tag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post771816325499783754..comments2024-03-27T17:38:13.505+00:00Comments on Ladrões de Bicicletas: Os galões da globalizaçãoNuno teleshttp://www.blogger.com/profile/07713327330820459193noreply@blogger.comBlogger34125tag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-36430165264420999432016-09-08T15:13:10.925+01:002016-09-08T15:13:10.925+01:00João Ramos de Almeida,
Aceito o seu reparo, usei o...João Ramos de Almeida,<br />Aceito o seu reparo, usei o termo como provocação "inocente", mas entendo que possa ser mal recebido.<br />As minhas desculpas<br /><br />Miguel DAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-73994141574160570542016-09-07T18:11:11.781+01:002016-09-07T18:11:11.781+01:00Comprovou-se que a globalização piorou as condiçõe...Comprovou-se que a globalização piorou as condições dos trabalhadores nos países ditos desenvolvidos. É ler aí em cima o dito. Pelo que se percebe que a defesa do neoliberalismo e da globalização, do capitalismo em geral, está dependente da mentira e da deturpação dos dados. O que nos espera a manter-se esta situação, é o descrito de forma tão clara pelo economista indiano. Um trajecto descendente irreversível, com a concentração da riqueza num número cada vez menor de pessoas.<br />É por isto que Miguel D aparece e aparece escondendo-se atrás de coisas com Merkel e afinsAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-11519012186857970282016-09-07T18:08:59.923+01:002016-09-07T18:08:59.923+01:00Prejudicá-los gravemente e de forma igual diz Migu...Prejudicá-los gravemente e de forma igual diz Miguel D ?<br /><br />Miguel D (de que estamos à espera que peça desculpa pela sua trôpega definição do que é a globalização), faz ouvidos de mercador em torno do já aqui dito.<br /><br />A afirmação do benefício de "uns mais, outros menos" é a conversa da treta daquele tonto idiota que dizia que "aumentavam as desigualdades mas todos beneficiavam". Tem que ser provada tal aldrabice. Tem que ser documentada. Percebe-se que interessa ao 1% que detem a riqueza, manter tal riqueza e manter este status quo. E percebe-se que se tente manter a farsa. A farsa que o não trilhar o caminho indicado é o caos, é a miséria, é o apocalipse<br /><br />Como relembra Jorge Bateira num seu post sobre a intervenção do avençado José Gomes Ferreira quanto às suas declarações para com Stiglitz, o que se torna evidente é o medo. <br /><br />Porque a maré vai crescendo e afinal não são só os comunas ( e ainda bem que estes existem e que lutam) que começam a interrogar-se e a procurar outros rumos.<br /><br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-37476138533467724582016-09-07T17:47:56.335+01:002016-09-07T17:47:56.335+01:00Caro Miguel D,
A designação de "os comunas&q...Caro Miguel D, <br />A designação de "os comunas" torna-o perigosamente próximo do tipo de arma argumentativa que forças muito estranhas do passado usavam para estigmatizar todos os que se opunham às ideia do regime. Comunas, subversivos, radicais. Dirá que "fascistas" também o é. E eu até concordo consigo, se calhar. Mas convinha elevar o debate em vez de o perder dessa forma, tão baixa. João Ramos de Almeidahttps://www.blogger.com/profile/14541341612573948241noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-68391219479097220772016-09-07T15:10:28.168+01:002016-09-07T15:10:28.168+01:00Miguel D diz asneiras. Diz asneiras com aquela con...Miguel D diz asneiras. Diz asneiras com aquela convicção forte de quem as diz . E diz com aquele toque de pesporrência ideológica que sobra entre a canalhada neoliberal.<br /><br />E o porquê da adjectivação forte ("canalhada") reside nesta coisa: o tentar inquinar logo o debate com o insulto fácil e grotesco<br /><br />Pelo que serenamente se diz ao Miguel D que se quiser debater a questão da glçobalização o faça, sem ser da forma cobarde como o tenta, a tentar dividir a questão entre os bons e os maus. Somos nós e são os outros, não é miguel D?<br /><br />E a adjectivar com termos como "comunas", qual rato de esgoto à procura de argumentos que os não tem?