segunda-feira, 13 de junho de 2016
Exit, Brexit, Lexit
[A] esquerda britânica corre o risco de prescindir da única instituição que historicamente foi capaz de usar com eficácia – o Estado democrático – a favor de uma ordem constitucional feita à medida dos interesses do capitalismo global e da política gestionária. O desenvolvimento da jurisprudência da UE minou consistentemente opções de política associadas com a esquerda, como a política industrial e as nacionalizações. Estruturas constitucionais que estão em grande medida fora do alcance dos cidadãos tenderam a bloquear o tipo de políticas radicais em que a esquerda tradicionalmente acreditou. (...) Mesmo que os partidos de esquerda europeus fossem bem sucedidos na elaboração de um programa comum, a UE não é o tipo de entidade política que possa ser alterada pela política popular. A UE foi construída para obstruir a política popular. Tal como os bancos centrais independentes e os tribunais constitucionais, as suas instituições são essencialmente tecnocráticas. A tecnocracia, ao contrário do que alguns possam julgar, não é um sistema neutro ou racional de governo. Ao invés, confere imenso poder a órgãos culturalmente selectivos, cujos preconceitos são os da classe a que os seus membros pertencem.
Excertos, por mim apressadamente traduzidos, de um artigo que talvez fosse vantajoso uma publicação de esquerda traduzir integralmente. Da autoria de Richard Tuck, Professor de teoria política em Harvard, e publicado na Dissent, defende a saída britânica da UE pela esquerda, o tal Lexit, expondo a deprimente “racionalização da derrota” da maioria da esquerda britânica, ao arrepio do que foi a sua posição maioritária antes de décadas de um retrocesso que assim corre o risco de continuar. Alterando a fórmula de António Costa, colocando os seus termos no lugar certo, diria que por vezes é difícil ser socialista fora do quadro da União Europeia, mas dentro do quadro da UE é impossível ser socialista.
Entretanto, e já que à esquerda são poucas às vozes a favor do Brexit e que estou numa de tradução, no comentário económico com disposição conservadora temos sempre Ambrose Evans-Pritchard, a favor do Brexit no Daily Telegraph de ontem, com argumentos que vão à raiz do problema político, ou não fosse ele um dos autores do melhor aviso, feito no ano passado, à social-democracia do continente - “podes defender as políticas da UEM ou a tua base eleitoral, mas não podes defender as duas ao mesmo tempo”:
“Para lá da espuma, estamos perante uma escolha fundamental: restaurar o autogoverno pleno desta nação ou continuar a viver num regime supranacional (…) O projecto da UE sangra as instituições nacionais e não as substitui por algo que seja admirável ou legítimo (…) Não tivemos qualquer comissão da verdade e da reconciliação para lidar com o maior crime económico dos tempos modernos. Não sabemos quem é responsável pelo quê, porque o poder é exercido numa interacção nebulosa entre as elites em Berlim, Frankfurt, Bruxelas e Paris (…) Os que mandam também não aprenderam nada com o fracasso da UEM. O fardo do ajustamento continua a recair sobre o Sul (…) Temos pela frente mais uma década perdida.”
Imaginem o que diria se estivessem no Euro...
Muito bom post de João Rodrigues com a lucidez e o sentido de oportunidade a que nos habituámos.
ResponderEliminarAqueles que se dizem de esquerda mas que continuam a defender mais integração europeia anti-democrata são tão responsáveis pelo euro-descalabro como a direita neoliberal, não, essa esquerda é ainda pior que a direita neoliberal pois diz-se mais defensora da democracia e dos interesses populares!
ResponderEliminarSubscrevo totalmente o comentário das 22 e 02
ResponderEliminarO internacionalismo da esquerda foi bandeira enquanto esteve ao serviço de uma potência global, dita defensora dos proletários e anticapitalista.
ResponderEliminarA globalização constituiu o maior avanço na industrialização e na melhoria das expectativas de vida de uma imensa massa humana de proletários que até então subsistiam nos mais baixos padrões de desenvolvimento económico.
As razões de troca que largamente favoreciam os produtos da indústria transformadora centrada no Ocidente sofreram o desgaste da crescente concorrência e as matérias primas refletiram nos preços a procura de um muito mais alargado mercado.
