Mais uma notícia para a série "o problema dos preços dos combustíveis está sobretudo nos impostos cobrados pelo Estado": a margem de refinação da Galp mais do que triplicou no 2º trimestre deste ano. Ficou em 22,3$ por barril, bem acima dos 6,9$ por barril registados entre janeiro e março, à semelhança do que se tem verificado com as outras petrolíferas.
No comunicado citado pelo Expresso, a Galp diz que "capturou o ambiente de mercado favorável". É um eufemismo simpático para a tendência que realmente se verifica: num setor fortemente concentrado, as grandes empresas como a Galp conseguem aumentar os preços e as margens no atual contexto e registar ganhos extraordinários à boleia da crise.
Espanha, Itália e Reino Unido já avançaram com a tributação dos lucros extraordinários das empresas. É uma forma de repor alguma justiça social e financiar políticas públicas de resposta à crise. Por cá, o governo continua a não parecer muito interessado no assunto.
Há interesse do governo em garantir os lucros estrondosos destas empresas é o socialismo de António Costa e deste miserável PS.
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