Este blogue e outro vão estar em maioria nas negociações entre o Bloco de Esquerda e o Partido Socialista sobre o complexo assunto da reestruturação da dívida. Foram criados vários grupos de trabalho entre o PS e o Bloco de Esquerda e aquele que se irá ocupar da dívida será composto por sete pessoas: um membro do Governo, duas indicadas pelo PS, duas pelo Bloco de Esquerda, e dois especialistas. Ora, entre as sete pessoas, duas escrevem neste blogue - João Galamba (PS) e Ricardo Paes Mamede (perito), outras duas escrevem no blogue do Público - Francisco Louçã (Bloco) e Ricardo Cabral (perito).
O título deste post está muito na linha do CM...
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ResponderEliminarA chamada democracia representativa é uma falsidade. O povo limita-se a eleger “representantes”, mas tais representantes,
depois de eleitos, fazem o que querem.
Isto para dizer que a “guerra” ainda agora começou nada está perdido, mas não será ganha se apenas se acumularem batalhas perdidas, e se, se reduzir a participaçao popular, o que sucederá se se insistir nos erros do passado.
A Democracia e´ muito fragil, não suporta exlusoes de partes. E´ minha opiniao! De Adelino Silva
Grande Equipa. Parabéns. Todos esperamos que façam um trabalho isento e de qualidade.
ResponderEliminarSe tratassem de crescimento da economia em vez de financiamento de défices, que é no que acaba toda a treta da 'reestruturação da dívida'...
ResponderEliminarExcelente notícia! Depois de uma auditoria e relatório que identificou a dívida odiosa, ilegal, ilícita, ... cujo impacto foi estrondoso, uma nova comissão e relatório! De comissão em comissão, de relatório em relatório, tudo será resolvido. Bem hajam!!
ResponderEliminarCaro Fénix,
ResponderEliminarEra precisamente uma graça...
Caro José,
Desta vez, estou inteiramente de acordo consigo! Como crescer é um assuto que deveria ser central no debate político. Creio, no entanto, que deve estar subjacente a essa ideia, a ideia da reestruturação da dívida. Mas admito que se deveria alargar o âmbito da discussão, até porque é bem possóvel que, mesmo reestruturando-se a dívida, não se resolva o problema de crescer...
Caro João Ramos de Almeida:
ResponderEliminarNa sua resposta ao desgraçado José, vejo, pela 1.ª vez, que me lembre, alguém aqui no LdB falar da produção em vez de falar APENAS da distribuição.
É, aliás, um defeito muito típico da esmagadora maioria das pessoas das esquerdas (prefiro o plural), que é o de nunca falarem da economia, da geração de recursos.
Ficam-se apenas pela distribuição e pela justiça social, embora estas sejam mais importantes do que nunca nos dias de hoje.
Deixam, assim, o domínio da economia, da produção, como coutada de direito natural das direitas.
E estas, sabemos bem do que falam quando falam da produção, da economia: trata-se apenas de retirar aos mais pobres (a economia não aguenta RSI e quejandos) e dar, de mãos largas, aos mais ricos, aos amigos, várias vezes mais do que todos os RSI dos pobres de uma só vez.
A seguir contam com os «media», nas mãos dos amigos, para fazer o trabalho psicológioco de convencer a maioria de que não há alternativa.
O Noam Chomsky caracteriza muito bem as 10 estratégias da manipulação mediática:
http://jardimdasdelicias.blogs.sapo.pt/as-10-estrategias-de-manipulacao-943235
Crescimento significa poder reestruturar sem que se fale em fazê-lo.
ResponderEliminarFalar em reestruturar sem garantir/demonstrar crescimento significa inviabilizar a reestruturação.
Os inibidos de falar em crescimento por incongruência de termos - quando falam em crescimento capitalista sempre o fazem como se fosse destinado ao serviço de uma qualquer treta socialista - preferem a pueril autossatisfação de reclamar investimento e financiamento público sob ameaça da reestruturação.
E assim se reconfortam, formando inúmeras comissões e animados debates até que os credores ditem o que fazer!
Treteiro José:
ResponderEliminar(Às 22:35 e também nas restantes horas)
Parole, parole, parole, ...
