvel".<BR/><BR/>Sou contra a mobilidade motivada por questões de sobrevivência. Julgo que essa é violenta e fere a dignidade humana.<BR/><BR/>Posto isto não me assusta uma sociedade em que a mobilidade funcional e mobilidade geografica fosse um dado adquirido. Julgo que essa sociedade seria muito mais eficiente e a qualidade de vida potencialmente seria mais elevada.<BR/><BR/>Quando me refiro à mobilidade funcional refiro-me ao facto de uma pessoa poder executar várias funções ao longo da sua vida.<BR/><BR/>Dou o meu exemplo: actualmente sou gestor (direcção de cargo intermédio) e se fosse despedido e só conseguisse arranjar emprego de mecanico não me chocaria nem tinha nenhum problema (bem a não ser o facto de não perceber nada de mecanica :-)).<BR/><BR/>O unico problema desta mobilidade é não vivermos numa sociedade em que exista uma mais equitativa distribuição de riqueza.<BR/><BR/>Quanto à mobilidade geográfica, com o avançar dos transporte ele permite que distância longiquas se tornem mais curtas pelo que não julgo ser (em teoria) uma grande questão.<BR/><BR/>Tenho perfeita noção que a sociedade nos molde actuais não suporta ainda estes tipos de mobilidade, no entanto julgo que todos beneficiariamos se estas existissem, não como uma obrigação, mas como um modo de vida.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-57289293096945480172009-02-11T12:59:00.000+00:002009-02-11T12:59:00.000+00:00Caro StranNao me insurgi contra a hipótese que col...Caro Stran<BR/>Nao me insurgi contra a hipótese que coloquei, embora fiquem de fora questões importantes como a violência de obrigar as pessoas a uma mobilidade infinita.<BR/><BR/>A questão que ressalvava era que houve classes que se souberam resguardar da globalização, ou beneficiar da deslocalização de outros, até. <BR/>Os empregos da produção industrial podiam deslocar-se facilmente, e azar para os "blue colar" que tinham que se reinventar, enquanto os que referi estiveram sempre, de uma forma geral, protegidos das intempéries, pelas leis locais, pelas ordens profissionais, etc...<BR/><BR/>Ou seja, uma questão de poder.L. Rodrigueshttps://www.blogger.com/profile/02243738762547387308noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-38998189607338461892009-02-11T12:29:00.000+00:002009-02-11T12:29:00.000+00:00«É uma escolha que tem de se fazer: ou queremos me...«É uma escolha que tem de se fazer: ou queremos mercado, inovação, crescimento, mas ao mesmo tempo a instabilidade; ou queremos controlo e intervencionismo estatal, com menos inovação que traz menos crescimento, mas que provavelmente traz mais estabilidade.»<BR/><BR/>Esta análise do Prof. Nuno Valério em <A HREF="http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=353850" REL="nofollow">entrevista ao Jornal de Negócios</A>, parece-me bastante simplista, embora concorde, em termos genéricos, com a ideia de <A HREF="http://futureatrisk.blogspot.com/2009/01/beyond-growth-para-alm-do-crescimento.html" REL="nofollow">crescimento versus estabilidade</A>José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-34598440702313367142009-02-11T12:14:00.000+00:002009-02-11T12:14:00.000+00:00Caro L. Rodrigues,"Gostaria de ver o que seria se ...Caro L. Rodrigues,<BR/><BR/>"Gostaria de ver o que seria se de repente fosse possivel arranjar um batalhão de advogados, gestores e médicos chineses, que faziam o mesmo trabalho que os nossos a um décimo do preço. O consumidor médio beneficiaria..."<BR/><BR/>Ora imaginemos esse cenário. Caso fosse garantido que a qualidade era a mesma e que 1/10 não é inferior ao salário minimo. Então seria muito benéfico (caso esta redução de preços fosse totalmente transmitido ao consumidor) e em teoria seria ligeiramente mau para os gestores/médicos/advogados que perderiam 1/10 do seu ordenado (embora se calhar até ganhavam poder de compra).<BR/><BR/>Pois a unica coisa que esses gestores/médicos/advogados teriam de fazer era puxar pela cabeça e encontrar forma de captar os 9/10 de rendimentos que agora ficou disponível.<BR/><BR/>No fundo o que quero dizer é que deveriamos em pleno sec. XXI não ter tanto receio destas questões que queremos evoluir na nossa sociedade. Não devemos ficar agarrados ao passado e deveriamos ter actualmente uma sociedade mais flexivel e menos dogmática quanto às questões dos oficios!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-43083014620092973742009-02-10T23:44:00.000+00:002009-02-10T23:44:00.000+00:00Proteccionismos sempre houve. A questão é quem ou ...Proteccionismos sempre houve. <BR/>A questão é quem ou o quê, é que o estado, a europa, ou seja qual for a unidade politica, protege.