<br /><br /><br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-6366252642929038302016-09-07T10:52:31.610+01:002016-09-07T10:52:31.610+01:00https://www.ft.com/content/87bb0eda-7364-11e6-bf48...https://www.ft.com/content/87bb0eda-7364-11e6-bf48-b372cdb1043a<br /><br />Cada vez mais resulta claro que a divisão se faz entre os pro-globalização (Merkel, Obama, Hillary, Passos, Costa) e os anti (Trump, Le Pen, Putin e os comunas)<br /><br />Miguel DAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-64976677486801250372016-09-07T10:40:17.879+01:002016-09-07T10:40:17.879+01:00https://ourworldindata.org/wp-content/uploads/2015...https://ourworldindata.org/wp-content/uploads/2015/07/ourworldindata_world-poverty-since-1820-in-absolute-numbers.png<br /><br />Diz o João Ramos de Almeida que o comércio entre países com níveis de desenvolvimento diferentes não os beneficia da mesma forma. É bem verdade. Mas entre beneficiá-los de formas diferentes (uns mais, outros menos) e prejudicá-los gravemente de forma igual, acha que a segunda opção é melhor?<br /><br />Miguel DAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-57457532266793991262016-09-07T01:02:15.137+01:002016-09-07T01:02:15.137+01:00Ahahah
Um dicionário para o Jose ler na piscina do...Ahahah<br />Um dicionário para o Jose ler na piscina do seu quintal?Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-90386657096920091462016-09-06T23:41:16.201+01:002016-09-06T23:41:16.201+01:00Ó cromo José:
«do 'dever ser' sem aderênci...Ó cromo José:<br />«do 'dever ser' sem aderência à realidade.»<br />Há, basicamente, 2 maneiras de resolver a falta e aderência.<br />Se for no chão, põe-se um tapete antiderrapante para se evitar as quedas.<br />Se for nos carros, uns bons pneus novos para se evitar os despistes.<br />Já se falarmos de adesão a coisa fia mais fino.António Pedro Pereirahttps://www.blogger.com/profile/08480183134675109244noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-69279580536062501722016-09-06T22:27:40.259+01:002016-09-06T22:27:40.259+01:00Finalmente.
Que rancor de pelintra a armar a fida...Finalmente. <br />Que rancor de pelintra a armar a fidalguia podre é esta para se assim falar sobre os "chinelos, as t-shirts e as enxadas?<br />Já se tinha percebido o rancor do sujeito quando se falava nos muito pequenos empresários e nos pequenos empresários. Já se tinha percebido o rancor quando se falava em parques ou em jardins. Para ele, só contam mesmo os grandes patrões, banqueiros com pedigree ( calou-se com esta porque Ah e as piscinas nos quintais...<br /><br />Diversificar a economia e apostar na produção nacional é uma coisa que lhe faz espécie, porque pode subir salários ( é o que diz) e como se sabe o Capital quer aumentar as suas taxas de lucro mesmo à custa de todos os demais.<br /><br />E nós não queremos salários baixos. Queremos salários dignos e justos.Ao contrário deste troca-tintas que andou por aqui e por ali a pedir o corte dos salários e das pensões e a regozijar-se com as medidas tomadas para o efeito pela governança neoliberal.<br /><br />Até teve uma apoplexia e insultou tudo e todos quando o Tribunal Constitucional impôs limites ao saque.<br />Quer que se relembre a histeria?Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-23614468283787195242016-09-06T22:15:32.302+01:002016-09-06T22:15:32.302+01:00Mais outra boutade dum tipo aí em cima:
"O qu...Mais outra boutade dum tipo aí em cima:<br />"O que nunca se resolvem são os resultados de políticas do 'dever ser' sem aderência à realidade."<br /><br />O que é isto de políticas do "dever ser"? Quem é que define o dever e o ser? O dito sujeito? O Relvas? O Passos Coelho? A Cristas ? O Portas? O cavaco? O dono do bordel?<br /><br />Isto é conversa salazarenta a que se associa a beatice do Cardeal Cerejeira. Uma espécie de dois em um.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-34777614584092069992016-09-06T22:11:09.758+01:002016-09-06T22:11:09.758+01:00Isto é uma idiotice pura:
"nações com diferen...Isto é uma idiotice pura:<br />"nações com diferentes níveis económicos» não são critério para avaliar coisa alguma em comércio, se bem me lembro".<br />Quando se afirma de caras e de frente que " nunca o comércio entre nações com diferentes níveis económicos pôde ser benéfica "<br /><br />Ou seja, tenta eliminar-se uma comparação porque não se pode comparar os dados e os factos? Porque não são comparáveis? Não se pode comparar assim um rico dum pobre porque o diferente nível económico não o permite?<br /><br />Mas que escola económica, de pensamento ou de relvices é esta?Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-20143577900211491502016-09-06T22:03:33.284+01:002016-09-06T22:03:33.284+01:00Quanto a Cuba....
