segunda-feira, 27 de agosto de 2018
Quantitative easing: tudo muda para que tudo fique na mesma?
Em Novembro deste ano assinalam-se dez anos desde o início da implementação do “quantitative easing” pela Reserva Federal norte-americana (o BCE seguiu mais tarde esta estratégia) . Em resposta à Grande Recessão de 2007/08, ambas as instituições adotaram medidas não convencionais – o “quantitative easing” (QE), nome pelo qual ficou conhecido o programa de compra de ativos por parte destas instituições no mercado secundário, sobretudo títulos de dívida pública e privada. Com este programa, os bancos pretendiam diminuir as taxas de juro de curto e longo prazo, facilitando o acesso ao crédito e, com isso, fomentando o consumo, o investimento produtivo, a criação de emprego e a recuperação das economias depois da crise financeira. No entanto, enquanto alguns economistas aplaudem o sucesso desta medida, outros alertam para potenciais efeitos secundários. Os estudos mais recentes sobre os impactos do QE indicam-nos que o programa:
1. tem tido como efeito principal a queda das taxas de juro para valores próximos de zero, o que facilita o acesso ao crédito.
2. tem contribuído para a subida do preço dos ativos financeiros (ver, por exemplo, aqui), embora a subida da inflação nos bens e serviços de consumo corrente seja lenta, não correspondendo às previsões iniciais.
3. tem um efeito positivo na criação de emprego nos países que beneficiam da política monetária expansionista, ainda que os salários reais continuem sem crescer (tendência que já discutimos aqui).
Coloca-se um primeiro problema: pela conjugação dos três efeitos anteriores, o QE pode contribuir para acentuar a desigualdade de rendimento, uma vez que favorece os detentores de ativos financeiros (como ações), que como sabemos se encontram tipicamente concentrados na posse das pessoas mais ricas. É o topo que beneficia com os ganhos de capital que resultam do aumento do preço dos ativos.
Apesar de existirem alguns fatores contrariantes (a diminuição das taxas de juro favorece, por exemplo, as famílias com empréstimos para pagar, o que é relevante no caso dos empréstimos à habitação), a evidência empírica sugere que o QE contribui para aumentar a desigualdade de rendimento. Não é por acaso que Ben Bernanke, antigo presidente da Reserva Federal e, por isso, insuspeito de heterodoxias, reconhece a “correta observação de que a expansão monetária implica um aumento do preço de ativos, como ações. Uma vez que os ricos possuem mais ativos que os pobres e as classes médias, o raciocínio é de que as políticas da Reserva Federal estão a aumentar as disparidades de riqueza.”
Por outro lado, a enorme injeção de liquidez nos mercados não favorece apenas o investimento em setores produtivos, mas também a especulação financeira. Na verdade, enquanto o investimento permanece abaixo dos níveis pré-crise nestas economias, a evolução dos índices dos mercados bolsistas sugere que a última década tem sido marcada pelo ressurgimento de bolhas especulativas. Em vez de contribuir para uma recuperação económica sustentada, o QE parece reforçar a especulação financeira e o aumento do risco - o Economist questiona a racionalidade desta 'exuberância'.
Contudo, a solução contrária (uma política monetária contracionista) afigura-se ainda menos desejável que a atual, já que a consequente subida das taxas de juro teria efeitos recessivos sobre as economias (sobretudo as mais endividadas, como é o caso da portuguesa), poderia desencadear colapsos financeiros nos mercados onde os títulos se encontram sobrevalorizados, e não resolveria o problema da desigualdade. O risco de redução do programa de compra de ativos já foi discutido, por exemplo, aqui.
Na zona euro, este aparente paradoxo da política monetária é a expressão de problemas mais profundos. Depois do colapso financeiro de 2007, a estratégia seguida pelas instituições responsáveis tem sido a de procurar minimizar as perdas do sistema financeiro sem alterar a sua estrutura e o seu funcionamento, o que se reflete na ausência de alterações significativas na regulação do setor. Além disso, as normas europeias impedem que os países complementem o QE com uma política orçamental expansionista sem incorrerem em incumprimento das metas acordadas, limitando a capacidade de estes adotarem políticas de redistribuição do rendimento ou de reforço do investimento público. Assim, a enorme injeção de liquidez no sistema financeiro tem fracassado no objetivo de crescimento económico robusto das economias ocidentais, e parece ter aumentado a instabilidade do sistema financeiro. O risco de uma nova crise mantém-se.
Metas acordadas? Não há nada de acordado nesta Europa pós-democrática.
ResponderEliminar«favorece os detentores de ativos financeiros»
ResponderEliminarEis uma afirmação que chocará seguramente todos os praticantes de depósitos a prazo, obrigações, títulos de dívida pública, …
Vai-se a ver, e percebe-se que ativos financeiros são participações de capital, acções.
Então tudo indica que o QE não desmente a lei de Pareto que vai resistindo ao longo dos seus mais de 120 anos e ameaça eternizar-se.