"E assim se reconfortam "
ResponderEliminarPalavras que parecem saídas de um qualquer manual de preces avulsas.
Ou de qualquer manual de algum onanista inveterado a fazer o resumo do dia na companhia de irmãos no acto e no conforto.
O que sobra para além dos gestos onanistas do reconforto e de auto-satisfação do das 22 e 35 é no entanto uma coisa mais sinistra. É o amor inveterado, desbragado, sem limites, ao mesmo tempo servil e cúmplice, ao mesmo tempo cobarde e conivente, ao mesmo tempo traidor e abjecto pelos credores e pelos seus ditames.
ResponderEliminarVeja-se esta pequena pérola qual sentença parida por um qualquer Américo Thomaz contemporâneo:
ResponderEliminar"Crescimento significa poder reestruturar sem que se fale em fazê-lo".
Como? Isto é a sério?
Saia por favor um novo dicionário que albergue tais alarvidades e o silêncio exigido para que se possam cumprir os referidos significados
"Os inibidos de falar"?
ResponderEliminarEste vocabulário de seminarista avulso foi aprendido concretamente aonde?
Nos tribunais plenários onde a "inibição" dos direitos cívicos era uma constante?
No bas fond da extrema-direita onde se cozinham os programas a instituir quando ela de novo assaltar o poder?
Nos sonhos húmidos de quem sonha com porrada,cacetada e com "inibições" da Ordem Nova?
Quão misteriosos são os caminhos do Senhor para revelar desta forma tão singela os sobressaltos cívicos dos candidatos a inibidores
Repare-se neste verdadeiro comportamento piegas face aos credores. Esta submissão quase que repulsiva a fazer lembrar casos bem tristes da nossa História e da História de todos os Povos.
ResponderEliminarPara satisfazer os credores tudo se justifica, indiferente ao modo como foi criada a Dívida.
Mas os que são subjugados pelo peso asfixiante e insuportável das negociatas do Capital ( o "crescimento capitalista" como desenvergonhadamente festeja esta miséria em que nos encontramos) são meros peões a sacrificar na fogueira do lucro fácil e do assalto dos agiotas.
Não, não há dúvida. As pieguices vão para os credores e para os agiotas. E para aqueles nababos ciminosos que fogem aos seus impostos para off-shores e afins, numa legítima manobra de "auto-defesa", como defendia precisamente o das 22 e 35.
Quando se fala em reestruturação da dívida é natural que quem defenda este modelo de sociedade em que os agiotas,os especuladores e quem lucra com o trabalho alheio dão cartas entre em modo de salivação incontida e em processo de ranger os dentes.
ResponderEliminar(Lembremo-nos como à porta das eleições se escutavam fantasiosas histórias de cofres cheios.)
Na verdade, a insuportabilidade da dívida está desde logo na sua dimensão em contínua elevação. A dívida pública ronda os 130% do PIB, quando era de 67,2% em 2006 antes de se manifestar a crise dita financeira. Uma trajectória ascendente que se pode detectar desde a adesão ao Euro, com a crescente perda de competitividade da nossa economia. Um sistemático aumento que é consequência da crescente degradação do aparelho produtivo nacional, da financeirização da economia, das privatizações e, mais recentemente, da acção que, no quadro do agravamento da crise do capitalismo, a partir de 2008, transferiu para os Estados e para os povos prejuízos colossais do sector financeiro e que foi acompanhada por uma criminosa espiral especulativa.
Numa recente entrevista Ricardo Paes Mamede quando confrontado com a questão sobre se o rácio dívida pública/PIB, que passara nos últimos quatro anos de 100 a 130%, era sustentável afirmava que "Portugal paga cada ano cerca de 4,5% do PIB em taxas de juros sobre a dívida pública. Isto significa que para o Orçamento estar equilibrado é necessário cortar todos os anos na despesa pública. Na verdade, não há nenhum país que tenha conseguido pagar uma dívida tão elevada sem ser num contexto de forte crescimento económico..." E continuava "Portugal não pode crescer porque não tem controlo sobre sua moeda, não pode promover as exportações, ao mesmo tempo que tem de prosseguir uma política de contenção orçamental. Neste contexto, a reestruturação da dívida torna-se uma questão fundamental e acredito que, na realidade, todos o reconhecem, sem querer dizê-lo abertamente... A economia portuguesa não pode recuperar se 4,5% do PIB têm de ser alocados anualmente ao pagamento dos juros da dívida. Este é um suicídio lento, pelo que tem de ser encontrada uma solução, seja qual for a via".