O mito demagógico de que a todos era possível oferecer o nível de vida ocidental por mera justa distribuição foi-se transformando no pesadelo do desemprego e da ameaça a um padrão de vida crescentemente sustentado em dívida pública e privado.
E o grito da esquerda é o de regresso às fronteiras económicas e dai ao reforço das fronteiras políticas.
E de facto, numa sociedade em que a ameaça ao consumo que os filhos representam é factor de natalidade dominante, porque haveria de não ser reconhecida a ameaça maior da globalização?
E se a concorrência exige modelos de trabalho mais incómodos, exigindo uma permanente qualificação e flexibilidade, porque promove-la se isso ameaça os direitos e garantias obtidos a berro e luta ao longo de gerações?
A esquerda, ciente de que lhe cabe a representação do sentimento popular faz seu caminho, ainda que em companhias que pretende ignorar.
Um pequeno senão, ocupa a mente de alguns mais atentos: a produção do resto do mungo já excede a produção ocidental; facto novo desde há bem mais de um século!
Cada um, pode reivindicar a etiqueta
ResponderEliminar- Esquerda / Direita /... -
que quiser mas,
não será pela etiqueta, que legitimará a imposição da DECISÃO.
Na Democracia Representativa, os representantes têm de ...REPRESENTAR!
( Não é fácil...eu imagino!!! )
De vez em quando, os detentores do uso dos instrumentos desta
podre democracia representativa,
por integridade/convicção (caso da Islândia) ou, por desespero de ganhar eleições ( caso do referendo no Reino Unido ),
viabilizam o acesso do Soberano...á DECISÃO!
É o PÂNICO!
PORQUE SERÁ?!
O autismo das vanguardas esclarecidas, no que á vontade do POVO diz respeito...
Esta coisa de se dizer esquerda, as esquerdas, tem muito que se lhe digam…
ResponderEliminarE´ uma coisa sinuosa e ao mesmo tempo indefinida, abstrata e deslizante, por isso mesmo - as dificuldades que tentam contornar a todo o custo na incapacidade da definição.
Sob uma imaginária bandeira da esquerda e, enquanto podem, vão falseando e iludindo a sociedade Portuguesa. Vejam por exemplo o PS, cujo, não se distingue do PSD, diz-se de Esquerda, sendo da Direita e que alguns afirmam que e´ do Meio… Neste breve sopro de vida o homem procura insuflar-se de perenidade sabendo que o não consegue…daí a avareza na destruição do seu próprio habitat que levado ao extremo ate o “Alem” essência da sua imaginação, quer destruir. O particular tem de ceder ao geral. E´ tempo de erguer a Bandeira da Verdade!
De Adelino Silva
Ó das 13 e 21 por favor não diga asneiras.
ResponderEliminarPor exemplo logo no dealbar da sua croniqueta (ideologicamente fidelizada à globalizaçao neoliberal):
"O internacionalismo da esquerda foi bandeira enquanto esteve ao serviço de uma potência global"
Tal demonstra a sua ignorância ou uma tentativa de manipulação demasiado grosseira para ser levado a sério.Nem mesmo no blog de direita-extrema onde tem lugar cativo engoliam essa. Ou talvez sim quem sabe?
A lição é gratuita e visa promover um serviço público. Em nome da escola pública e contra a mama daquelas escolas com contratos de associação que vivem de rendas do Estado
A raiz internacionalista é muito mais antiga que qualquer potência global. Por potencia global este deve estar a referir-se à URSS. (Este politicamente correcto com as cobardias concomitantes a que são obrigados os que fazem propaganda é por demais triste)
Por exemplo no Manifesto do Partido Comunista publicado pela primeira vez em 1848 a questão do internacionalismo é particularmente bem focada.Mas muitas outras correntes de esquerda contribuíram e contribuem para tal conceito. Antes da URSS muito antes da URSS. Para desgosto da tese apresentada e do seu autor. A realidade dos factos mais uma vez choca com o discurso ideológico.
É sair agora da zona de conforto e ir estudar para que a lição possa ser aproveitada.
Porque o internacionalismo proletário ou o internacionalismo de esquerda ou mesmo o internacionalismo humanista ainda estão de pé e são bandeiras ideológicas válidas e pelas quais vale a pena lutar.
ResponderEliminarPorque para desgraça do autor desta ode fidelizada à globalização o que se passa é que os internacionalismos atrás citados não são antagónicos da defesa dos interesses nacionais.
