segunda-feira, 4 de julho de 2011
New Deal na Europa
O que têm em comum Giuliano Amato, Enrique Baron, Michel Rocard, Jacek Saryusz-Wolski, Mario Soares, Jorge Sampaio e Guy Verhofstadt? São ex-líderes europeus, com responsabilidades na actual configuração da integração europeia, que apelam agora a um New Deal na Europa, superando esta austeridade contraproducente. Defendem a adopção de alguns dos pontos da chamada modesta proposta, elaborada pelos economistas Yannis Varoufakis e Stuart Holland, e já defendidos por Jean-Claude Juncker e Mario Tremonti. Trata-se, entre outras coisas, de converter uma parte da dívida nacional em dívida europeia através da emissão de euro-obrigações para "financiar a recuperação económica em vez da austeridade" e para diminuir o poder das agências de notação. A alternativa a isto é o fim do euro...
O delírio... Leu os tratados? o que dizem? Responsabilidade orçamental, não é?O novo tratado teria de ser aprovado em referendo. Na Holanda, depois na França. Está a ver o que ia acontecer? Democracia.
ResponderEliminarClaro que a emissão de divida unica é a única forma de salvar este EURO.
ResponderEliminar.
Não existe moeda única sem divida unica em mais nenhuma parte do mundo.
João Rodrigues
ResponderEliminarTenho muito apreço pelos seus escritos que sempre leio com muita atenção. Mas há uma questão sobre a qual não poderá haver qualquer ilusão. A situação em que a Europa se encontra é a que está conforme à correlação de forças nas sociedades europeias. Não faz qualquer sentido estar a pedir aos governantes europeus que actuem de outra maneira…mesmo que, por absurdo, se demonstrasse que era esse o seu interesse político. Eles agem em função dos interesses que representam e interagem em conformidade com a correlação de forças na sociedade.
O New Deal na América não caiu do céu, por mais inteligente que Roosevelt fosse. O New Deal que se manteve, vamos dizer, até Reagan (embora tivesse começado a ser destruído com Ford – que já tinha com ele toda, mas toda, aquela gente do Bush II, menos o inteligentíssimo Carl Rover, ainda criança… – e com Carter), acabou por soçobrar quando o trabalho organizado em força social (dentro e fora da América) deixou de ter força e de constituir uma alternativa.
Em conclusão, para não me alongar, a Europa diferente que a gente quer tem de ser construída contra eles - inclusive, contra todos os “socialistas” neoliberais com “provas dadas” – e não com eles e muito menos por eles. Mas para isso é preciso ter força. Uma força ameaçante… Sem isso, cada vez estaremos pior.
E, claro, nesta guerra a frente ideológica é fundamental
Correia Pinto
O que têm em comum Giuliano Amato, Enrique Baron, Michel Rocard, Jacek Saryusz-Wolski, Mario Soares, Jorge Sampaio e Guy Verhofstadt?
ResponderEliminarPensava que a resposta era estão xéxés e vivem colados a um passado demograficamente extinto
é como dizer que a américa deveria voltar a desenterrar Reagan porque deu melhor resultado do que o Obama Carter
contrariamente a Portugal os líderes europeus procuram estar em sintonia com as massas que os elegem, logo essa do...enfim
e um jogo da Sueca na europa?
O Tratado de Lisboa também não foi referendado. Foi-o na Irlanda, passou à 2ª (tanto foi empurrado, que passou). Chamem-lhe New Deal na Europa ou o que quiserem, algo tem que ser feito.
ResponderEliminarDepois de termos ouvido os apelos pré-eleições para a criação de “um governo de salvação nacional” (Soares, Sampaio), forte e tendente certamente a “sossegar os ânimos”, eis que estes ex-PR subscrevem esta modesta proposta. Afinal parece que a força não era solução…Ainda bem. Não nos podemos é esquecer da questão fulcral que é levantada por JM Correia Pinto: a Europa é com quem?
Injectar dinheiro na economia foi o que se fez durante os últimos 37 anos
ResponderEliminare curiosamente só piorou as coisas