Nos dias em que, no Brasil, se assiste a mais uma manifestação de judicialização da política - ou por palavras mais claras, a um acto de orientação política por parte de elementos da estrutura judicial de um Estado que evolui em transição pacífica - gostaria de dar imagem de outro caso semelhante mais próximo de nós.
Se dúvidas havia sobre uma sintonia entre os
analistas políticos da TVE, a direita no Parlamento da Catalunha e os membros do Governo Rajoy, as
imagens mostram-na de forma transparente. A moda Nancy Reagan continua a reinar, agora já reformatada. E de forma cada vez mais exaltada e acirrada.
Estranha e paulatinamente os elementos antidemocráticos, alçados em nome da defesa da Democracia, vão escorregando tão bem por entre nós, com apoio e cobertura de uma verdadeira internacional antidemocrática, com sede aparente em Bruxelas, cara de uma centralização europeia, comandada sabe lá Deus por quem... e que se vai transformando num simulacro de soberania popular em que apenas se vota o que alguém decide o que é permitido votar. E com o poder repressivo do Estado, desde aos serviços secretos até à Justiça.
Bem sei que não se compara (porque não?), mas dá-me sempre calafrios estes estados de letargia colectiva, de apatia de animais entorpecidos, de cabeça baixa durante anos e anos, porque me lembram como foi que - nas grandes democracias ocidentais - se foi aceitando que os nazis viessem buscar pessoas a casa. Ou a polícia política em Portugal e Espanha, logo no pós-segunda guerra mundial, aceites como bons polícias contra o advento do comunismo.
Não foi assim há tanto tempo.
Sobre a situação da Catalunha e do Governo Espanhol e demais governos que validam praticas pouco democráticas, têm-me suscitado uma dúvida em dois aspectos do processo que não tenho visto debatido. Numa primeira abordagem famoso artigo 155 da Constituição parece-me na sua essência anti-constitucional. Pois se a Constituição outorga num dos artigos a autonomia como forma de governação a determinados povos de Espanha, o artigo 155 ao limitar essa autonomia a um ditame do Governo fere na sua essência constitucional o artigo da autonomia. Por outro lado o Governo Espanhol assinou a Carta das Nações Unidas que consagra num dos seus artigos o direito á autodeterminação dos povos, o que também entra em contradição com medidas limitadoras dentro de Espanha desta autodeterminação. Que valores então devem perdurar nas sociedades para que estas sejam verdadeiramente democráticas?
ResponderEliminarO que é que isso interessa João...
ResponderEliminarO que interessa é que o futebolista executou uma cambalhota no ar e que o festival da Eurovisão (onde centenas de escrav... voluntários trabalham pela "experiência") é já no próximo mês!
Infelizmente a realidade da União Europeia é esta mesmo. A ditadura já está aí a instalar-se de mansinho. Grande texto! Obrigada a quem escreveu esta análise tão certeira da realidade.
ResponderEliminarQuem não quer ver isto ou está completamente alheado que que se passa ou é conivente com os factos devido aos mais variados interesses.
Quem nos salvará da nova ditadura? Com sorte, o facto de sermos tão periféricos, ainda nos ajudará a escapar do pior como foi aquando das duas guerras mundiais...o problema é que agora há nuclear envolvido e a União Europeia está a abarrotar dele, segundo depreendo aqui:http://sakerlatam.es/geopolitica/pt-guerra-nuclear-7-4-a-escalada-usanato-na-europa/
Não percebi: é sobre a roupa?
ResponderEliminarMais grave é a questão das bandeiras espanholas e da participação das forças armadas nas procissões da Igreja católica. Quanto mais o PP se enterra na corrupção mais a Espanha deixa de ser um Estado laico para voltar ao franquismo. Quem disse que a transição espanhola fora mais competente que a portuguesa? Nesse sentido eu percebo perfeitamente os independentistas catalães.