Cita-se o próprio João Rodrigues:"Quem disse que não se pode ser patriota e internacionalista ao mesmo tempo? Na realidade, acho que não é possível ser consequentemente uma coisa sem ser a outra, até inspirando-me numa certa história do “nacionalismo internacionalista”.(https://docs.google.com/file/d/0B7trXEFcZimVSUZuOXhFYjdMZHc/edit?pref=2&pli=1). De resto, atentem no início do artigo 7.º da Constituição desta República:
“Portugal rege-se nas relações internacionais pelos princípios da independência nacional (…) Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos (…) Portugal reconhece o direito dos povos à autodeterminação e independência e ao desenvolvimento, bem como o direito à insurreição contra todas as formas de opressão.”
Está claro ou precisará de mais lições não para convencer ninguém mas para simplesmente colocar os pontos nos is e corrigirmos estas manipulações grosseiras a raiar, pelo menos, a má fé?
Mas porque motivo esta investida numa das bandeiras da esquerda, tentando aldrabar factos e dados ?
ResponderEliminarPorque é difícil fazer passar a ideia que um antigo amante do fascismo em Portugal, um arreigado "nacionalista", defensor das colónias e do colonialismo ( há documentação escrita que o confirma) defensor da Pátria de Portugal a Timor, se tenha convertido num vende-pátrias miserável, a defender os agiotas e os credores do nosso país mais acerrimamente que a brigada do reumático a beijar a mão de Marcelo Caetano.
Uma nota tem que ser feita. O patrioteirismo bacoco de Salazar vivia paredes meias com a hipoteca dos interesses nacionais e do nosso povo. A guerra de África que sacrificou os portugueses e os povos africanos permitiu acumular riqueza nas mãos de uns tantos à custa da exploração colonial. Não tinha outro objectivo que o dinheiro, que o lucro, que a defesa da pilhagem. O capitalismo monopolista de estado florescia submetido ao capital sem pátria.
Tal como agora. Só que os traidores assumidos de hoje, antigos agentes do colonialismo patrioteiro de ontem, são poliglotas e adoram latir em alemão
A ode à globalização que depois se segue é um exercício penoso de ser lido. Penoso porque já aqui foi bastas vezes discutido. Penoso porque envolve lugares-comuns saídos dum Digest medíocre e desmascarado. Penoso enfim porque radica em má-fé e aldrabice pura e dura.
ResponderEliminarPasso desde já a esclarecer. Quem assim se lastima perante o desemprego e se queixa da impossibilidade de oferecer um padrão de vida europeu a todos e patati-patata,(fazendo lembrar o "tudo a todos" que alguns idiotas gostam de repetir como um slogan), é simplesmente uma fraude.
Porque quem subscreve isto é quem simultaneamente defende a concentração do capital em meia-dúzia de mãos, quem gritou vivas ao desemprego no tempo de Passos/Portas, quem assumidamente pugnou pelo saque do país e deu as boas vindas à troika, quem elogiou figuras encardidas e abaixo do limiar da seriedade como António Borges ou Soares dos Santos ou Ricardo Salgado, quem defendeu a fuga aos impostos por parte dos tubarões quem explicitamente saiu à liça pelos offshores quem se calou perante o BPN ou o menorizou, quem se remeteu a um mutismo conivente e cúmplice perante os benefícios fiscais do grande capital,quem saiu à liça em defesa duma implicada nos Swap quem bateu palmas às PPP iniciadas por Cavaco and so on.
Ou seja o referido fulano "esqueceu-se" simplesmente de dizer que a trampa corrupta e a exploração desenfreada desta sociedade tem uma marca de água reconhecível. E que entre os que são vítimas de tal sociedade ( os tais 99%) e os que se aproveitam desta sociedade ( o tal 1%) a balança e a bolsa deste sujeito pende sistematicamente para os exploradores que vivem tão somente do suor alheio.
A este 1%, a este 1% estará assim reservado todo o nível de vida ocidental. Têm direito a tal .Como aliás diria algum boçal defensor do Darwinismo social "nós não somos todos iguais e a própria biologia o confirma e há quem mereça o direito ao saque" e outras canalhices do género.
