sábado, 21 de novembro de 2009
Controlar os capitais: isso sim é porreiro, pá
Já aqui comentei a decisão do governo brasileiro de impor uma taxa de 2% sobre os influxos especulativos de capitais. Uma das melhores defesas contemporâneas dos controlos de capitais tem sido feita por Dani Rodrik. Uma prática sensata que pode bem voltar a generalizar-se: os desastres da especulação à escala global são cada vez mais evidentes. Na sua última crónica, este economista da Universidade de Harvard, que também tem feito muito para reabilitar a política industrial, o que não é coincidência, critica a postura dogmática do FMI neste campo e aproveita para lembrar o papel dos socialistas franceses na engenharia neoliberal que libertou a finança das "jaulas" onde esteve bem presa, graças à hegemonia das ideias keynesianas e socialistas, entre o pós-guerra e a década de oitenta. É por estas e por muitas outras que eu tenho defendido que um dos paradoxos menos notados da época contemporânea é a participação activa da social-democracia na erosão política das condições institucionais que asseguravam a sua hegemonia como força de reforma do capitalismo. Na Europa, o Tratado de Lisboa, de que os socialistas tanto gostam, proíbe explicitamente qualquer conversa no campo dos controlos de capitais, mesmo que seja à escala europeia. Porreiro pá?
Por mim, sinceramente, tenho vergonha da cidade onde nasci, ficar para sempre ligada a um Tratado Celerado e Miserável e pior ainda pela mão de outros não melhores celerados.
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ResponderEliminarsemelokertes marchimundui