Sobre o chamado José:
ResponderEliminarO desgraçado aqui conhecido por José, mas, verdadeiramente, o consultor financeiro do Closer Group, de seu nome João Pires da Cruz (também escrevinhador do novo Caneiro de Alcântara conhecido por Observador - criado pelo capataz do capital, inventor de escutas a Belém e verificador, in loco, da existência das armas de destruição maciça no Iraque, o conhecido jornaleiro José Manuel Fernandes - dizia eu, jornal Observador onde o Pires da Cruz debita umas infantilidades: leiam este mimo que o cromo escreveu, da forma mais enviesada possível, para mostrar a sua misoginia. Aqui:
https://observador.pt/opiniao/dizem-as-estatisticas/
Este cromo é, verdadeiramente, imbatível no seu afã de vigiar o LdB e manter sempre bem frescos na nossa memória os valores por que se bate - dos fortes contra os fracos, da especulação financeira contra o trabalho.
E o olharapo é de uma persistência a toda a prova, há anos que vigila diariamente, comentando, praticamente, todos os posts, alguns mais do que uma vez.
Só quem vive principescamente à conta de quem trabalha tem disponibilidade para levar tão longe a defesa da sua ideologia e interesses, não deixando por mãos alheias a defesa da honra do seu convento (dos especuladores financeiros).
Mesmo assim é de se louvar a persistência do olharapo.
Que provas tem para fazer essa associação de identidades? Materialismo dialéctico?
EliminarMetas acordadas há, agora o seu cumprimento só é relevante para quem não é "bom aluno". De resto, que a capacidade de medidas monetárias para controlar a economia é extremamente limitada já não devia ser surpresa, muito menos numa Área Monetariamente nada-Óptima.
ResponderEliminarBelo artigo. Agradeço ao autor o ter-me feito ver o QE a uma nova luz e ter-me mostrado que estes instrumentos são sempre muito mais complexos do que o modo como a comunicação social e os ditos "comentadores económicos" os costumam mostrar. E quando o autor apresenta o efeito secundário do QE de aumentar a desigualdade, através de aumentar o rendimento dos possuidores de activos financeiros (acções, etc.) fico a pensar se terá sido um efeito "não pretendido" ou, pelo contrário, um efeito secundário mas pretendido. Com esta gente do BCE e as ligações ao grande capital financeiro (por exemplo ao Goldman Sachs...), fico a magicar se este efeito não terá sido previsto desde o início como uma forma de fazer retornar ao grande capital (os maiores detentores desse tipo de activos) parte do dinheiro envolvido no QE, assegurando assim a reprodução e aumento da desigualdade. Mas pode ser apenas um defeito meu, o de desconfiar sempre destas "portas rotativas" entre finança, banca, política, instituições europeias, pelas quais circulam os dirigentes para defender o capitalismo (sobretudo o financeiro e especulativo), assegurar a manutenção e aumento do capital nas mãos dos poderosos, e a exploração dos trabalhadores, que não vêem os seus salários crescerem mesmo com aumento da produtividade e crescimento económico.
ResponderEliminarMuito bom artigo!
ResponderEliminarIsto sim são as questões que deviam ser discutidas a sério em Portugal.
Seja-se a favor ou contra o quantitative easing, do meu ponto de vista uma questão muito improtante é qual o controlo democrático ao qual está sujeito o BCE?
à partida se eu fosse contra o quantitative easing deveria poder votar num partido que me representasse nessa opção, e pelo contrário sendo a favor do quantitative easing também deveria poder votar num partido que o defenda com as várias opções intermédias pelo meio.
Revelo o meu total desconhecimento pela forma como é feita este controlo do BCE. Até nem tenho a certeza se são mais relevantes os governos nacionais (ou seja é mais relevante o voto nas legislativas portuguesas?) ou pelo parlamento europeu (sendo mais relevante o voto nas europeias)?
Acho que nunca se considerou, a não ser ingenuamente, o QE como a solução milagrosa que resolveria todos os problemas. De entre as alternativas que estavam disponíveis a curto prazo foi a que melhores resultados poderia eventualmente obter no sentido de limitar os danos o melhor e mais rapidamente possível. Está correto o que dizes, mas estás a considerar o produto atual do QE como se fosse o seu fim último, quando na verdade é apenas uma mera base de apoio para o tal crescimento consolidado que ainda está por vir. É certo que não se verificaram todas as previsões mais otimistas, mas também é certo que estaríamos pior sem ele.
ResponderEliminarPara além disso, não te podes esquecer que os ditos proprietários do grande capital são os financiadores indiretos da economia, portanto não me parece sensato desprezar a sua função económica numa economia que carece precisamente de disponibilidade de fundos.
A conclusão ululantemente óbvia é que os bancos centrais não podem substituir-se aos governos no combate a crises da amplitude da que se viveu desde 2008. Quando os governos estão capturados por interesses diversos dos da generalidade dos seus cidadãos não se pode exigir aos bancos centrais que se substituam por meios monetários a políticas fiscais erradas e destrutivas.