Ah, pois e os julgamentos de Moscovo não contam, João Ramos de Almeida? Para simulacro de justiça onde as vítimas confessavam crimes inexistentes, olhe que muito dificilmente alguém leva a palma a Estaline...
ResponderEliminarAcho imensa piada aos suspeitos do costume, os tais que não sabem se a Coreia do Norte não é uma democracia, virem cá dar lições da mesma aos Estados de Direito imperfeitos da velha Europa.
Pinte a cara de preto, peça desculpa por ainda andar a apoiar um sistema horrível que condenou milhões de seres humanos à extinção ou à submissão a uma vanguarda de nulos e depois falamos...
Porque é que o Jaime Santos não junta a Estaline, por exemplo, Bush, os sauditas e os israelitas?
ResponderEliminarO Jaime Santos sabe que todos eles matam ou mataram e torturam ou torturaram?
Sabe que os israelitas usam os palestinianos como ratos de laboratório quando querem testar as armas que desenvolvem. É isto para si um exemplo de democracia e respeito pelos direitos humanos?
Sabe o que os grandes aliados dos EUA, os sauditas, fazem a defensores da democracia? Decapitam-nos e crucificam o corpo, deixando-o na rua para outros defensores da democracia verem o que lhes pode acontecer.
Não Jaime Santos, Estaline ou o Kim da Coreia do Norte não dão lições democráticas a ninguém, tal como Bush e os seus grandes aliados Sauditas (que estão a cometer genocídio no Iémen com o apoio e armas made in USA)também não dão!
"sistema horrível que condenou milhões de seres humanos à extinção ou à submissão" - Jaime Santos
E qual é o sistema que condenou e assassinou milhões no Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria?
Querem ver que até aqui o comunismo é culpado!
O Jaime Santos é um hipócrita, só vê aquilo que lhe apetece.
O Jaime Santos deve querer competir com o Jose a nível de trollice, deve ser isso...
Há algum desespero na forma como JS se atira aos que por aqui postam
ResponderEliminarDesespero tanto maior quanto maior o distanciamento das suas palavras com o que é denunciado nos posts. Ei-lo em roda livre. São os julgamentos de Moscovo mais a Coreia do Norte. A cara pintada de preto mais este amor mal escondido pelo franquismo que fez tantas vítimas e que.cunluiado com o nazismo fez as vítimas que fez.
E não, não estamos a contabilizá-las porque isso desemboca em discursos desculpabilizadores e as vidas humanas não valem apenas pelo seu número. Se bem que saibamos que as vítimas das potências coloniais e dos interesses do Capital são de facto incontáveis. Fica para depois a contabilidade néscia que JS abraça.
E não, JS ainda não se pode arrogar ao direito de dizer o que diz e não esperar que lhe respondam como se acha que merece. Ou que se publique o que se ache por bem publicar
Ainda não temos censura. Por isso o “ depois falamos” de JS tem tanto de prepotente como de cobarde.
Não tolera o contraditório e abala por aí com esse tom de prima dona ofendida
Regressará com Rui Rio nos braços?
Há gente que clama por desgraças que lhes deem razão.
ResponderEliminarA história de Pedro e o Lobo ...
Jaime Santos deve andar distraído. Como foi possível ter-se esquecido de acusar o Irão e a Venezuela? Não, não está certo! Nem sei se hei-de desculpar falha tão grave. Como pode sentir-se o dito cujo confortável, com as costas quentes, quando, por omissão ou oposição, faz a apologia de regimes reconhecidamente democráticos, transparentes e amigos dos direitos humanos como Israel, como a Arábia Saudita, como outras petroditaduras e, 'last but not least', como o Império norte-americano. Estes não condenaram/condenam milhões de seres humanos à submissão ou à extinção? Bush-filho, um exemplo entre outros, não era(é) um nulo?!
ResponderEliminar"Há gente que clama por desgraças que lhes deem razão". E de forma comovente é citada "a história de Pedro e o Lobo ..."