ResponderEliminar"Mas é bom que se diga, a questão da sustentabilidade da dívida não se põe, no presente contexto, no seu ligeiro crescimento ou no seu ligeiro decrescimento, mas no nível verdadeiramente brutal que atingiu – que, por este andar, manterá por muitos e muitos anos – e no fardo insuportável que ela representa anualmente na despesa do Estado.
ResponderEliminarO que cada português devia perguntar a todos aqueles que resistem à renegociação da dívida é: de que é que serve andar a pagar todos os anos uma quantia que se aproxima dos nove mil milhões de euros, desviando recursos que tanta falta fazem noutros lados, sacrificando o gasto social e o crescimento económico, se no final de cada ano a dívida não para de aumentar.
A irracionalidade salta aos olhos. É um desperdício de verbas, a eternização de uma extorsão, a consagração de um roubo, um aspirador da riqueza produzida pelo nosso povo para os cofres do capital financeiro e das suas instituições."
Quem interessa que esta situação se mantenha? Quem fala em "crescimento" neste contexto ( e duma forma aldrabona) ou é desonesto ou é um extremista do mercado (que é a mesma coisa) ou é um Miguel de Vasconcelos contemporâneo ou é alguém que lucra objectivamente com o saque a que somos submetidos.
Esta´ tudo dito e escrito sobre a boa ou ma´ governação deste e de todos os países do Planeta. Também esta quase tudo dito e escrito sobre a boa ou ma´ conduta do ser humano. Edeologias quantas quisermos, cada cor seu paladar, Doutrinas e mais doutrinas, religiões a´ escolha e etc. e tal. Tudo no Metafisico… Mas Homem? Esta´ quieto mau que me aleijas…
ResponderEliminarMas enfim, temos uma Carta Magna -- A
Constituição da Republica Portuguesa considerada no seu tempo como a mais progressista da “Civilização Ocidental”. E no entanto ainda andamos a´ procura do santo Graal…E´ preciso ter pachorra para aguentar isto?!
Em minha opinião, falta-nos a humildade de acrescentar a Ecologia virada para o homem, com seus vetores apontados a´ diversidade vivencial do ser humano.
Podem fazer e acertar as continhas todas, apontar vias tais e tais, mas se negligenciarem a vida humano tal qual se apresenta, nada feito…
Ao deixar de ser tratado como homem e passar a ser tratado como o “rico”, o “pobre” o “Sem eira nem beira”, o “Ze´” o latifundiário e, ainda para alguns passei a ser um numero, Ah, Fenicios… simplesmente, deixei de Ser! Bem Hajam…De Adelino Silva
«quando falam em crescimento capitalista sempre o fazem como se fosse destinado ao serviço de uma qualquer treta socialista» incongruência de termos ...como se a Jonet chamasse aos donativos 'investimento no Banco Alimentar'.
ResponderEliminaro cagalhão zé muito me faz rir
ResponderEliminareste gajo não vê um chavo de economia e depois ainda caga sentenças
aliás...pelas cagadas que este gajo diz nem é preciso ir muito longe
qual economia...este abjecto nem sabe o que é um rácio e a relação entre os termos duma fração
até mete pena
O Banco Alimentar e‘ a maior vergonha dos portugueses ajudando as grandes superfícies comerciais a venderem mais cerca de 15% nesses dias tristes da nossa vida…
ResponderEliminarQuando chegamos a um estádio desta natureza e´ por que o povo se deixa dobrar e a governação deste País não presta. O pior e´ que virou culto personificado..!
Por vezes fico a cogitar se os Orçamentos de Estado levados ao parlamento já não vão fazendo conta com essa desgraça do nosso povo…
Por muito que me falem de solidariedade social, de misericórdia trivial ou de caridade cristã continuo a achar sermos uma republica falida.