ResponderEliminarEnquanto persistir o fetiche do "schwarze null" e isso beneficiar o complexo bancário-exportador alemão as assimetrias e desequilíbrios do euro não podem senão agravar-se.
S.T.
O QE foi pouco eficaz porque os canais principais que usou não foram eles próprios os mais eficazes:
ResponderEliminar1. Canal da taxa de juro: diminuir a oferta de obrigações soberanas (comprando-as ao setor privado) aumenta o seu preço e, consequentemente, diminui as taxas de juro. Problema: as taxas de juro da zona Euro já estavam relativamente baixas depois do discurso do "whatever it takes" do Draghi.
O mesmo canal serve para diminuir os custos de financiamento das empresas, encorajando investimento. Problema: as empresas não investem por falta de financiamento, mas sim por falta de oportunidades de investimento.
2. Canal da taxa de câmbio: menor taxa de juro, moeda mais fraca, maior competitividade. Problema: as outras grandes economias mundiais já tinham desvalorizado ao mesmo tempo e a maioria do comércio dos paises da zona Euro é com outros países da zona Euro (aprox. 80%).
3. "Wealth effect": o aumento dos preços dos ativos financeiros aumenta a riqueza dos seus detentores e encoraja-os a gastar mais. Problema: os ricos têm uma propensão marginal para o consumo bastante baixa, o que limita bastante o efeito deste canal na economia real.
4. Canal do empréstimo bancário: mais reservas nos bancos significa mais crédito concedido ao setor privado através do multiplicador monetário. Problema: o modelo do multiplicador monetário está totalmente errado e os bancos não estão dependentes de reservas para emprestar (ver BoE "Money creation in the modern economy").
Em suma, o QE teve o seu efeito, mas trouxe consigo efeitos colaterais também. Outras medidas mais diretas, como comprar portfólios de NPL à banca (como os EUA chegaram a fazer tb) via banco central pelo seu valor nominal, financiar despesa via banco central ou mesmo distribuir novo dinheiro diretamente (algumas propostas ousadas já foram feitas relativamente a isto) ao setor privado teriam sido bastante mais eficazes.
Cumprimentos.
https://www.yardeni.com/pub/peacockfedecbassets.pdf
ResponderEliminarRecomendo estes gráficos sobre este assunto.
Na Europa o principal efeito foi evitar a falência de centenas de bancos que estavam (e muitos ainda estão) demasiado alavancados, tinham emprestado dinheiro a longo prazo que precisavam de ir refinanciando regularmente e se as taxas não permanecessem baixas não teriam como o fazer ou só a custos que os levariam a uma falência rápida. De igual modo, todas as empresas que na Europa pré-crise se tinham financiado a um custo como se fossem alemãs, chegado o vencimento dessas dívidas teriam que as pagar ou refinanciar a custos altíssimos. E finalmente alguns governos na mesma situação. No caso de alguns o endividamento era tal que por mais baixas que fossem as taxas de juro ninguém no "mercado" estava disposto a emprestar-lhes mais dinheiro a custos razoáveis, foram os países que precisaram de troikas para lhes valer.
No caso dos países europeus em particular convém lembrar que desde que aderiram ao euro deixaram de ser emissores de moeda para passarem a ser utilizadores de moeda. O banco central deles responde a numeros agregados de toda a região e não às dificuldades deste ou sobreaquecimento daquele.
Por isso nos mais ricos e adaptáveis querem saír do euro porque juros a zero já não faz sentido para as respectivas economias, enquanto que nos mais pobres e rígidos querem saír para poderem prolongar os juros a zero ou voltar à receita enganadora de desvalorizarem a moeda para as suas exportaçoes ficarem mais competitivas por decreto.
O efeito de aumento das desigualdades ilustra-se bem se imaginarmos um investidor que nos ultimos 5 a 10 anos tenha pedido emprestado a juros pouco acima de zero para comprar por exemplo o indice de açoes americanas que não parou de subir em todo este período.
Ou imobiliário nas mãos de bancos ou donos falidos que precisaram de os vender a preços de saldo...
Mas creio que na europa a decisão foi essencialmente política. Os países com folga orçamental e em quem os investidores acreditam que podem pagar de volta poderiam perfeitamente corrigir as suas crises sem intervençao do banco central; os que tinham mais dificuldades não tinham nem folga orçamental nem ninguém que lhes emprestasse dinheiro sequer para pagar as pensoes do mês seguinte.
Mais afirmações à moda de buiça:
ResponderEliminar-"todas as empresas que na Europa pré-crise se tinham financiado a um custo como se fossem alemãs"
O que é isto? Um cheirinho da aritmética à buiça? Ou trata-se apenas do buiça escondido com o rabo (alemão?) de fora?
-"foram os países que precisaram de troikas para lhes valer"
O que é isto? A missa rezada das inevitabilidades troikistas a passar pelas austeridades que se revelaram um logro? Mais aritmética à moda de buiça? Mais missa em torno da TINA? Mais imitadores à buiça de Centeno e companhia?