Jaime Santos: Cuba deve-se compa...Quanto a Cuba....<br />Jaime Santos: Cuba deve-se comparar com o país que apresentava antes da Revolução os mesmos índices económicos e sociais.<br />Sabe com quem?<br />Com o Haiti. <br /><br />A sua propalada incompetência, dos seus dirigentes, está na razão directa da sua competência em análises sobre o Brexit.<br />Por isso relaxe e aprecie a diferença que há entre quem não se rende e quem se submete.<br /><br />Quanto ao amado capitalismo ele parece que precisou de mais de 300 anos para se impor. Portanto e mais uma vez relaxe que o socialismo é muito mais novo e tem por aí muito terreno para andar.<br /><br />É ver a quantidade de vezes que já lhe assinaram o óbito , não é caro Jaime Santos?<br /> Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-17434752662396603512016-09-06T21:52:09.374+01:002016-09-06T21:52:09.374+01:00Jaime Santos:
O problema é que nem o socialismo se...Jaime Santos:<br />O problema é que nem o socialismo se resume ao seu cardápio reduzido, nem os exemplos são tão duvidosos como isso.<br /><br />Veja bem. Há mesmo não um mas vários modelos alternativos. O pior é que o pior cego é quem não quer ver.<br />Lembra por exemplo o senhor. A fita que fez e a histeria que o acompanhou por pretender atribuir o Brexit à vitória da extrema-direita. E acusava todos os que pugnaram pela saída do RU ou de extremistas ou de aliados objectivos ou subjectivos, vá-se lá saber, dos ditos<br />Depois foi patética a correcção do seu tiro. Se bem que ainda o acompanhe muito do lixo que andou por aí a espalhar qual vendedor de vias de sentido único à procura de identidadeAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-79475763181113001192016-09-06T19:29:35.868+01:002016-09-06T19:29:35.868+01:00A globalização da Guerra:
"O Médio Oriente es...A globalização da Guerra:<br />"O Médio Oriente está no caos. Quem se recordo de ouvir os comentadores do costume perorarem sobre a “democracia ” que iria ser instituída pelos EUA. Como “não há amor como o primeiro” os EUA e toda a reação europeia voltaram a aliar-se à Al-Qaeda ou sucedâneos. Criada para destruir o regime progressista do Afeganistão, ei-los aliados na Líbia, na Síria, no Iraque, no Iémen. Mais um “intervenção humanitária” com matanças que os SS nazis não desdenhariam.<br />Na Síria usam armas americanas, incluindo mísseis TOW contra o exército sírio e as forças populares que defendem as suas terras. <br />No Iêmen, a Arábia Saudita atacou com os seus bombardeiros a resistência contra o ditador Daesh.<br />Como escreve Andre Vltchek “No Oriente Médio a terra está cansada; chora de exaustão, marcada pelas guerras. Pontilhada com poços de petróleo e carcaças de veículos blindados. Há corpos por toda parte; enterrados, reduzidos a pó, mas ainda presentes nas mentes dos sobreviventes. Existem milhões de cadáveres, dezenas de milhões de vítimas, em sua maneira a gritar em silêncio, recusando-se a descansar em paz, apontando seus dedos acusadores.”<br />O imperialismo ocidental orquestrou golpes de estado, voltou irmãos contra irmãos, bombardeou civis, invadiu quando todos os outros meios para atingir as metas hegemônicas tinham falhado. O resultado é atroz: uma das mais avançadas civilizações da terra no passado, foi convertida num espaço dos mais retrógrados.<br />Perante o terrorismo genuíno a ONU não é encontrada. De vez em quando, manifesta 'preocupação' e às vezes até mesmo "condena" os agressores. Mas nunca tem sanções ou embargos impostos contra Israel, os Estados Unidos ou mesmo a Arábia Saudita. Entende-se que o Ocidente e seus aliados estão "acima de leis". Até nos campos de refugiados os sírios são discriminados: somente aqueles que expressam seu ódio a Al - Assad foram autorizados a permanecer.<br />Na Líbia os pobres é como se não existissem, ninguém fala deles. Os defensores da intervenção humanitária devem estar satisfeitos, agora que a Líbia completou sua “metamorfose democrática e humanitária” de um país que tinha o mais alto nível de vida da África, para um espaço sem fé nem lei de fanatismo religioso e confrontos sangrentos. Uma Líbia imersa noaos, guerra civil e diktats ocidentais; terreno fértil para o jihadismo"<br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-44887085311104693292016-09-06T18:46:55.499+01:002016-09-06T18:46:55.499+01:00«nações com diferentes níveis económicos» não são ...«nações com diferentes níveis económicos» não são critério para avaliar coisa alguma em comércio, se bem me lembro. <br />Acho bem difícil encontrar um critério geral que resolva a questão. <br />Sempre as políticas internas e a capacidade de negociação têm um papel determinante.