tag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post117968831084011737..comments2024-03-29T12:11:59.833+00:00Comments on Ladrões de Bicicletas: O desemprego é involuntárioNuno teleshttp://www.blogger.com/profile/07713327330820459193noreply@blogger.comBlogger12125tag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-27647335978700388602011-05-08T11:15:32.983+01:002011-05-08T11:15:32.983+01:00Os trabalhadores são bons e os patrões são maus e ...Os trabalhadores são bons e os patrões são maus e estar no desemprego é assim-assim.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-25608192502471557172011-05-08T10:34:33.655+01:002011-05-08T10:34:33.655+01:00Quando é que as pessoas aprendem de uma vez por to...Quando é que as pessoas aprendem de uma vez por todas que os trabalhadores são bons e os patrões são maus?<br />Será preciso fazer um desenho?<br />Porra!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-82130262904001302752011-05-07T15:50:25.615+01:002011-05-07T15:50:25.615+01:00A esquerda não deve negar a realidade e a verdade ...A esquerda não deve negar a realidade e a verdade é que conheço ( todos conhecemos)casos em que as pessoas dizem ir usar o sub. desemprego até ao fim e depois é que irão começar a procurar trabalho.<br /><br /> Eu sei que para a direita é fácil lidar com isto pois para ela " os trabalhadores são tendencialmente preguiçosos e aldrabões, querendo viver de subsídios".<br /><br />A verdade é que já há muita gente a fazê-lo, infelizmente, prejudicando os outros, os que não conseguem mesmo arranjar emprego.<br /><br />É muito interessante ler autores que se debruçam sobre estes temas, mas temos que nos lembrar que se há muita gente de direita que não sabe do que está a falar porque não vai ao terreno, a mesma ignorância acontece na esquerda, e então, uns defendem e outros atacam,não tendo nenhum dos grupos completa razão nessa generalização.Natália Santosnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-22715624887338113572011-05-07T14:28:30.824+01:002011-05-07T14:28:30.824+01:00Queria evidentemente dizer no post anterior «desde...Queria evidentemente dizer no post anterior «desde logo porque o desemprego não é todo voluntário».Alexandre Cotovio Martinshttps://www.blogger.com/profile/16705601793538239859noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-9252722218504351762011-05-07T14:08:46.824+01:002011-05-07T14:08:46.824+01:00Caro,
Lamentavelmente, estive aqui a escrever e p...Caro,<br /><br />Lamentavelmente, estive aqui a escrever e perdi tudo o que escrevera.<br /><br />Assim, telegraficamente, vou dizer o seguinte:<br /><br />1) Agradeço (algo que não deveria ser, infelizmente, necessário) o tom cordial do diálogo.<br /><br />2) O argumento que apresento não é falacioso; apenas, não o terá compreendido. A lei actual já prevê a penalização de quem «prevarique». Da má aplicação da lei não se segue que a lei seja má, mas que a sua aplicação o é e por conseguinte pode ser melhorada.<br /><br />3) Da má aplicação da lei não se segue que seja necessário dar «incentivos» para a saída do desemprego. Aqui, desde logo, porque o desemprego não é todo involuntário. E, de um ponto de vista normativo, considero que esta visão não é boa, porque, como afirmei apoiando-me em Margalit, é mais importante não injustiçar e humilhar (o conceito devia ser esclarecido, mas não o farei, antes que perca o texto outra vez) uns apenas para fazer justiça sobre outros. Seria fazer «pagar o justo pelo pecador», não é? <br /><br />Bom, o argumento não é falacioso, é válido. Gostaria muito de ser mais preciso, mas pelas razões aduzidas, não o farei. <br /><br />Obrigado pela atenção e um bom fim-de-semana.<br /><br />PS-Espero que possa resolver o problema que explicita.Alexandre Cotovio Martinshttps://www.blogger.com/profile/16705601793538239859noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-62890184914045851352011-05-07T13:35:50.907+01:002011-05-07T13:35:50.907+01:00Caro A.C. Martins, muito obrigado pela sua respost...Caro A.C. Martins, muito obrigado pela sua resposta.<br />Antes de mais, não precisa de pedir desculpa, não interpretei a "conversa de café" como snobismo. Interpretei como a caracterização de um argumento como não pensado e não ponderado.<br />Posso dizer-lhe que, no meu caso, não é.<br />Eu sei que a lei é geral e que não pode ser uma excepção a definir todo um grupo. Sei-o por ter tido algumas cadeiras de direito e por ser uma fórmula repetida sempre que se fala deste tipo de assuntos.<br />Mas é uma falácia. Porque só seriá um argumento válido se se tratassem, de facto, de excepções. Não são. Desta vez não apareceram 16 pessoas em 20, mas não é a primeira vez que eu procuro empregados. E, mesmo nos que trabalharam para mim, podia encher esta caixa de comentários de exemplos de maus trabalhadores que me prejudicaram o negócio. Eu só falei destes 16 porque foi o exemplo mais recente e é também o mais incrível, dado a crise que vivemos. Mas há muito mais. No meu negócio e no negócio de outros como eu (vou conhecendo bastantes).<br />Desvalorizar isto com um "não é por uma pessoa não querer trabalhar que devemos prejudicar todos os desempregados" é como eu desvalorizar opiniões como a sua com "vê-se que nunca teve um negócio e nunca deu emprego a alguém". Até pode ser verdade, mas não é argumento válido.