-"No caso dos países europeus em particular convém lembrar que desde que aderiram ao euro deixaram de ser emissores de moeda para passarem a ser utilizadores de moeda"
Ora aí está um motivo enorme para nunca se ter entrado no euro
O Buiça, aquele a quem buiça toma o nome, era alguém que pugnava pela independência nacional. Este buiça é alguém que num par de linhas explicita o seu carácter de vende-pátrias vulgar. E logo no que se refere ao Banco central, imolando entre outras coisas o interesse nacional aos "números agregados"
-"nos mais ricos e adaptáveis"
Do género da adaptabilidade de promotores da fuga ao fisco, da especulação imobiliária, das negociatas estimuladas pelos facilitadores de negócios?
-"nos mais pobres e rígidos "
Do género daquelas "centenas" de países que usam as falcatruas propostas pelo buiça aí num posta ao lado?
-"voltar à receita enganadora de desvalorizarem a moeda para as suas exportaçoes ficarem mais competitivas por decreto"
Quem diz que é enganadora é quem assume a perda da soberania nacional? E que perturbação é essa pelos "decretos"? Fazem assim tanto medo à garra invisível dos mercados? E não foram como que "decretos" que instituíram coisas aberrantes como o euro e os tratados europeus duma realidade pós-democrática?
-"O efeito de aumento das desigualdades ilustra-se bem...blablabla"
Para que é preciso ir às acções americanas quando o aumento das desigualdades é bem melhor exemplificado pelo que se passou dentro da zona euro, com a transferência da riqueza da periferia para o centro?
-"imobiliário nas mãos de bancos ou donos falidos que precisaram de os vender a preços de saldo"
Mas não era o mesmo buiça que defendia a especulação imobiliária a todo o custo,aí num post ao lado, gozando ainda por cima com quem reivindicava o fim da fuga fiscal e das máfias em torno dos vistos gold?
-"nem ninguém que lhes emprestasse dinheiro sequer para pagar as pensoes do mês seguinte."
Mas esta não era a história dos banqueiros e da tralha neoliberal para justificar a vinda da troika para o nosso país? Agora em versão estilo choradinho em torno de pensões que esta mesma tralha não se importou de saquear?
Muito haveria a dizer da forma enviesada como o falso-buiça caracteriza numa penada tudo como um excesso de alavancagem, "esquecendo-se" convenientemente que a ausência de um "emprestador de último recurso" é uma função indispensável num sistema financeiro e é uma das falhas mestras do euro.
ResponderEliminarTambém passa convenientemente por alto na caracterização da zona euro como "zona monetária não-óptima".
A as taxas de cambio flexíveis para ajuste da competitividade são para o falso-buíça "receita enganadora da desvalorização cambial". Basta este pequeno detalhe para denunciar o ordoliberal escondido atrás do fantasma.
S.T.
Não entendo sinceramente o que adiantam os petit-noms, mas vou tentar evitar chamar-lhe São Tolinho...
EliminarÉ verdade que falta na zona euro um emprestador de último recurso e que o instrumento devalorização da moeda desapareceu para pequenas partes do todo europeu (tal como o dolar não é manipulado para atender a dificuldades do Wyoming ou o marco manipulado para ajudar Brandenburgo ou o escudo para ajudar Viseu).
Mas isso faz parte do projecto Euro desde o início e pelos vistos não impediu os países de fazerem tudo (inclusive falsificar as contas) para poderem entrar no euro.
Zonas monetárias óptimas já é mais subjectivo, mas no fundo vai dar ao mesmo: aderiu porquê? Queria fazer da França e Alemanha duas enormes Grécias?
Buiça dixit:
ResponderEliminar"Não entendo sinceramente o que adiantam os petit-noms"
mas buiça não é um petit nom?
Buila dixit:
ResponderEliminar"Mas isso faz parte do projecto Euro desde o início e pelos vistos não impediu os países de fazerem tudo (inclusive falsificar as contas) para poderem entrar no euro"
Não impediu os países de fazerem tudo para poderem entrar no euro?
Ora vejamos:
Fizeram tudo o que puderam. As cliques dirigentes que diligentemente serviram os seus interesses económicos. E que serviram os interesses económicos do centro europeu.
Eram problemas demasiado complexos para o povão ser consultado
Quanto à falsificação das contas. Foi um fartote. A começar por instituições tão importantes como a Goldman-sachs que tinha por lá a trabalhar verdadeiros caudilhos do euro
Ora bora lá recordar a trampa de como agiram perante a Grécia? (Não, não é daquelas fontes que deixa o buiça agastado e com prurido)
Essas "cliques" não foram eleitas pelo "povão" que não entende "problemas complexos" para defenderem o melhor para todos?
EliminarSe foram corrompidas está a dar razão ao José...
"Goldman Sachs foi considerado como um dos principais atores na ocultação do déficit da dívida pública grega.