ResponderEliminarQuando jose, em 2014, com as costas quentes pela governação criminosa de Coelho, Portas e Cavaco, berrava lá do alto da sua jactância:
"Às bestas serve-se a força bruta se forem insensíveis a outros meios", referindo como "bestas" todos os que não seguiam a cartilha troikista, estava a clamar por qual tipo de desgraças?
E estava a assumir o papel de verdadeiro lobo ou apenas o de hiena?
Quando jose, a propósito dum post de Nuno Serra para celebrar Abril, proclamava a 16 de Abril de 2016 às 12:56, as seguintes palavras:
ResponderEliminar"Façam a festa!
Por mim vou esperar pelo 25A de 2017.
Não festejo a cretinice em curso".
Estava a assumir o papel de invocador do Diabo ou a suspirar pela regresso dos tempos de chumbo da governação de Passos e seus muchachos?
Os tais que assumiram até certo ponto a vingança contra Abril. Mas a quem Jose censurava por não terem ido mais longe na recuperação das virtudes de Salazar, esperançado agora que em 2017 completassem a obra encetada em 2011.
Seria o lobo, o Pedrinho ou a esperança pelas "graças" que lhe iriam cair no colo?
Os franquistas tomaram de assalto a República Espanhola (com o apoio de Salazar) e de pata erguida, de metralhadora em punho, pela calada da noite e ao sol cru das terras de Espanha espalharam a morte e o terror, com execuções sumárias e continuadas, que persistiram quase 30 anos após o final da guerra civil.
ResponderEliminarGritavam os Viva la Muerte da Ordem. E espalharam o sangue generoso de Espanha pelos cantos da península, governada por essa espécie de crápulas.
Quem tentou inocentar tais canalhas apelidando-os até de românticos dirá que tudo não passava de desgraças declamadas.
Foi o que se viu.E enquanto assobiavam para o lado e lhes cantavam as baboseiras românticas, o cheiro das centenas de milhares de cadáveres ia-se acumulando, desmentindo-lhes as histórias da carochinha travestidas de pedros
O ovo da serpente é mesmo assim.Espera nascer pela calada, de surpresa e sem aviso. E tudo lhes serve para o efeito. Até as desgraças a fingirem que o não são
«Há gente que clama por desgraças que lhes deem razão.»
ResponderEliminarO Cuco, num raro momento de lucidez, soube associar a República Espanhola a um tal síndrome.
Tanto clamaram pelos fascistas que os tiveram!
Madrid 1936: «Sabe el Gobierno que elementos fascistas, desperados por su derrota, quieren simular una solidaridad, y uniéndose a otros turbios elementos, desacreditar a fuerzas afectas al Gobierno y al pueblo, simulando un fervor revolucionario que se traduzca en saqueos, incendios y robos»
Sempre os fantasmas fascistas a dar cobertura a erros próprios...
(Quem será este cuco que atormenta as noites e empecilha os dias de jose?)
ResponderEliminarDeixemos os traumas pessoais de jose e passemos aos seus traumas políticos.
Duma forma estranha este mesmo atarefado jose tenta reescrever a História. Chega ao ponto demencial de tentar empurrar para quem alertava para a vinda do fascismo,
a responsabilidade pela chegada do mesmo.
Uma espécie de responsabilização das vítimas pelo sua condição de vítimas. Por muito que custe dizê-lo, os nazis foram exímios nisso, sobretudo em relação aos judeus e aos comunistas
A 26 de outubro de 2017 pelas 19:17 jose pespegava uma frase que denotava para onde ia o pendor afectivo do mesmo jose:
ResponderEliminar"O romantismo associado ao 'Viva la muerte' da Legião,..."
Quem falava assim de romantismo é o mesmo que tenta esconder que foi precisamente em 1936 que se deu o assalto fascista. Os que avisavam para a vinda da besta tinham de facto razão. Nesse tempo, também houve os que subestimavam a referida besta. Percebe-se também porquê. Para esta triunfar, tem que ser abjecta nos processos e asquerosa nas intenções.