Sei que tal grupo de economistas e outros sabem fazer melhor…só que o vigente sistema não aceita.
Desculpem qualquer coisinha…de Adelino Silva
Não se percebe o comentário do das 00 e 11, a empurrar para outro comentário do mesmo autor e a atirar mais uma vez para fora.
ResponderEliminarVale tudo desde que não se fale no que se fala ou do que é denunciado.
Até estes patéticos mas cómicos diálogos com o espelho lolol
'Ladrões "reestruturam" dívida'? Bem, vejamos o que diz o documento disponível:
ResponderEliminarhttps://www.publico.pt/ficheiros/detalhe/composicao-dos-grupos-de-trabalho-psbe-20160324-185850
Dos vários "grupos de trabalho", cada um dos quais dirigido por um Secretário de
Estado do actual Governo monopartidário (PS), só um tem a ver com o tópico "dívida". E não se trata de "reestruturação", trata-se apenas - talvez para não pôr em causa a "confiança dos mercados" - de uma vaga "avaliação da sustentabilidade da dívida externa", como se ainda houvesse dúvidas sobre a matéria, nesta altura do campeonato. O ministro Centeno - que representa Portugal no Grupo em que Schauble é quem mais ordena - já esclareceu que o Governo não vai afastar-se das regras e "soluções europeias". Agora que o Governo já preparou o "Plano de Estabilidade / Plano Nacional de Reformas" para os próximos anos, o Secretário de Estado do Orçamento vai finalmente iniciar um ameno diálogo sobre a "sustentabilidade da dívida externa" com Francisco Louçã (ala PSR do BE) e Pedro Filipe Soares (ala UDP do BE). Também vão dialogar com o Secretário de Estado o "ladrão" Ricardo Paes Mamede e Ricardo Cabral. Paulo Trigo Pereira, escolhido pelo PS para o efeito, vai
insistir na importância do "rigor orçamental" para a "sustentabilidade da dívida".
Quanto a João Galamba (também em representação do PS), não sei de que personalidade se trata, na linha das dúvidas que Louçã expressou recentemente no seu blogue no "Público": pode ser que o "velho Galamba", "ladrão" tal como Mamede, se manifeste; mas desconfio que Louçã vai mesmo ter de dialogar com o "novo Galamba". Seja como for, é conveniente lembrar que - numa 6ª feira 13 de má memória, em Abril de 2012 - João Galamba fez parte de uma maioria esmagadora de deputados PS que votou favoravelmente o famigerado "Tratado Orçamental".
Tendo sabido há poucos dias que Francisco Louçã (ala PSR do BE) e Pedro Filipe Soares (ala UDP do BE) vão desenvolver actividade num "grupo de trabalho" liderado pelo Secretário de Estado do Orçamento, não fiquei admirado com uma notícia anunciada na 1ª página do "i" de hoje: "Facção minoritária do BE quer cortar com governo".
ResponderEliminarNas páginas 10 e 11 daquele jornal, lá vinha a grande notícia, com o título "Tendência minoritária do BE defende que o futuro não passa por acordos com o PS". Segundo o "i", esta tendência, que na última convenção do BE subscreveu a moção R - Reinventar o Bloco -, a quarta mais votada, aprovou agora uma declaração, com vista à próxima convenção, em que defende que a União Europeia de hoje é "um projecto falhado" e que na resposta a "esse falhanço" a esquerda terá de encontrar "outros caminhos que não convirjam com a acção de Hollande, Schulz ou da Internacional Socialista". Considera também que "nesse percurso dificilmente o PS de António Costa será um parceiro". Considera ainda que os acordos em vigor entre o PS e os partidos à sua esquerda são "insuficientes para enfrentar o futuro próximo e as pressões europeias", nomeadamente porque a sua natureza não implica "procurar uma alternativa fora do quadro dos tratados europeus e dos compromissos que trouxeram a Europa até ao precipício onde se encontra".
Aqui vai a declaração a que o "i" se refere:
http://www.bloco.org/media/Decreinventarobloco201603.pdf