<br />O que nunca se resolvem são os resultados de políticas do 'dever ser' sem aderência à realidade.<br />Assim, 'somos daqueles que não querem salários baixos, porque sim! E roduzimos Tshirts, chinelos e enxadas...<br /><br />Josehttps://www.blogger.com/profile/17089003849614254348noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-3569977125814320902016-09-06T18:33:43.495+01:002016-09-06T18:33:43.495+01:00"" A argumentação apresentada acima assu..."" A argumentação apresentada acima assumia basicamente que a essência da globalização consistia na comutação de atividade dos países avançados para economias do terceiro mundo e que uma tal comutação basicamente esgotaria as reservas de trabalho do terceiro mundo, levando a uma ascensão salarial. O que é esquecido é que a globalização também tem outros efeitos, incluindo acima de tudo um esmagamento da pequena produção pelo setor capitalista. O resultado é que muitos pequenos produtores abandonam suas ocupações tradicionais para migrarem para as cidades em busca de emprego, o que incha o total do exército de trabalho para o capitalismo. Esta migração, juntamente com aumento natural da força de trabalho, não pode ser absorvida dentro do exército de trabalho ativo, porque políticas neoliberais associadas à globalização também levam a uma remoção de todas as restrições sobre o ritmo da mudança estrutural e tecnológica, a qual aumenta o ritmo do crescimento da produtividade do trabalho a expensas do crescimento do emprego.<br /><br />Desenvolve-se um círculo vicioso aqui. Na medida em que incham as reservas de trabalho em relação à força de trabalho, isto leva a uma estagnação ou mesmo ao declínio da taxa salarial média real (e certamente a um declínio dos rendimentos reais dos trabalhadores, os quais equivalem à taxa salarial real diárias multiplicada pelo número de dias de emprego). A estagnação ou declínio dos salários reais numa situação de ascensão da produtividade do trabalho resulta numa ascensão da fatia de excedente no produto. Uma vez que o excedente, mesmo que assumamos ser plenamente realizado (isto é, que não há problemas de procura agregada deficiente), é tipicamente gastos em commodities as quais são menos geradoras de emprego interno do que aquelas nos quais são gastos rendimentos salariais, tal comutação de salários para excedente tem um efeito ulterior de contração do emprego e, portanto, contribui ainda mais para uma ascensão da dimensão relativa das reservas de trabalho e para ainda mais comutação de salários para excedente; e assim por diante.<br /><br />Este círculo vicioso, que se agrava ainda mais quando se verifica uma crise (porque as reservas de trabalho em relação à força de trabalho então incham ainda mais), implica que o efeito da globalização em acentuar a pobreza absoluta visita os trabalhadores também em economias do terceiro mundo e não está confinado apenas a trabalhadores metropolitanos tal como economistas liberais como Samuelson imaginaram"<br /><br />(Prabhat Patnaik)<br /><br />Estas palavras são do economista indiano que estudou a fundo este assunto e estudou exactamente nos países em que alguns propagandistas diziam que a globalização tinha sido benéfica, sem margem para dúvidasAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-12330936728063364302016-09-06T18:30:32.441+01:002016-09-06T18:30:32.441+01:00"" No entanto, o que é inexplicável na a..."" No entanto, o que é inexplicável na argumentação que estamos a discutir é o fato de que o povo trabalhador está em pior estado mesmo numa grande faixa dos países de baixo salário do terceiro mundo, dos quais a Índia é um exemplo excelente. A mais irrefutável evidência disto vem de dados de consumo alimentar. Tomando o inquérito do NSS para os anos 1993-94 e 2009-10, os quais correspondem em termos gerais ao período de políticas neoliberais associadas à globalização, as percentagens do total da população rural com uma ingestão de calorias abaixo das 2.200 por pessoa por dia (a "referência" para definir pobreza rural) nestas duas datas foram 58,5% e 76% respectivamente. As percentagens da população urbana abaixo das 2.100 calorias por pessoa por dia (a "referência" para definir pobreza urbana) nestas duas datas foram 57% e 73% respectivamente.