Não há nada de "romantismo" nos berros de canalhas a berrar os seus "viva la muerte"
Fascistas são o que são. Escória da humanidade. A legião espanhola era um açougue imundo. A legião portuguesa uma tropa auxiliar dos falangistas espanhóis, apoiante directa e aberta das potências do eixo e dos nazis.
De como alguém vê romantismo no cano de esgoto da História é um mistério muito pouco romântico
Quem reivindica um romantismo para os verdadeiros filhos da puta que alimentaram a terra de sangue deve ser responsabilizado pelo seu credo
ResponderEliminarEsse gosto pelo sangue de centenas de milhares de mortos que tombaram ao som dos Viva la muerte é o que anima a besta fascista que renasce na europa.
A guerra civil de Espanha resultou dum pronunciamento de Franco e Mola contra um governo legítimo. Foi originada a partir dum golpe militar a 17 de Julho de 1936 contra a IIª República espanhola. Foi um confronto entre fascistas e forças leais à República.Franco teve o apoio directo da Alemanha nazi, da Itália fascista e do Portugal salazarista. E deu origem a um estado fascista que continuou a matar e a fuzilar pela calada da noite milhares de cidadãos espanhóis dezenas de anos após o final da guerra.
É o admirador confesso de salazar que tem estes estremecimentos românticos pelos fascistas espanhóis. Porque é bom que se denuncie e esclareça que o governo português apoiou directamente a barbárie
Os fantasmas fascistas parece que afinal não o eram. Nunca o foram e quem subestimou o seu perigo arrependeu-se.
ResponderEliminarE havia ( há) os outros, que por desejarem a sua vinda, faziam ( fazem) tudo para camuflar o verdadeiro carácter da besta.
E todavia ela estava bem patente em todo o seu horror. Era servida por facínoras de carne e osso, dotados da maior crueldade e da mais firme convicção de pulhas filhos da puta.
Jay Allen conseguiu entrevistar Franco, em Tetuão, a 27 de julho de 1936. A partir da entrevista, Allen publicou um artigo com o seguinte diálogo:
Allen: "Durante quanto tempo prolongar-se-á a situação agora que o golpe fracassou?" (nas principais cidades de Espanha a besta tinha sido derrotada )
Franco: "Não pode haver nenhum acordo, nenhuma trégua. Salvarei Espanha do marxismo a qualquer preço"
Allen: "Significa isso que terá de fuzilar média Espanha?"
Franco: "Disse a qualquer preço".
Ó Cuco!
ResponderEliminarTranscrevi um comunicado do Governo da República de 20 de Julho de 1936.
O golpe iniciara-se a 18 e um único quartel aderiu em Madrid e foi de imediato liquidado.
Mas os «saqueos, incendios y robôs» da esquerdalhada eram atribuídos aos fascistas.
Sempre vítimas, é o moto dos teus comparsas ideológicos.
Supondo que possas perceber dito assim devagarinho, prossegue a tua digressão por outros variados assuntos...
Cuco?
ResponderEliminarE ainda por cima com o tratamento coloquial de quem anda no engate?
Deixe-se disso que já tem idade suficiente para andar a fazer essas figurinhas dúbias
E provavelmente é a idade que não permite vislumbrar que o que posta confirma o dito antes.
ResponderEliminarOs fascistas avançavam e iniciaram um golpe sem misericórdia
Foram derrotados inicialmente nas principais cidades Como já se dissera
O governo espanhol legítimo conclamava à resistência
Franco, amigo e cúmplice de Salazar, diz o que diz. Nem que seja preciso matar meia Espanha
E este tipo vem para aqui defender os fascistas?
Quando o fanatismo ideológico e a idade se juntam, oferecem este triste aspecto.
As hordas fascistas avançaram e fizeram o seu papel de criminosos fdp. Este Jose abençoa -os e desculpabiliza-os
O golpe das bestas fascistas iniciou-se a 17 de Julho de 1936 contra a IIª República espanhola.