" numa sociedade em que a ameaça ao consumo que os filhos representam é factor de natalidade dominante"
ResponderEliminarIsto não é a sério pois não? A natalidade assim justificada como função directa e "dominante" do "consumo" que os filhos ameaçam? O "consumo " e os "filhos" são os grandes culpados? E não esta sociedade corrupta, convertida em modelo competitivo de mafias organizadas e em que a concorrência entre lobos e cordeiros e o aumento da taxa de lucro procurada pelo grande poder económico asfixiam o potencial de desenvolvimento humano?
Isto não pode ser mesmo a sério. Isto não é só do paleolítico. Isto é ideologicamente estrutural. Datado e etiquetado.
É desta cepa que sairam os peritos em direito do trabalho e em auditorias afins nomeados pela quadrilha que saqueou os fundos ditos comunitários ao serviço das CIPs e CAPs agradecidas
"os direitos e garantias obtidos a berro e luta ao longo de gerações"
ResponderEliminarOra se não tivessem sido esses berros e essa luta? Onde estaríamos nós? A Revolução francesa era vê-la pelo canudo e o esclavagismo ainda imperaria ou a inquisição e o colonialismo ainda dominariam o mundo.
E claro ainda teríamos por cá a Pide e a guerra colonial mais os aventesmas do passado.
Uma prova irrefutável que quem não luta perde sempre, mas que quem luta pode vencer.
O que este quer com esta treta da globalização é a globalização financeira.
ResponderEliminarO mais é outra treta. Quando fala no fecho de fronteiras para os refugiados e para as vítimas das guerras ocidentais a globalização vai para o sítio onde este tipo pensa que repousa a nossa inteligência.Para o éter
Stiglitz foi economista chefe do Banco Mundial, as suas críticas ao FMI levaram em 1998 o economista chefe do FMI a acusar Stiglitz de "fumar outras substâncias para além das legais". Em 1999 Stiglitz demitiu-se do BM. Este episódio é típico da forma como os mentores do atual sistema económico lidam com as críticas por mais sustentadas e consistentes que sejam.
ResponderEliminarA chamada globalização tem sido outro factor para as crescentes desigualdades. Conduzida por e para o 1% dos mais ricos, proporciona o mecanismo que facilita a evasão fiscal e impõe pressões que dão a esse 1% vantagem quer nas negociações com os trabalhadores quer na política, pela perda de controlo dos países devedores sobre o seu próprio destino, que fica nas mãos dos credores. (p.116 do livro de Joseph Stiglitz, The price of Inequality)
Tirando proveito dos seus mercados e do poder político, os do topo da pirâmide da riqueza aumentam os seus rendimentos às custas dos demais. Os EUA foram tomados como exemplo das políticas "economicamente saudáveis", Stiglitz aponta o resultado: a maravilhosa máquina económica dos EUA, trabalhou apenas para os de topo. (p. 2) O 1% mais rico detinha em 2007 mais de um terço da riqueza do país; 93% do aumento do PIB em 2010 foi captado por aquele 1%, que numa semana ganha mais 40% que 20% da população num ano. Nas últimas três décadas o 1% mais rico aumentou o seu rendimento 150% e 0,1% mais rico, 300%. (p. 18)
Pensamos que o aumento do PIB vai beneficiar todos, mas não é o caso. O PIB pode estar subindo e a vida da maioria dos cidadãos do país pode estagnar ou até mesmo regredir se nenhuma política social, por exemplo de saúde, educação ou meio ambiente, for desenvolvida. (p.148)
As crescentes desigualdades fazem parte da genética capitalista. Em todos os países, qualquer que seja o modelo de capitalismo adotado, verifica-se o empobrecimento, ou relativo ou absoluto como nos do neoliberalismo A lista da Forbes evidencia-o. Em 2014, 1645 indivíduos detinham 6,4 milhões de milhões de dólares, um acréscimo de 39% em 2 anos! A entrada para os 20 primeiros da lista passou de 23 mil milhões em 2013 para 31 mil milhões. Um record, qualifica a Forbes !
Stiglitz não é um revolucionário, nem defende o socialismo. Contudo, as suas propostas na situação atual, tão reacionária ela é, têm um cunho revolucionário.
E arrumam de vez as histórias da carochinha sobre os benefícios da sua globalização
Há necessidade de actualizar o vocabulário. O capitalismo passou a economia de mercado, os patrões agora são empresários ou empreendedores, os trabalhadores a colaboradores, o povo a utentes, a velhice a 3ª idade, o imperialismo a globalização e por aí fora.