<br /><br />Tão gritante foi este aumento, especialmente durante um período em que se supunha que a Índia estivesse a experimentar taxas de crescimento do PIB sem precedentes, que o governo ordenou um novo inquérito do NSS para o ano 2011-12, o qual foi um ano de grande colheita, com base em que os números da ingestão de calorias de 2009-10, um fraco ano agrícola, haviam sido excepcionalmente baixos devido às fracas colheitas. Quando este inquérito foi completado, os números que ele vomitou, embora sem dúvida melhores do que 2009-10 havia indicado, ainda mostravam um notável aumento nas percentagens de população abaixo destas normas de calorias durante o período da globalização: para a população rural a percentagem foi 68 (a comparar com 58,5% de 1993-94) e para a população urbana foi de 65% (a comparar com os 57% de 1993-94). Tanto a ingestão per capita de calorias como a de proteínas da população mostram declínio durante este período.<br /><br />Procurou-se explicar este aumento da deficiência nutricional de vários modos, incluindo a sugestão de ser indicação de que o povo estava a ficar numa situação melhor e a diversificar o seu consumo afastando-se da alimentação em direção a outras coisas como educação e cuidados de saúde. Mas estas explicações eram claramente espúrias: por toda a parte do mundo, quando rendimentos reais aumentam o povo consome maiores quantidades de cereais direta e indiretamente (na forma de alimentos processados e produtos animais em cuja produção os cereais entram como rações). Assim, a descoberta de que na Índia havia um declínio real na absorção de cereais para todas as utilizações e portanto declínio tanto na ingestão de calorias como de proteínas durante o período da globalização indicava claramente que os rendimentos reais dos trabalhadores, depois de considerar a inflação, especialmente a ascensão de preços que acompanha a privatização de serviços essenciais como educação e cuidados de saúde, estavam em média a declinar ao invés de aumentar em termos per capita. Por outras palavras, um fenômeno semelhante àquele dos países capitalistas avançados também estava a verificar-se na Índia e em vários outros países do terceiro mundo, o que contraria a argumentação apresentada acima. Na verdade contraria tanto que poucos mesmo acreditam ser verdadeira. Como explicar isto?"Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-53153460782093532352016-09-06T18:29:27.263+01:002016-09-06T18:29:27.263+01:00"Apresentando este argumento de modo diferent..."Apresentando este argumento de modo diferente, uma vez que o livre movimento de bens e capital através do mundo aumenta a competição entre trabalhadores dos diferentes países, haveria alguma tendência rumo a um apagamento das diferenças salariais entre estes países. E ainda que isto significasse algum aumento nos salários reais dos trabalhadores do terceiro mundo, significaria também uma redução nos salários reais dos trabalhadores metropolitanos.<br />Mas de acordo com este argumento, possivelmente não se podia piorar as condições do povo trabalhador em ambas as partes do mundo.<br /><br />Isto, no entanto, é precisamente o que tem acontecido. A globalização certamente piorou as condições dos trabalhadores nos países metropolitanos, um fato recentemente destacado pelo economista Joseph Stiglitz. Quase 90 por cento dos americanos, o que significa quase toda a população trabalhadora daquele país, hoje tem rendimentos reais que estão muito pouco acima do que eram há um terço de século atrás. Hoje os salários mínimos dos trabalhadores americanos estão, em termos reais, pouco acima do que eram há 60 anos atrás. Uma vez que houve algumas melhorias nestas magnitudes na primeira parte destes anos, o que isto significa é que houve uma deterioração no período mais recente, o que coincide com o auge da globalização.<br /><br />Estatísticas ainda mais impressionantes descrevem o declínio drástico da expectativa de vida entre homens americanos brancos nos anos recentes, um declínio que recorda a queda drástica da expectativa de vida que se verificou na Rússia após o colapso da União Soviética. Um declínio da expectativa de vida, quando não há qualquer epidemia óbvia, é um assunto muito grave. E descobrir um tal declínio no mais avançado país capitalista do mundo testemunha o assalto aos meios de vida do povo trabalhador que a globalização provocou.