ResponderEliminarA 20 de Julho o governo legítimo legitimamente alerta para as provocações fascistas.
82 anos depois, um tal jose tenta atribuir aos que defendem a democracia espanhola a responsabilidade pelo acontecido, atribuindo-lhes roubos, incêndios e saques. Cumplicidade e compadrio, tal como antes salazar demonstrara ao conviver com Franco
Como agiam os fascistas espanhóis?
A 14 de Agosto de 1936 ocorre a matança de Badajoz, o crime mais vil da
história da Estremadura. E no entanto falar dele nesta terra ainda continua a ser um tabu.
Ainda mandam o silêncio e a prudência, ainda não desapareceu todo o fumo, «ainda está tudo ainda». Como é possível que o esquecimento continue a esconder o assassínio de milhares de pessoas, o genocídio mais brutal que o e nosso povo sofreu?"
...
Para começar, todos os civis detidos na Catedral de S. Juan, o último resíduo de resistência,são fuzilados nos altares. E os presos in situ, um pouco por toda a cidade são juntos na praça do Ayuntamiento, onde foram colocadas metralhadoras que os vão eliminando por grupos. A mesma sorte cabe à maior parte dos detidos em alguns dos seus refúgios. São centenas de assassinados, o sangue corre já pelas Calle Obispo e Ramón Albarrán. Mas o genocídio mal tinha começado. Mutilação e castração de cadáveres, metralhamentos coletivos e saques indiscriminados são algumas das façanhas do exército «libertador» nos dias que se seguem…
Bares, relojoarias ou lojas de roupa são assaltados. As violações e as degolas fazem parte do reportório preferido dos invasores.
Mas onde se vai condensar a ignomínia e a baixeza vai ser na praça de touros. Yagüe, chefe da besta fascista, ordenou para ali o enclausuramento dos prisioneiros. Ao centro taurino vão parar não só os inúmeros detidos em Badajoz, como além destes os refugiados presos pela ditadura de Salazar quando tentavam entrar em Portugal.
Múltiplos testemunhos falam-nos da humilhação e da barbárie naquelas datas. O poeta pacense Manuel Pacheco recorda o terror daqueles dias: «Foram dias horríveis, eu não podia dormir, ouvia os disparos na proximidade da praça de touros, milhares de fuzilados. Nos primeiros dias somente alguém da direita tinha de dizer esse, e rapidamente era fuzilado».
Julian Zuzagagoitia, que então era ministro da Governação descreve a verbena de sangue e de horror homicida que tem lugar: «Centenas de prisioneiros foram levados para a praça de touros, atrelados como cães de caça eram empurrados para a arena como alvo das metralhadoras que, bem colocadas, os destruíam com rajadas implacáveis». E o jornalista Jay
Allen, do Chicago Tribune, também dá conta do vexame e do sistemático assassínio dos republicanos. Numa das suas crónicas revela «um cerimonial e simbólico tiroteio na Praça da Catedral. Sete líderes republicanos da Frente Popular foram fuzilados diante de 3.000 pessoas». O que conta Allen não é mais do que o assassínio com humilhação pública incluída de, entre outros, o alcaide de Badajoz, Sinforiano Madroñero, e o deputado socialista Nicolás Pablo.
«O pântano mortal, praça do mundo atravessada por formigas-brancas, é agora sagrado e miserável e espantoso na púrpura». António Gamoneda, um poeta enigmático, torna-se transparente quando denuncia a matança, pondo data e endereço da barbárie. Mortal 1936,assim se chamam os dez poemas que escreve em 1993 acompanhando as tauromaquias trágicas do pintor estremenho Juan Barjola. «Este é o dia em que os cavalos aprenderam a chorar, o dia terrível e natural de Espanha. O animal de sombra enlouquece com os alvores da manhã». Imaginamos os prisioneiros tratados como animais, toureados, bandarilhados, rojoneados e a raiva sacode-nos. Oitenta anos depois ainda ardem as perdas, ainda dói o sadismo dos vencedores e a dor dos martirizados.