ResponderEliminarQuem não os conheça que os compre.
Eu sugiro a leitura de três artigos, o primeiro no Público e nesse em particular, as palavras do insuspeito Corbyn: https://www.publico.pt/mundo/noticia/corbyn-entra-em-finalmente-em-campo-no-debate-do-brexit-1735110. Os outros dois são no Guardian. O primeiro é este: http://www.theguardian.com/politics/2016/jun/14/jeremy-corbyn-attacks-wolves-in-sheeps-clothing-johnson-farage. Desde quando é que os defensores do Brexit que contam alguma vez se preocuparam com a manutenção do NHS? O segundo é um artigo de opinião sobre a campanha xenofóbica do Leave: http://www.theguardian.com/commentisfree/2016/jun/14/leave-eu-cartoon-racist-nazi-brexit-antisemitism-1945. E não, não estou a sugerir que o Lexit tem algo a ver com isto. Mas, como lembra o autor: 'Remember, if you vote leave, you get the vote leavers.'. Que são os 'esquerdistas' Farage, Johnson e Murdock, muito naturalmente. Como é que se diz 'depois, queixem-se', em Inglês? Ou será que o João Rodrigues acredita no 'quanto pior, melhor' e portanto não se irá queixar de todo?
ResponderEliminarSomos uns privilegiados.
ResponderEliminarA globalização conduziu-nos a uma deterioração do nosso nível de vida, aumentou o desemprego, aumentou a nossa divida, diminuiu a nossa independência, fez diminuir a natalidade. trouxe mais concorrência e mais pobreza, exigiu modelos de trabalho mais incómodos, aumentou a precariedade no trabalho, promoveu a perda de direitos e de garantias.
E ela é louvada por quem? Por estes que foram privilegiados com a dita globalização e que afinal não passam duns mal agradecidos ou por aqueles que ficam a cada dia mais ricos graças à globalização? E que são cada vez mais ricos e cada vez em menor número?
Mas sinceramente este tipo pensará que somos parvos ou quê?
Que pequeno senão maravilhoso este que parece só acudir à mente duma minoria muito minoria de iluminados: a produção do resto do mundo já excede a produção ocidental, pelo que é o fim do mundo, rezai pecadores.
ResponderEliminarHá dias assim que fazem o seu caminho em companhias que pretendem ignorar
Na UE só o povo alemão pode influenciar as decisões com o seu voto. Nos outros estados membros a regra é a imposição por comissários não eleitos da vontade do governo alemão. A Alemanha divide os membros da UE em satélites e protectorados. Um exemplo dos primeiros é a Holanda e o Luxemburgo. O exemplo dos segundos são Portugal e a Grécia. Os países satélites são governados pelas elites locais que se prestam ao serviço de administrar o protectorado ao serviço dos interesses germânicos. O Reino Unido afirmou-se durante o século XX como o país mais consequente na resistência às tentativa do domínio da Europa pela Alemanha. No século XXI a Alemanha garantiu o domínio da Europa e o fim da democracia sem disparar um único tiro, apenas com a cumplicidade das "elites nacionais". O Reino Unido tem ainda autonomia suficiente para fazer um referendo, pois ainda não está na condição de protectorado. Mas se continuar na UE será reduzido a esse papel e a democracia na Europa fará um interregno de muitos anos. Assim se a saída do Reino Unido se concretizar, será a esse país que a Europa ficará a dever a travagem da hegemonia antidemocrática da Alemanha.
ResponderEliminarNeste tempo de confusão, tornou-se pratica corrente balbuciarem Darwin, Darwinismo como prova de ignorância do outro que se quer atingir…será que sabem do que falam?
ResponderEliminarQuando a imbecilidade vence desta forma besteira, mal vai a sociedade portuguesa…
E´ que nestes últimos 40 anos, para não falar dos outros 48 anos anteriores e muito mais, a ignorância reinante ganhou foros de ciência feita…
Meus senhores, não há volta a dar – um ciclo histórico não e´ a mesma coisa que um ciclo de vida humana… compreenda-se como S. Anselmo de Hipona compreendeu – “o que existe no meu pensamento pode não existir na realidade” e o meu avo dizia que “as cadelas apressadas parem sempre os cachorros cegos”. Ainda agora o actual ministério mexeu sem nexo no atraso de vida que e´ a escola portuguesa! Mas temos a seleção nacional. Como isto se torna impraticável senhores..!