<BR/><BR/>Gostaria de ver o que seria se de repente fosse possivel arranjar um batalhão de advogados, gestores e médicos chineses, que faziam o mesmo trabalho que os nossos a um décimo do preço. O consumidor médio beneficiaria...<BR/><BR/>È tudo uma questão de escolhas e prioridades e poder.L. Rodrigueshttps://www.blogger.com/profile/02243738762547387308noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-72622412225962636482009-02-10T21:11:00.000+00:002009-02-10T21:11:00.000+00:00É engraçado como a esquerda portuguesa defende o p...É engraçado como a esquerda portuguesa defende o proteccionismo nos dias de hoje. É que dantes defendia contra os ricos, a pérfida Albion. Hoje só há um proteccionismo para Portugal que é o da UE e esse é contra os pobres, os do Terceiro Mundo. Interessante. O quadro vai ser giro portanto. Protegem-se os EU, protege-se a UE, protege-se a Índia (very unlikely), protege-se o Japão e por aí fora de protecção em protecção até à derrota final. Depois vem porventura o salvador. a África e os muito pobres entretanto que se danem.Pedro Lainshttps://www.blogger.com/profile/12434516615762784276noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-36258386155938789232009-02-10T18:49:00.000+00:002009-02-10T18:49:00.000+00:00Desviando-me um pouco do assunto em causa, gostava...Desviando-me um pouco do assunto em causa, gostava de chamar a atenção para a informação dada neste post<BR/><BR/><A HREF="http://www.dailykos.com/storyonly/2009/2/9/234340/6189/142/695504" REL="nofollow"> "USA was 3 hrs away from Economic, Political Collapse in September 2008"</A><BR/><BR/>Serve para relembrar certos fundamentalistas neo-liberais de que o colapso económico resultante dum mercado (financeiro) "livre", (quase, e foi o quase que salvou os EUA do colapso) completamente desregulado, tem consequências reais extremamente graves (que quem vive na abstracção dos "mercados perfeitos" talvez tenha dificuldade em perceber).Pedro Vianahttps://www.blogger.com/profile/00246186627900871576noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-5873138150611777002009-02-10T18:25:00.000+00:002009-02-10T18:25:00.000+00:00Pôr xenofobia e proteccionismo no mesmo saco -o de...Pôr xenofobia e proteccionismo no mesmo saco -o de “cavaleiros do apocalipse”- insinuando como justificação do proteccionismo, a existência de um certo fundo xenófobo, não colhe.<BR/><BR/>A xenofobia, como preconceito, ou mesmo na sua forma extrema de aversão a outras raças ou culturas, é um sentimento estúpido que deve ser liminarmente combatido num mundo que se quer civilizado. Por este sentimento estar noutro plano, o melhor é rejeitar a sua colação a esta discussão…<BR/><BR/>Eliminar todo o proteccionismo, é também tentar extinguir artificialmente qualquer sentido de pertença a uma comunidade ou a um território. Tal mudança não é linear, nem se decreta; é preciso ir encontrando equilíbrios, consolidando e adequando o que existe. Embarcar cegamente na aventura radical desta globalização, tal como ela se manifesta, seria uma grande estupidez.<BR/>Que autoridade moral teria Bush e outros cúmplices da guerra, para virem indicar caminhos e mostrar preocupação com “povos emergentes”, acenando com a sua fantástica globalização?! <BR/>Penso que é necessário haver um proteccionismo tal como apontado na posta, preservando o ecossistema de que o Homem também faz parte. Por exemplo, sobre a segurança alimentar: faria ou fará sentido abandonar todo o tecido produtivo agrícola, contribuindo para a desertificação física e social, só porque apareceu por aqui um sujeito que acha que não nos devemos preocupar…porque está tudo garantido pela UE?! Toda essa “terra prometida” é muito frágil porque assenta em premissas erradas: um “bom aluno” passou a mau aluno de um dia para o outro, o país mais rico do mundo foi à bancarrota num ápice, uma greve de camionistas que durou 2-3 dias provocou a ruptura, uma fábrica fechou porque foi deslocalizada!Diashttps://www.blogger.com/profile/05885873438646711899noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-91823765106494284822009-02-10T15:48:00.000+00:002009-02-10T15:48:00.000+00:00joão, deixando de lado as particularidades da argu...joão, <BR/><BR/>deixando de lado as particularidades da argumentação de Pena Pires, terás que enfrentar a questão de fundo que se coloca: as soluções de política económica proteccionistas dependem de um quadro de poder que é o do Estado nacional e não há Estado nacional que dispense políticas de identidade nacional e não há políticas de identidade nacional que se limitem a defender a "nacionalização" da sardinha e deixem de fora a "nacionalização" do pescador de sardinhas. Proteccionismo e xenofobia não são irmãos siameses (ou, pelo menos, esta não será a forma mais séria de discutir a questão) mas é verdade que a fronteira entre uma política contrária à livre circulação de mercadorias e uma política contrária à livre circulação de pessoas não é tão clara como pareces indiciar.