<br /><br />Uma história muito semelhante pode ser contada acerca de outros países capitalistas avançados. Sustenta-se habitualmente que os EUA são uma das economias com mais êxito, a primeira sede dos booms dos anos 90 e da primeira década do século actual, originadas respectivamente pelas bolhas "dotcom" e "habitacional", e também a economia que aparentemente está a ver um ressuscitar após o colapso da bolha habitacional. Considerando isto, o facto de que a população trabalhadora naquele país esteja a enfrentar tais dificuldades é extremamente significativo. No Reino Unido, nestes últimos anos houve uma queda drástica nos salários reais dos trabalhadores. Não é de admirar portanto que o descontentamento com a globalização seja generalizado entre os trabalhadores das economias metropolitanas, os quais, uma vez que até agora a esquerda não tomou adequado conhecimento disto, estão a ser explorados pela direita. Fenómenos como a votação do "Brexit" e a emergência de Donald Trump são explicáveis a esta luz".<br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-12902263028621005392016-09-06T18:28:00.446+01:002016-09-06T18:28:00.446+01:00Eu sei que já foi aqui transcrito. Mas parece que ...Eu sei que já foi aqui transcrito. Mas parece que quem continua a dizer alarvidades insiste nas mesmas e que trazer ao debate público estas questões é útil porque potencia a discussão. E desfaz as atoardas sobre os "infinitos" e mais laém :<br /><br />"A globalização foi anunciada como sendo benéfica para todos, como se fosse um grande passo rumo à melhoria económica universal. Isto era evidentemente errado e não foram apenas economistas de esquerda que o disseram, mesmo economistas "convencionais" ("mainstream") como Paulo Samuelson disseram isso desde o princípio. A razão para o dizerem era simples: se o regime económico do mundo permitisse importações livres de bens chineses ou indianos para os EUA, então isto teria necessariamente de prejudicar os salários reais dos trabalhadores americanos, porque estes desfrutando salários muito mais altos estariam então a competir, em seu próprio prejuízo, contra os trabalhadores de baixos salários chineses ou indianos. Portanto o facto de que a globalização necessariamente prejudicaria os trabalhadores nos EUA e em outros países avançados era óbvia para eles, na verdade para todos, de onde também se seguia que ela possivelmente não podia beneficiar todos os segmentos do povo trabalhador do mundo. Mas, de acordo com este argumento, acreditava-se geralmente que a globalização beneficiaria os trabalhadores em países como a China e a Índia, que são países de baixos salários do terceiro mundo". Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-20720266552175123522016-09-06T18:25:03.041+01:002016-09-06T18:25:03.041+01:00Miguel D também posta um comentário à sua altura, ...Miguel D também posta um comentário à sua altura, baixa e mesquinha, sobre a globalização.<br /><br />Comecemos por precisar que a Globalização não é aquilo que Miguel D diz do alto da sua altura:<br />Recorrend à vulgar wikipedia:<br />"A globalização é um dos processos de aprofundamento internacional da integração econômica, social, cultural e política, que teria sido impulsionado pela redução de custos dos meios de transporte e comunicação dos países no final do século XX e início do século XXI.<br /><br />Ou seja não é "a expansão enorme do comércio internacional desde 1980". Quer Migue D novas explicações ou já percebeu?<br /><br />E precisemos que o período de políticas neoliberais associadas à globalização reside sobretudo a partir dos anos 2008-2010<br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-18531358682090065042016-09-06T18:17:53.814+01:002016-09-06T18:17:53.814+01:00As contas de jose sobre o processo de globalizaçao...As contas de jose sobre o processo de globalizaçao estão feitas. Ousou escrever tal anormalidade há meia-dúzia de dias:<br />"Há um mal maior na globalização: aumentam as desigualdades!<br />Gravíssimo!<br />Todos beneficiam do acréscimo de riqueza, mas a distância entre os mais e os menos aumenta".<br />Aumentam as desigualdades mas todos ganham? Até onde vai a ortodoxia reaccionária neoliberal para dizer tais disparates?<br /><br /><br />Joseph Stiglitz,alguém insuspeito de ser marxista, escrevia no seu The price of Inequality que a "chamada globalização tem sido outro factor para as crescentes desigualdades. Conduzida por e para o 1% dos mais ricos, proporciona o mecanismo que facilita a evasão fiscal e impõe pressões que dão a esse 1% vantagem quer nas negociações com os trabalhadores quer na política, pela perda de controlo dos países devedores sobre o seu próprio destino, que fica nas mãos dos credores.(pag 116)Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-4292200517240327552016-09-06T18:10:59.548+01:002016-09-06T18:10:59.548+01:00Consta? Os lusitanos é?