ResponderEliminarGoldman Sachs esteve envolvido na origem da crise financeira da Grécia, pois ajudou a esconder o déficit das contas do governo conservador de Kostas Karamanlis. Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, era vice-presidente do Goldman Sachs para Europa, com funções executivas, durante o período em que se realizou a ocultação do déficit. Em junho de 2011, Draghi foi questionado pela Comissão económica do Parlamento Europeu a respeito de suas atividades no Goldman Sachs e do ocultamento da situação da Grécia.]
Goldman Sachs é chamado "a hidra", "A Firma" ou "Governo Sachs" por sua habilidade em infiltrar-se nas mais altas instâncias dos estados. Políticos chave dos Estados Unidos e da Europa trabalharam anteriormente para o banco. É o caso, não apenas do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, mas também de Mario Monti, Peter Sutherland (ex-diretor geral da Organização Mundial do Comércio), Petros Christodoulou (gerente geral da Agência de Administração da Dívida Pública grega, em 2010, e, em junho de 2012, eleito vice-presidente do Banco Nacional da Grécia, o português Antonio Borges, ex-vice-presidente da Goldman Sachs Internacional (unidade que dirigiu os swaps gregos entre 2000 e 2008), que assumiu a direção do FMI para a Europa, em outubro de 2010; Karel van Miert e Otmar Issing, entre outros. "Colocar Draghi à frente do BCE é como deixar a raposa cuidando do galinheiro", explicou o economista Simon Johnson, professor da MIT Sloan School of Management.
Nos Estados Unidos, o ex-diretor do Goldman Sachs, Robert Rubin, dirigiu o Conselho Económico Nacional criado por Bill Clinton (1993-1995), antes de se tornar seu Secretário do Tesouro (1995-1999). Sob a presidência de George W. Bush, dois outros ex-proprietários do banco Goldman tiveram papel político importante em diferentes áreas do governo e dentro dos dois principais partidos. Henry Paulson foi, de 2006 a 2009, Secretário do Tesouro (e principal arquiteto do bailout do sistema bancário americano), enquanto Jon Corzine foi eleito senador (democrata) por Nova Jersey em 2000 e governador daquele estado, entre 2006 e 2010. Stephen Friedman, antigo CEO do banco, estava usando três chapéus no momento da crise financeira: era administrador do Goldman Sachs, chefe do President's Intelligence Advisory Board, órgão consultivo do presidente para assuntos de inteligência, e presidente do Federal Reserve de Nova York, órgão que fiscaliza o Goldman Sachs".
Isto é da vulgar wikipedia
Como se vê no galinheiro abundam as raposas. E o cheiro a trampa de toda esta canalha
Sobre o carácter da frança já fomos bastas vezes informados.
ResponderEliminarComo pretexto para o seu carácter de excepção, um seu presidente argumentou que "a França é a França"
Buiça não diz isso mas para lá caminha. Então queriam fazer da França uma Grécia?
Torná-lo um país assim do sul? A gastar tudo em gajas e em copos?
Sobre o carácter da alemanha pode-se falar ainda mais.
ResponderEliminarDe como o euro foi feito à imagem e semelhança dos interesses alemães é algo que a cada dia que passa se torna mais evidente.
Dizia há dias buiça naquele estilo de panegírico próprio de quem encontrou o paraíso na terra e falando dos grandes países, aqueles que" atraem dinheiro e investimentos duradouros, que protegem a privacidade, a propriedade privada e garantem estabilidade fiscal e legislativa"
Pois é. Para além de ser hoje claro que o bundesbank é um coio de mafiosos, também vamos sabendo como atraem dinheiro e investimentos(mais a privacidade e a propriedade privada e o diabo a sete)
Por exemplo nas emissões poluentes dos automóveis, eles mostram e bem como é isso de se recusarem a ser uma Grécia assim grande.
E como atraem o dinheiro alheio
Há uma promessa chave do processo de integração europeia que aparece superficialmente referida nos tratados mas que foi central em toda a propaganda europeísta:
ResponderEliminarGarantia-se aquando da introdução do euro que as economias europeias convergiriam. Afinal era pura e simplesmente mentira.
Em suma, fomos vigarizados.
O que acontece é que não só a UEM é uma zona monetária não-óptima como a observância do articulado dos tratados implica que em vez de convergência sempre existirá divergência.
E se considera a terceira economia da zona euro é uma "pequena parte do todo europeu" em que "que o instrumento desvalorização da moeda desapareceu" é porque a sua Geografia é muito fraca.
E o Sr falso-buíça não se faça de parvo porque sabe muito bem que existem maneiras de se fazer convergir economias numa zona económica. Os exemplos e a maneira como os apresenta denotam uma certa limitação intelectual. E não, não é subjectivo, até há indicadores para se avaliar a convergência ou divergência.
S.T.
Vai ter que me mostrar em qual tratado está essa "garantia" de futuro risonho e convergente...
EliminarInsisto em que Portugal não é um país adulto. Um político qualquer com 2 ou 3 anos de mandato restante promete-lhe o céu na terra para daqui a 10 anos e você limita-se a ter fé de que seja verdade? Eu diria que está a pedir para ser enganado...
