Olhando – a quente – para os numeros de votos em territorio nacional e comparando – a quente – com 2024:
1 – cerca de 200,000 eleitores extra ficaram no sofa. 2 – o P sem S perdeu cerca de 400,000 votos 3 – a direita ranhosa (AD) ganhou cerca de 200,000 votos 4 – a direita raivosa (Chega) ganhou cerca de 250,000 votos 5 – a direita sonsa (IL) ficou aproximadamente igual ganhando um deputado com 15,000 votos extra 6 – o Livre aglomerou algum do voto remanescente do Extremo Centro e ganhou 50,000 votos (25%) 7 – A CDU perdeu 20,000 votos e um deputado 8 – Bloco de Esquerda perdeu cerca de 160,000 votos – mais de 50% de quebra – e quase todo o grupo parlamentar. 9 – PAN perdeu perto de 40,000 votos – quase um terco – mas aguentou o deputado.
Grosso modo, a quente, diria que foi o eleitorado de esquerda quem preponderantemente desmobilizou nestas eleicoes e ficou em casa.
O eleitorado desiludido com o extremo-centrao do PS deslocou-se para outras paragens. Metade, persiste na ilusao do Extremo Centro por outros meios: foram para a AD. A outra metade para aquilo que identificam como anti-sistema – o Chega. O Livre tera beneficiado de votos do PAN, Bloco, CDU e PS.
Os 200,000 que deixaram de votar encaixam, grosso modo com os votos perdidos pelo Bloco e CDU – desmoralizados com o actual ambiente politico adverso.
O povo, depois de um periodo de apatia traduzida em taxas crescentes de abstencao, desde 2024 ficou tao exasperado que se vira para o que quer que seja que abane este estado intoleravel de coisas. Numa logica de “Something must be done. This is something. Therefore we must do.” – sairam do sofa e foram votar "fora do sistema" no neo-fascismo recauchutado que promete transformar o conflicto de classes latente em violencia explicita contra franjas vulneraveis e marginalizadas da sociedade portuguesa. Adivinha-se uma decada muito dificil para as forcas progressistas de esquerda em Portugal. Ha que manter os nossos ideiais vivos, um dia eles acordarao atordoados a dizer que nao sabiam o que se passava. Manter os nossos ideiais vivos, exercitados e prontos a usar. Porque o que ai vem nao e sustentavel. O que ai vem so pode ter um destino: policrise e colapso. E nessa altura que os nossos ideias, prontos a usar tem de ser pegados e usados para os transformar de ideiais impossiveis em pragmaticas inevitabilidades politicas.
Olhando – a quente – para os numeros de votos em territorio nacional e comparando – a quente – com 2024:
ResponderEliminar1 – cerca de 200,000 eleitores extra ficaram no sofa.
2 – o P sem S perdeu cerca de 400,000 votos
3 – a direita ranhosa (AD) ganhou cerca de 200,000 votos
4 – a direita raivosa (Chega) ganhou cerca de 250,000 votos
5 – a direita sonsa (IL) ficou aproximadamente igual ganhando um deputado com 15,000 votos extra
6 – o Livre aglomerou algum do voto remanescente do Extremo Centro e ganhou 50,000 votos (25%)
7 – A CDU perdeu 20,000 votos e um deputado
8 – Bloco de Esquerda perdeu cerca de 160,000 votos – mais de 50% de quebra – e quase todo o grupo parlamentar.
9 – PAN perdeu perto de 40,000 votos – quase um terco – mas aguentou o deputado.
Grosso modo, a quente, diria que foi o eleitorado de esquerda quem
preponderantemente desmobilizou nestas eleicoes e ficou em casa.
O eleitorado desiludido com o extremo-centrao do PS deslocou-se para outras paragens.
Metade, persiste na ilusao do Extremo Centro por outros meios: foram para a AD.
A outra metade para aquilo que identificam como anti-sistema – o Chega.
O Livre tera beneficiado de votos do PAN, Bloco, CDU e PS.
Os 200,000 que deixaram de votar encaixam, grosso modo com os votos perdidos pelo Bloco e CDU – desmoralizados com o actual ambiente politico adverso.
É possível ainda haver esperança?
ResponderEliminarO povo, depois de um periodo de apatia traduzida em taxas crescentes de abstencao, desde 2024 ficou tao exasperado que se vira para o que quer que seja que abane este estado intoleravel de coisas.
ResponderEliminarNuma logica de “Something must be done. This is something. Therefore we must do.” – sairam do sofa e foram votar "fora do sistema" no neo-fascismo recauchutado que promete transformar o conflicto de classes latente em violencia explicita contra franjas vulneraveis e marginalizadas da sociedade portuguesa.
Adivinha-se uma decada muito dificil para as forcas progressistas de esquerda em Portugal.
Ha que manter os nossos ideiais vivos, um dia eles acordarao atordoados a dizer que nao sabiam o que se passava.
Manter os nossos ideiais vivos, exercitados e prontos a usar.
Porque o que ai vem nao e sustentavel. O que ai vem so pode ter um destino: policrise e colapso. E nessa altura que os nossos ideias, prontos a usar tem de ser pegados e usados para os transformar de ideiais impossiveis em pragmaticas inevitabilidades politicas.