É com "isto" que...Consta? Os lusitanos é?<br />É com "isto" que este tipo responde a este post?<br /><br />Quanto aos danos da globalizaçao e às suas virtudes<br /><br />Herr jose: infinitamente menores? mas quem disse tal monstruosidade?<br /><br />Herr jose: fala do desgoverno das nações, como em África....<br />Herr jose: Veja lá se compreende. Aquilo que se passa em África é consequência também directa do processo dito de globalização. Não sabia ou faz-se de parvo?Tal como o saque no médio-oriente, a aniquilação do Iraque da Líbia, a guerra da Siria são frutos directos da globalização<br />Tal como o que se passa em Portugal com as condicionantes enfrentadas pelos diversos governos de Portugal. <br /><br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-2774744893787176222016-09-06T18:10:51.677+01:002016-09-06T18:10:51.677+01:00«...a globalização - que é imparável...»
ahahah...<em>«...a globalização - que é imparável...»</em><br /><br /><br /><br />ahahahahahahahahahah... olha mais uma marioneta da alta finança (capital global) a querer comer-nos por otários!<br /><br /><br /><br />UMA AGENDA NAZI ESCONDIDA<br />.<br />-» Há já algum tempo que é perfeitamente perceptível que os Partidos do Sistema (um ex: o partido da senhora Merkel), e muitas outras marionetas da alta finança (capital global), possuem UMA AGENDA NAZI ESCONDIDA:<br />- començam por falar em ajuda humanitária...<br />- posteriormente dedicam-se a argumentar que a sobrevivência de Identidades Autóctones é algo que «não faz sentido».<br />.<br />Ora, de facto, apanha-se mais depressa um nazi do que um coxo: nazismo não é o ser 'alto e louro', bla bla bla,... mas sim a busca de pretextos com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros!<br />Uma coisa são uns 'globalization-lovers' que gostam de o ser. <br />-» Uma outra coisa são os 'globalization-lovers' nazis que andam por aí... buscando pretextos... para negar o Direito à sobrevivência das Identidades Autóctones!!!<br />.<br />A alta finança (capital global) está apostada em dividir/dissolver as Nações... terraplanar as Identidades... para assim melhor estabelecerem a Nova Ordem Mundial: uma nova ordem a seguir ao caos – uma ordem mercenária (um Neofeudalismo).<br />Andam por aí muitas marionetas... cujo trabalhinho é 'cozinhar' as condições que são do interesse da alta finança (capital global).pvnamnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-53544695447908967882016-09-06T17:47:53.685+01:002016-09-06T17:47:53.685+01:00Caro José,
Mesmo que se veja vantagem num comérci...Caro José, <br />Mesmo que se veja vantagem num comércio entre nações equilibradas do ponto de vista económico, há-de me mostrar as suas contas sobre as vantagens e inconvenientes. É impossível chegar a esses numeros. Sobre o desgoverno da África, acho bem que deveria ler a cronologia do meu pai e depois falamos... <br /><br />Caro anónimo,<br />Quando me disser igualmente aqueles que mergulharam na miséria por "causa" da globalização, faremos contas. Mas não é isso que está em causa. Não entendo por que se recusa a ver que nunca o comércio entre nações com diferentes níveis económicos pôde ser benéfica - da mesma forma! - para ambos os lados. É necessário criar barreiras à entrada para evitar a devastação. Todos os países o fizeram, sobretudo os mais ricos. É apenas isso que se diz. Se fosse menos agressivo, ouviria melhor...João Ramos de Almeidahttps://www.blogger.com/profile/14541341612573948241noreply@blogger.com