Um que já não esta´ connosco, chamava os bois pelos seus nomes… e eles gostavam!” Que Pena não continuar…de Adelino Silva
Qual atingir Darwin, qual quê .
ResponderEliminarDarwin não tem culpa nenhuma da sua apropriação por patifes da pior especie
"Darwinismo social é um nome moderno dado a várias teorias da sociedade, que surgiram no Reino Unido, América do Norte e Europa Ocidental, na década de 1870. Trata-se de uma tentativa de se aplicar o darwinismo nas sociedades humanas. Descreve o uso dos conceitos de luta pela existência e sobrevivência dos mais aptos, para justificar políticas que não fazem distinção entre aqueles capazes de sustentar a si e aqueles incapazes, de se sustentar. Esse conceito motivou as ideias de eugenia, racismo, imperialismo , fascismo, nazismo e na luta entre grupos e etnias nacionais.
O termo foi popularizado em 1944 pelo historiador norte-americano Richard Hofstadter.
Darwin teria vergonha se soubesse que usavam o seu nome para estas barbaridades do
Darwinismo social
Não e´ atingir Darwin, note bem !
ResponderEliminarNote bem que não é atingir Darwin é tão só dizer que ele é um cretino que não deu relevo ao facto de que são todos iguais e a merecer o mesmo destino.
ResponderEliminarCretino o Darwin?
ResponderEliminarÓ das 16 e 30...mas que tolices são essas?
Darwin foi um grande Homem. E também um grande Homem de Ciência (algo que lhe deve bulir com a nervoseira, eu sei)
Darwin não tem culpa que uns celerados posteriormente tenham tentado seguir por um rumo que lhe era estranho de raíz
Não tem vergonha desta manipulaçãozita em jeito de ira incontida e acéfala?
E porquê acéfala?
ResponderEliminarPorque tal também tem a ver com a questão do conhecimento da Lógica. Acho que Ricardo Paes Mamede aqui, no LdB, postou um post sobre esta.
Donde pode tirar a conclusão dos trabalhos de Darwin ou dos trabalhos de quem quer que seja que "são todos iguais"?. A negação desta conclusão sabe qual é? É que francamente para este nível de ignorância não adianta dar-lhe explicações. Aconselhável é, isso sim , solicitar-lhe que vá estudar.
E depois...essa do "merecer" o mesmo destino.... isto não é Ciência. É outra coisa completamente diferente.. E Darwin, por não ter ido por aí, revelou também não ter mesmo nada de cretino.
Eu sei que gosta tanto do Darwinismo social como detesta Darwin. É que a evolução das espécies foi atacada por todos os lados. E um dos grandes argumentos foi, para alguns, ser contra o "senso-comum"
Há por aí algumas escolas privadas, pelo menos nos EUA, que ainda ensinam o Criacionismo.
Um seu sonho, não é? Libertar a escola pública do conhecimento científico...
Os actuais tratados em vigor na UE em termos de Direito Internacional Publico , são o máximo da imperfeição a ponto de não se saber o que é a União Europeia.Por vezes têm aspectos de ser uma simples União Aduaneira que está no entanto submetida à ditadura da Eurocracia de Bruxelas apoiada na Alemanha e seus satélites . JÁ há muitos anos que o Partido Trabalhista Inglês vinha denunciando esta situação, verificando-se agora que este apoia a manutenção do Reino Unido na UE.Esta posição demonstra uma mudança ideológica profunda.
ResponderEliminarSe o Reino Unido sair da UE poderá regressar à EFTA da qual foi o seu principal fundador.É muito cedo para se fazer qualquer previsão mas uma hipótese a considerar poderá ser a de outros Países virem a copiar esta atitude.
O das 22:00 pode vir a ter razão e os que vão sair dessa forma são seguramente os que andam a alimentar os fundos estruturais com que ameaçam a soberania dos coitadinhos!
ResponderEliminarSoberania dos coitadinhos?
ResponderEliminarIsso mesmo.Uma boa base para servir de argumento em qulaquer local civilizado do mundo
Um desabafo: A pesporrência e a sobranceria da direita-extrema tem apenas paralelo com o acintoso vende-pátrias concomitante.
Um pequeno vómito