Na adesão à união europeia a convergência está nas mãos de cada país, Portugal recebeu rios de dinheiro a fundo perdido para convergir. Gastou-o mal? Não culpe a Europa que o dinheiro não se evaporou.
Na adesão ao euro a "convergência" baseia-se no cumprimento por todos das 3 regras do pacto de estabilidade.
Nenhum dos 2 é perfeito, como o mundo não é, mas só a si cabe gerir o seu país, uns países convergiram outro não.
O Sousa Tavares é um impostor pois nunca nos foi vendida a ideia de que os salários ou pensões em Portugal seriam iguais aos da Alemanha ou Dinamarca, da mesma forma que os salários de Beja nunca convergiram com os de Lisboa. Mas o Sousa Tavares vende-nos putativos sonhos europeus que nos foram alegadamente vendidos como tal, pelo menos de acordo a mantra que nos apresenta.
EliminarBuiça,
ResponderEliminarEmbora não seja seu assíduo leitor, notei com desagrado que haja anónimos, com ou sem letras, a chamarem-lhe falso-Buiça.
Suspeitarem que não seja um assassino seria já de si um estranho facto, tê-lo por monárquico seria inusitado. A suspeita que tenho é que não venha dando provas de ser esquerdalho bastante, e o Buiça ter sido adpotado como símbolo da seita.
Buiça tem assíduos leitores?
EliminarAh
E o josé não ê um assíduo leitor?
Ah
E adoptado como símbolo da seita?
Ah
Saia aí um buiça, monárquico ou não, para contentamento do pai adoptivo do buiça, um tal de nick josé
Chamo a atenção dos leitores para como o falso-buíça numa clara atitude anti-patriótica, insultuosa para com a memória de Manuel Buíça, perfilha as teses dos inimigos da República e defende os interesses estrangeiros.
ResponderEliminarApenas para que fique registado.
Quanto à "promessa", basta consultar o Tratado de Maastricht, à página 5:
(os signatários do Tratado)
"RESOLVED to achieve the strengthening and the convergence of their economies and to establish an economic and monetary union includirg, in accordance with the provisions
of this Treaty, a single and stable currency,"
"Na adesão à união europeia a convergência está nas mãos de cada país, Portugal recebeu rios de dinheiro a fundo perdido para convergir. Gastou-o mal?"
Questões a considerar nestas frases:
Primo a convergência não está ou estaria nas mãos de cada país, está ou estaria na coordenação das políticas dos países signatários.
Secondo, a Alemanha, em violação dos tratados, fez dumping salarial, obtendo uma vantagem fraudalenta sobre os outros signatários do Tratado de Maastricht e parceiros da EU.
Tercio, a convergência, em zonas económicas não-óptimas exige, ou mecanismos de protecção das zonas menos desenvolvidas ou avultadas transferências compensatórias. Os "rios de dinheiro" (que não o foram!) neste contexto são ridículos por insuficientes.
Quarto, o governo alemão tem sistemáticamente sabotado todos os esforços feitos pelos países periféricos para diminuir o diferencial de competitividade que a Alemanha conquistou de forma indevida e fraudalenta em violação dos tratados.
S.T.
Deixem lá isso dos nomes que eu não vos vou pedir que me expliquem previamente porque é que as senhoras vossas mães vos escolheram os respectivos nomes como condição para debater umas ideias. Muito menos presumir pelo nome de cada um as ideias que devia ter...
EliminarSim, o objectivo do tratado é que as economias convirjam, mas não sendo a Europa um país nem sequer uma federação quase tudo depende das medidas concretas de cada país. Podia dar dezenas de exemplos, mas se todos se coordenam para cumprir limites de endividamento e defices de 3% no máximo e um país decide ter defice de 10%, a culpa não é da Europa...
Não domino essas expressões sindicais, a Alemanha montou fábricas em países mais baratos? Atraiu trabalhadores de toda a europa que ficaram felizes por ter emprego? Em que é isso diferente do boom português da construção ter sido alimentado por polacos, ucranianos e angolanos?
Os fundos de coesão não existiram? Oh diabo... então de onde terá saido tanto mercedes e bmw...?
Foram insuficientes? Săo sempre quando não é você a pagá-los.
Aguardo mais detalhes sobre essa conspiração germana que não nos deixa convergir...
O que o São Tolinho não compreende é que o Escudo nunca evitou que Beja tivesse desde há cem anos um PIB per capita 30% abaixo do de Lisboa. E o BdP nunca o evitou! E o governo luso nunca o evitou, mesmo depois de injectar milhares de milhões de investimento público no interior. O que sugeriria então o São Tolinho? Uma divisa diferente para Beja e Lisboa porque o rectângulo é uma "zona económica não-óptima"?
EliminarBuiça
EliminarNão seja hipocrita. A imagem que aí está mostra Manuel Buiça
Não ê preciso dizer mais nada a tal respeito.