<BR/><BR/>um abraço <BR/><BR/>ps - a frase do Marx, citada como está, não contém qualquer visão determinista nem teleológica. Mesmo no quadro da apologia do proteccionismo, é razoável reconhecer que se trata de um mundo de "interdependências".Zé Neveshttps://www.blogger.com/profile/15919253988564158522noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-22581430416265679572009-02-10T14:29:00.000+00:002009-02-10T14:29:00.000+00:00Juan Somavia (director-geral da OIT) na abertura d...Juan Somavia (director-geral da OIT) na abertura da 8ª Reunião Regional Europeia da OIT, organização das Nações Unidas: <BR/><BR/>"Em Budapeste nós também lançámos o alerta";<BR/>"A globalização estava a encaminhar-se para um vazio ético, tornando-se moralmente inaceitável e politicamente insustentável";<BR/>"o crescimento económico não criou trabalho digno suficiente e as desigualdades entre países mantiveram-se";<BR/>"Por outras palavras, já existia uma crise antes da actual crise económica e financeira"; <BR/>"vazio político" que levou a que algumas das principais ideias que dominaram nos últimos 30 anos deixaram de funcionar";<BR/><BR/>Segundo a OIT, em 2009, o desemprego deverá afectar mais 50 milhões de pessoas, 8 milhões dos quais nos 51 países da região europeia que participam nesta conferência. <BR/><BR/>Se a Economia não está ao serviço dos Indivíduos e das organizações empresariais, como mecanismos de integração do Indivíduo na Sociedade... então temos que deixar de pruridos pretensamente intelectuais e aceitar que a Economia é apenas uma ferramenta (ou um "pragmatismo") para tratamentos estatísticos de dados e informação do foro social - fica reduzida ao âmbito daquilo que é hoje designado de econometria.<BR/><BR/>"PRECISAM-SE Economistas" : dão-se alvíssaras !Miguel Fabianahttps://www.blogger.com/profile/05978303425302705526noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-49919255443394891202009-02-10T12:09:00.000+00:002009-02-10T12:09:00.000+00:00Gostava de começar o comentário por afirmar aberta...Gostava de começar o comentário por afirmar abertamente que sou contra a maior parte das medidas proteccionistas económicas.<BR/><BR/>Posto isto gostava de responder às questões colocadas no seu artigo:<BR/><BR/>"O que pensam os autores do Outubro dos planos de ajuda à industria automóvel?" <BR/><BR/>Julgo que são negativas. Claramente a industria automóvel precisa de ser ajustada face ao que é a sua procura e necessidade real. Manter postos de trabalho nesta industria apenas serve para manter um industria que claramente já é ineficiente<BR/><BR/>"Dos empréstimos à Qimonda?"<BR/>Mais uma vez péssimos.<BR/><BR/><BR/>"Será que estes não distorcem a imagem idealizada que parecem ter das actuais regras do comércio internacional?"<BR/>Claramente<BR/><BR/>"E se em vez de andarmos a proteger os accionistas com dispendiosos planos de compra de activos tóxicos, nacionalizássemos os bancos de uma vez por todas para proteger as economias?"<BR/><BR/>Concordo, embora julgo que devia de ser nacionalizada/ajudada apenas as que forem vitais. <BR/><BR/>"Será que isto seria proteccionismo?"<BR/>Julgo que não, é inteligência e eficiência<BR/> <BR/>"Onde traçam a linha?"<BR/>Eu não posso responder por eles. Por mim a linha é bastante simples de traçar (em teoria claro). Ajudam-se pessoas, não empresas nem negócios. As empresas têm de ser lucrativas e eficiente, se não o forem (ou se não o são) azar, fechasse ponto final.<BR/><BR/>Quanto ao proteccionismo, o unico que julgo que faz sentido é aquele que minimize a concorrência desleal entre estados (p.e. quem cumpre e quem não cumpre o tratado de quioto, ou mais importante, quem cumpre ou não cumpre os direitos humanos). Para mim um proteccionismo que tem por base o nacionalismo é simplesmente estupido!Anonymousnoreply@blogger.com