ResponderEliminar«Sob o tanger dos sinos, cresce a execução, geme o aço e tu, Marzal, és horrível até perante os olhos da tua mãe. Assim é a iniquidade, assim é o choro». Agora, o poeta compreende tudo.
Marzal é o apelido do capitão da guarda civil, um dos mais sanguinários matadores. Marzales, que os persiga para sempre a nossa memória. Sanguinários, carniceiros, professores do ódio, cães cuja única sabedoria foi o terror"
Eram estes Maezales que trauteavam os Viva la muerte. Jose chama-lhe "romantismo".
Passados pouco mais de 80 anos, de forma tenebrosa, tenta-se reescrever a história e apagar o sucedido.
ResponderEliminarCuriosamente(ou talvez não) Salazar, o ídolo de jose e a quem este presta homenagem no seu quarto venerando os "discursos claros e lúcidos" do ditador, dará um apoio decisivo a Franco e aos chefes de fila assassinos. Promoverá um chá de caridade, com os grandes empresários portugueses para angariar fundos para as forças que assim procediam.
E irá mais longe.
Bem mais longe. Mandará entregar, para que sejam executados, refugiados espanhóis apanhados neste lado da fronteira. Permite mesmo à guarda civil a perseguição em Portugal de espanhóis republicanos, para depois estes serem executados,quantas vezes torturados.
A barbárie fascista em marcha.
Já vais em Agosto Cuco?
ResponderEliminarTens muito que andar em para relatar todos os males (só de origem fascista naturalmente).
Ao que nunca dás respostas é aos males da esquerdalhada...sempre vítimas, sempre coitadinhos!
Vamos lá ver se este jose percebe.
ResponderEliminarNão nos interessam os problemas pessoais do jose, com cucos ou não cucos, embora se reconheça que ele tente esconder a gravidade das suas afirmações atrás daqueles e das suas tentativas um pouco espantosas de "amizade".
Mas por mais que seja frustrante para esta abencerragem, que tenta legitimar a violência fascista e se torna objectivamente cúmplice desta, esta sua tentativa não passa.
Registe-se todavia como perante a evidência dos factos vai mudando a sua discursata.
De como os ditos "fantasmas fascistas" agora são transformados em "males"
A coragem nunca foi o seu forte. Mas definitivamente não passa por mais volte-faces que tente
O golpe das bestas fascistas iniciou-se a 17 de Julho de 1936 contra a IIª República espanhola.
ResponderEliminarA 20 de Julho o governo legítimo legitimamente alerta para as provocações fascistas.
82 anos depois, um tal jose tenta atribuir aos que defendem a democracia espanhola a responsabilidade pelo acontecido, atribuindo-lhes roubos, incêndios e saques. Cumplicidade e compadrio, tal como antes salazar demonstrara ao conviver com Franco.
E Jose não gosta de um comunicado do governo espanhol legítimo a denunciar as estratégias da besta.
E não gosta que nem um mês passado do golpe fascista seja denunciado o massacre de Badajoz
São demasiadas respostas dadas por Jose, a acompanhar os seus amados discursos claros e lúcidos
Nãoctens um pingo vergonha, Cuco!
ResponderEliminarTu e a mentira são uma relação de sucesso.
A questão não tem a ver com esse tal cuco com que este jose tenta desviar o que se debate.
ResponderEliminarA questão tem a ver com o seu inocentar da besta fascista e a sua tentativa de silenciar a resposta a dar a esta mesma besta.
A questão tem a ver com a denúncia destas cumplicidades e destas conivências, consubstanciadas nas respostas dadas por este mesmo jose, mais as suas odes ao romantismo dos Viva la Muerte.
A questão é mesmo esta: No Pasara desta forma impune