Portanto deixe de se vitimizar e assuma a contradição
Que Portugal tem um grave problema de "elites compradoras" já não é segredo nenhum.
ResponderEliminarLembremos as palavras de Coralie Delaume no FigaroVox que também se aplicam a Portugal:
http://www.lefigaro.fr/vox/societe/2018/04/20/31003-20180420ARTFIG00185-la-secession-des-elites-ou-comment-la-democratie-est-en-train-d-etre-abolie-par-coralie-delaume.php
"la coupure de plus en plus prononcée entre le peuple et les «élites». Une coupure tant économique et matérielle qu'éducative et intellectuelle, dont résulte le repli sur eux-mêmes des privilégiés"
"a ruptura cada vez mais pronunciada entre as pessoas e as "elites". Um corte tão econômico e material como educacional e intelectual, que resulta no fechamento dos privilegiados sobre si-mesmos"
É este mecanismo de distanciamento que permite a aberração de pseudo-buíças, completamente isolados pela endoutrinamento neoliberal que os move, dos interesses, pensamento e sentimentos do povo português.
"Le dépérissement du cadre national permet aux « élites » de vivre de plus en plus dans une sorte d'alter-monde en suspension."
"O declínio do quadro nacional permite que as "elites" vivam cada vez mais em uma espécie de mundo alternativo em suspensão."
Claro que isso é facilitado e encorajado pelo europeísmo:
"La construction européenne est un formidable outil de déresponsabilisation des « élites » nationales."
"A construção europeia é uma ferramenta formidável para a desresponsabilização das "elites" nacionais."
"La manière dont est organisée l'UE a pour effet de décorréler les élections (qui ont lieu au niveau national) et la prise de décision (qui se fait à l'échelon supranational), ce qui en fait une véritable machine de défilement au service «d'élites» politiques en rupture de ban avec leurs nations d'origines - et qui ressemblent bien plus à une oligarchie qu'à une véritable élite désormais."
"A forma como a UE está organizada tem o efeito de romper a correlação entre as eleições (que ocorrem a nível nacional) e a tomada de decisão (o que é feito a nível supranacional), o que torna (a UE) um verdadeiro rolo compressor ao serviço de "elites" políticas alienadas das suas nações nativas - e que se parecem agora muito mais com uma oligarquia do que uma verdadeira elite."
É claro como o "fenómeno" Centeno se enquadra num quadro muito mais vasto?
"En même temps que l'on « dépasse » les nations et que l'on détruit l'État, c'est la démocratie qu'on abolit."
"Ao mesmo tempo em que "transcendemos" as nações e destruímos o Estado, a democracia é abolida."
"...la montée de ce qu'on appelle «les populismes» correspondrait avant tout à une quête de loyauté..."
"...a ascensão do que é chamado de "os populismos" corresponderia acima de tudo a uma busca de lealdade..."
Uma lealdade que é permanentemente traída pelos falsos-buíças, vendidos a interesses estrangeiros que pululam no espectro neoliberal, digo eu.
S.T.
Eu concordo em grande parte com a Coralie.
EliminarSe as suas elites não são competentes, não sabem gerir um país, invariavelmente enriquecem barbaramente a si e aos seus quando conseguem algum cargo político e da Europa não querem saber mais do que o "mandem mais dinheiro" e que sirva de culpada universal, é normal que qualquer alternativa que consiga aparecer no boletim de voto tenha muitos adeptos.
Mas são as SUAS elites, foi você que as escolheu e é você quem tem de as fiscalizar.
Para caracterizar ainda melhor a diferença entre um Manuel Buíça e um pechisbeque falso-buíça:
ResponderEliminarManuel Buíça representava a elite do seu tempo, senhor de uma cultura que estava longe de ser generalizada e que ele lutou e se sacrificou para democratizar através dos ideais republicanos. Esta elite era fundamentalmente diferente das elites portuguesas actuais, conspurcadas pelo europeísmo e contaminadas pelo ordoliberalismo predador de que o falso-buíça é um tão flagrante exemplo.
Que o falso-buíça defenda os interesses de grupos financeiros estrangeiros não é surpresa.
Mas é por isso que este pechisbeque de falso-buíça é um insulto à memória colectiva de nós todos como nação e uma ameaça à democracia, como bem explica no artigo que acima refiro Coralie Delaume.
S.T.
O Sousa Tavares continua a enganar quem o lê. O apoio alemão ao espanhol De Guindos era parte do plano alemão para o BCE que, a dada altura, Merkel estaria a engendrar para colocar Weidmann ao leme do BCE. Quer esse plano tenha sido real ou, apenas, uma ficção servida aos jornais alemães (acompanhada de salada de batata) a realidade é que Merkel já não estará interessada em colocar o seu “delfim” económico no lugar ocupado por Mario Draghi. Draghi que é, desde 2012, uma figura muito mal vista na Alemanha por estar a comprimir as taxas de juro e “confiscar” as poupanças dos alemães, com o intuito de dar “borlas” aos países do sul. O que Sousa Tavares olvida é que há muitos alemães que querem sair do Euro pois as taxas de juro a rondar o zero para satisfazer o Sul, é um confisco aos aforradores. E fica a pergunta ao Sousa Tavares:qual seria então a convergência num clima de neo-Escudo e de neo-Marco?.