<br />CumprimentosAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-59154741762922648932011-05-07T10:05:40.186+01:002011-05-07T10:05:40.186+01:00Ao anónimo que escreveu às 23:16 - primeiro, esper...Ao anónimo que escreveu às 23:16 - primeiro, espero que a ideia de «conversa de café» não tenha parecido um acto de snobismo; a ser assim, peço antecipadamente desculpa. <br /><br />Bom, certamente pode haver casos de pessoas que não quererão trabalhar. Mas, em primeiro lugar, não se pode universalizar um caso particular; sendo a lei geral, isto é, abrangendo o universo dos que caem na respectiva classe de indivíduos, não podemos prejudicar certamente a esmagadora maioria, em desemprego involuntário, sob o pretexto de haver casos de desemprego voluntário subsidiados; em segundo lugar, cabe aos serviços públicos de emprego fiscalizar estas situações - que, aliás, têm regras e não é obrigatório uma pessoa aceitar qualquer emprego. Em terceiro lugar, apesar de tudo, como contribuintes, terão pago alguma coisa para terem direito ao seguro de desemprego.<br /><br />Segundo Avishai Margalit, filósofo de renome, uma sociedade decente é uma cujas instituições não humilham os seus membros. Para este filósofo, combater a humilhação é mais urgente que construir uma sociedade justa, porque reparar um mal é mais premente que promover um bem. Penso importante não humilharmos todos a partir de enunciados existenciais, como do tipo «há pelo menos um que prevarica». Ora, a «regra» institucional proposta por esta direita é uma regra que humilha.Alexandre Cotovio Martinshttps://www.blogger.com/profile/16705601793538239859noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-67604012797294153022011-05-06T23:23:29.860+01:002011-05-06T23:23:29.860+01:00Há um dado que deve ser relembrado. Que é o facto ...Há um dado que deve ser relembrado. Que é o facto de metade dos desempregados não receberem qualquer subsídio. Esses serão desempregados porquê?Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-62356916314729000292011-05-06T23:16:05.118+01:002011-05-06T23:16:05.118+01:00Tenho uma loja, vou abrir outra e estou a recrutar...Tenho uma loja, vou abrir outra e estou a recrutar pessoas. Marquei 10 entrevistas para segunda e outras 10 para terça. Apareceram duas pessoas em cada dia.<br /><br />Não sei se é conversa de café, mas há, de facto, pessoas que não querem trabalhar. Repito: não querem. É voluntário.<br />Se eu perder o emprego, não conseguir arranjar outro no ramo, que peça as mesmas habilitações, pode crer que aceito trabalho mais humilde.<br />Há muita gente que não pensa assim.<br />Mais uma vez, para que não se esqueçam: há desemprego voluntário.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-76656229217044113512011-05-06T11:57:27.025+01:002011-05-06T11:57:27.025+01:00Nem mais.Nem mais.Alexandre Cotovio Martinshttps://www.blogger.com/profile/16705601793538239859noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-79136945774860676052011-05-06T11:29:01.330+01:002011-05-06T11:29:01.330+01:00Mais do que isso, aumenta a concorrência laboral, ...Mais do que isso, aumenta a concorrência laboral, o que fará com que cada um dos que ainda tem trabalho se esforce ainda mais, ou seja, trabalhará mais, o que implicará uma maior redução do trabalho disponível para ser realizado, o que por sua vez, aumentará o desemprego.<br /><br />No quadro actual, de diminuição de volume de trabalho necessário devido à migração de postos de trabalho para outras paragens e ao aumento de produtividade, a solução não é cada um trabalhar mais, mas pelo contrário, cada um trabalhar menos, mas mantendo o mesmo rendimento para que dessa forma aumente a procura e assim se aumente a quantidade de trabalho disponível. Obviamente, se se paga mais, a riqueza necessária para pagar a mão de obra terá que aumentar e para tal, terá que se diminuir drasticamente os lucros, em especial os lucros financeiros.<br /><br />Recordemos que, em rigor, o volume de trabalho existente assim como os recursos existentes produzem o suficiente para todos os elementos da sociedade. Talvez seja hora de questionar a sociedade em que vivemos: o objectivo da nossa sociedade é o lucro de alguns ou o bem estar de todos?Elemento Absorvidohttps://www.blogger.com/profile/17315099906237329577noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4018985866499281301.post-74129527573581023012011-05-06T11:06:35.628+01:002011-05-06T11:06:35.628+01:001. O «subsídio» de desemprego é, na verdade, um se...1. O «subsídio» de desemprego é, na verdade, um seguro de desemprego, pago pelos trabalhadores. Não se trata de uma mera prestação «social». Aqui, «pagar o que se deve» parece, nas bocas de muitos «intelectuais» de serviço, obrigação a morigerar. <br /><br />2. A ideia de que é necessário dar «incentivos» aos desempregados para sairem do desemprego é mais uma expressão da «gramática liberal» (para retomar a noção da escola francesa da economia das convenções) que tende a fazer recair as responsabilidades sociais, políticas e económicas sobre os indivíduos. Estes, encontram-se frequentemente votados à condição de «indivíduos por defeito», como bem explicita Robert Castel. Enquanto tal, assenta em pressupostos absolutamente falsos sobre o funcionamento das sociedades e sobre a acção humana.<br /><br />3. Enquanto a discussão estiver a este nível, isto é, dos discursos que enraizam bem no solo fértil das conversas de cafés mal frequentados, não vamos a parte alguma.Alexandre Cotovio Martinshttps://www.blogger.com/profile/16705601793538239859noreply@blogger.com