terça-feira, 10 de novembro de 2015

O verdadeiro medo


«Para a coligação PAF é essencial que o governo PS caia o mais depressa possível. É fundamental, para o PSD, que o eleitorado do centro não tenha tempo para perceber que um governo apoiado pelos comunistas não comerá criancinhas, não nacionalizará, não deixará de cumprir no essencial os compromissos europeus. No limite, a possibilidade de as opções do novo governo não se distinguirem muito, em termos económicos, das do anterior governo são um cenário dantesco para a coligação.»

Pedro Marques Lopes

Não prestem demasiada importância à histeria, fúria e rasgar de vestes da coligação PàF, que se acentuarão ainda mais a partir de hoje. Nem liguem muito ao mau perder e à indigência crescente do argumentário utilizado, que faz sentir vergonha alheia. As razões profundas para tanta estridência e pavor são até bastante compreensíveis. O verdadeiro medo da direita é que as coisas não corram mal. Sobretudo quando alguns dos balões de oxigénio de que precisava como de pão para a boca, dos «mercados» à «Europa», em apoio da sua causa, lhes têm estado, até agora, a falhar.

8 comentários:

  1. O verdadeiro medo da direita é que o XXI governo funcione e governe para as pessoas!!!
    mas há que não substimar que a direita vai usar todo o protagonismo dado pelos meios de comunicação social para atacar e minar este Acordo de Esquerdas!!!
    as pessoas não leem blogues. as pessoas veem televisão, ouvem rádio e leem jornais. e nós que vemos, ouvimos e lemos não podemos ignorar esta força modeladora de mentalidades e formação de "papagaios"!
    mas,
    HOJE É DIA DE LUTA EM FESTA!!!

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  2. Que espectáculo!
    (estou a lembrar-me daquele gesto populista e demagógico do Telmo Correia a ler os jornais na AR, mais ao estilo do “quero que a Constituição se lixe”)
    A Direita está de cabeça perdida. A sua política foi rejeitada por toda a oposição, o governo recém-formado terá pouco tempo de vida. Só tem que aceitar o “divórcio”, juntar os trapinhos e sair da sua zona de conforto. Nenhum dos partidos da oposição se quis juntar a eles, nem podem obrigar ninguém a fazer o que não quer. É a democracia, capisce?

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  3. Esse Lopes é um militante da vulgaridade politicamente correcta, com uma ligeira adiposidade que parece bem dizer-se ser mais à direita.

    O que fica bem é fazer de conta que o PC não quer manter os transportes como tropa de choque bem paga e que povoar a função pública não é principio de fé.
    O Bloco é só simpatia de olhos arregalados e esconde-se a mão ligeira sobre tudo que é orivado.

    E ao PS, que é um ninho de oportunistas liderado pelas tropas que serviram Sócrates, Varas, Lellos e C,ª, atribui-se-lhe a cruzada de chamar à fé democrática a UDP e o PC, quando mais não fez que encontrar os meios de dar de comer a uma seita esfaimada de quatro anos de dieta rigorosa.

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  4. Eu sou de direita eu não tenho medo nenhum nem tremo nem rasgo as vestes , até estou bastante satisfeito por ver que neste país se transfere o poder em paz e porque a esquerda vai finalmente ter oportunidade de provar que pode levar o país à prosperidade e resolver os problemas , como reclamam há anos . Estou pronto para engolir sapos de quilo . Gostava muito mais que houvesse gente do PC e BE no governo para mostrarem que não acreditam apenas no poder da retórica mas estão dispostos a exercer o poder e serem responsabilizados por isso . Só espero que as pessoas mantenham os mesmos critérios dos últimos 4 anos para avaliar o desempenho do governo e os resultados das políticas e escolhas , mas isso talvez seja esperar muito.

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  5. Jorge:
    Eu também não terei nenhuns problemas em conceder a mão se o Governo PS não fizer nada de venturoso. Mas no limite, pior do que o Governo PaF, o PS não faz, quando muito fará coisa semelhante ao que já foi feito durante estes 4 anos miseráveis, e mesmo assim, não acredito que o PS deite fora uma oportunidade excepcional de mostrar que é possível governar para os mais necessitados...O meu receio é a pressão Internacional. Todos vimos o que aconteceu com o Syriza. Se não houver interferências externas, o PS vai poder sair-se muito bem.

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  6. Quem tiver dúvidas sobre a matéria poderá ler os textos integrais dos acordos assinados entre PS e PCP, PS e BE e PS e Partido os Verdes. Se não são claros, não sei o que se poderá deles dizer. São sim um forte soco no estômago da Direita e nas suas intenções políticas.
    No essencial os diferentes acordos convergem quase na íntegra nos seus diversos artigos. Não há portanto nenhuma divergência essencial entre eles, como a Direita de forma mentirosa -o que não surpreende nada, a mentira é a sua essência primordial- pretende fazer supor. Bem pelo contrário.
    E desmascara as verdadeiras intenções Políticas e Económicas da Direita. Hoje como no 25 de Abril, para assustar os Portugueses, a Direita agita os fantasmas oriundos da Ignorância, é um real exercício de Ocultismo, Superstição e Preconceitos.
    -Basta ler a página do "Negócios". Insuspeita.

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  7. meirelesportuense , lá claros são os acordos : não se comprometem em nada verdadeiramente crucial : aprovar os orçamentos , apoiar o governo em eventuais moções ; não propor legislação contrária à política do governo , para citar 3. Os acordos apenas garantem que o PS pode formar governo e propôr um orçamento. Seria preciso , na minha opinião, garantir mais alguma coisinha , usando o verbo "garantir" no seu significado estrito.

    "Se não houver interferências externas, o PS vai poder sair-se muito bem" . Não sei se o crédito e o investimento estrangeiro contam como interferências mas se acha que o governo , qualquer governo , alguma vez pode não estar sujeito a interferências externas é melhor considerar um bocado mais o assunto.

    Para acabar peço-lhe , se tiver inclinação e disponibilidade , que elabore um pouco mais sobre a sua afirmação "a mentira é a essência fundamental da direita". Cumprimentos.

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