ResponderEliminarJá percebemos que o coitado do Pimentel Ferreira anda às voltas com as borlas.
EliminarE com o confisco aos aforradores
Sobretudo aos alemães
Bora lá acabar com esta trampa do euro que só serve a Alemanha e os seus interesses. Embora o Pimentel Ferreira tente repetir o papaguear da cambada que se vai enchendo, enquanto trauteia o Deutschland uberalles
Buiça está inspirado
ResponderEliminarComecemos pelo fim:
"Mas são as SUAS elites, foi você que as escolheu e é você quem tem de as fiscalizar".
Alguém andou por aí a escolher elites e não disse nada?
Ó buiça, aquele Buiça com B grande, a que vossemecê empresta esse ar de burguês respeitador de elites, não teve nenhum respeito pelas ditas.
Nem as tinha escolhido. Nem essas elites se deixam fiscalizar deste modo tão ternurento.
Em 1383-1385 as "nossas elites" tiveram também a opinião de compartilharem a mesa, a cama e Portugal com Castela.
Felizmente que o povo pegou em armas e mandou tais elites para olugar que lhes competia
Também nos idos anos dos Filipes a governar o país vimos elites a quererem manter tal domínio
ResponderEliminarAlguns tiveram a sorte que mereceram
A fiscalização das elites têm destas coisas. Quando a trafulhice, o roubo, a sacanice, a pulhice, o roubo, a miséria, os crimes estão de tal forma incrustadas nas ditas elites...há que fazer como o Buiça.
Buiça dixit:
ResponderEliminar"Não domino essas expressões sindicais, a Alemanha montou fábricas em países mais baratos? Atraiu trabalhadores de toda a europa que ficaram felizes por ter emprego? Em que é isso diferente do boom português blablabla"
Ora aí está um dos da dita elite a tentar fazer passar os outros por parvos
Não saberá o que é dumping salarial? Nem a forma como a Alemanha, mercê do euro, arruinou o tecido produtivo dos países periféricos?
Faz como os das elites fazem. Instalados na vida, detentores dos mecanismos de controlo económico, dos mecanismos de controlo mediático, tendo como aliados elites nacionais corruptas, arrogam-se o direito de invocar o poder como motor de tudo. E até invocam a satisfação dos que lhe saíram a sorte grande, nestes termos dignos de uma buiça Jonet:
"trabalhadores de toda a europa que ficaram felizes por ter emprego"
Uma felicidade igual à experimentada pelos que tinham a possibilidade de ir ganhar um salário de miséria para poderem trabalhar nas minas dos colonos em África?
De toda a África, como de toda a europa, como acentua de forma propagandista, mas um pouco néscia, o buiça
Já se percebeu ó buiça. Vossemecê quer que utilizemos o alemão como língua nacional mas de forma civilizada, a pouco e pouco, à medida que vamos ficando mais e mais satisfeitos com os salários das fábricas alemãs e com as esmolas do Reich.
Pobrezinhos mas contentinhos. Depois dará conselhos sobre o Capitalismo e os empréstimos e mais a miséria denunciada aí num post de João Ramos de almeida
Buiça dixit:
ResponderEliminar"Em que é isso diferente do boom português da construção ter sido alimentado por polacos, ucranianos e angolanos?"
O que tem este exemplo para ser dado como exemplo?
Um mafioso alemão tenta corromper um neoliberal português. Quer vender submarinos, por exemplo.
Um outro parceiro vem em defesa do mafioso alemão dizendo que o vizinho também só emprega a moça do lado com a esperança de poder ter uns "avanços" com ela.
Será tudo a mesma coisa
Buiça dixit:
ResponderEliminarEssas "cliques" não foram eleitas pelo "povão" que não entende "problemas complexos" para defenderem o melhor para todos?
Lol. As eleições servem para o que servem.
Servem para eleger "elites"
Não diga asneiras buiça. As elites não o são pelo voto. Nem se consideram por sufrágio
O exemplo de um que nunca foi eleito e que era o supra-sumo das elites, Ricardo salgado. Nunca foi eleito.
E como ele temos a cambada dos banqueiros e dos grandes empresários etcetcetc
Mas buiça não entendeu a ironia do comentário sobre os problemas muito complexos
ResponderEliminarQuem diria que esta lhe escape assim, embora não se coíba de mijar para trás,como a burra, invocando planos quinquenais pela calada. Ou coloquiando com "camaradas", fingindo ignorar que essa condição passa por muitas outras coisas que não as relações mais ou menos íntimas do buiça
Quer dizer. Para legitimar as "elites" à moda do buiça temos as eleições
Para legitimar a entrada no euro não temos consulta popular.Nem aos seus tratados.
"Eram problemas demasiado complexos para o povão ser consultado"
Agora "arrivou"?