Fazendo de advogado do diabo: Por outro lado, há maior pressão para concorrer pela qualidade. O problema é mesmo o facto de ser difícil. Mas não será difícil para todos...
O problema é que a desvalorização competitiva é uma excelente desculpa para não se fazer nada. Se podemos ser competitivos protegendo os nossos produtos no mercado interno tornando as importações caras e competitivos no mercado externo tornando as exportações baratas, tudo a golpes de caneta do Governo do dia, que incentivo existe para se investir na qualidade da manufactura? A Itália andou décadas a utilizar esse expediente... Claro, quando chegou o Euro estava completamente impreparada...
E depois, não deixa de ser interessante notar que o RU entrou no Mercado Comum porque o seu próprio modelo económico estava a falhar (quem se lembrar de quão maus eram os Austin Morris nos anos 70 sabe do que eu falo). O que quer dizer que a Alemanha alguma coisa andou a fazer direito ao não alinhar em nacionalizações (o SPD deitou fora a ideia logo nos anos 50) e ao manter uma estrutura industrial não reprodutível, baseada no chamado Mittelstand... O Ricardo Paes Mamede publicou neste blog um post muito interessante em tempos sobre desindustrialização, que lhe recomendo vivamente, a matar alguns dos mitos ligados a essa coisa...
O que o Euro nos obrigou foi a encarar, isso sim, a mediocridade do nosso capitalismo, que claro, continua a viver de expedientes procurando os tais sectores protegidos da concorrência.
Só que, também cá, quando se decidiu nacionalizar a grande indústria, o processo não correu lá muito bem. Aliás, por que razão Miterrand se foi meter nisso quando tinha o exemplo egrégio português sobre como não fazer as coisas?
Esqueça o proteccionismo, Jorge Bateira, numa era em que as tecnologias fluem entre fronteiras, ninguém deseja isso. E esqueça igualmente o pós-keynesianismo, as pessoas gostam, imagine-se, de orçamentos equilibrados e não confiam na capacidade dos economistas em manterem taxas de crescimento de 3% ao ano para compensarem o endividamento (o que nem sequer é desejável em termos ecológicos, note-se)... E isto é válido com o sem Euro...
E não me venha falar do modelo chinês. Ninguém sabe bem qual é a dívida pública da China...
De que vale fabricar um produto de alta qualidade se não conseguir vendê-lo com lucro? Históricamente os clusters industriais começam por fabricar produtos de qualidade duvidosa mas muito baratos e depois sobem na cadeia de valor.
Basta lembrar dois casos relacionados com a electrónica de consumo. Em épocas diferentes, o Japão e a China desenvolveram esse sector da electrónica. Em ambos os casos os primeiros produtos tinham padrões de qualidade baixos. Mais tarde, depois de ganharem uma pipa de massa, investiram em tecnologia e métodos de fabrico sofisticados e inovadores.
Quem não se lembra de como eram os produtos electrónicos chineses há vinte anos atrás? Tinham uma alta percentagem de avarias, quando não vinham já avariados de lá. No entanto a falta de qualidade não os matou. Aprenderam e melhoraram e hoje temos a Huawei a ameaçar dominar o mercado mundial do 5G.
Podes ter uma ideia genial, mas se o ambiente económico ditar que não podes ter lucro com ela, estás morto, nem descolas.
Constata-se que a adesão ao Euro trouxe vantagens e desvantagens para Portugal. Agora, a Portugal, só resta esperar -como espectadores, passívos- pelo que está a acontecer no núcleo reinante da União Europeia. A sacudidela do Brexit, no já instável equilíbrio França/Alemanhã, trará consequências significativas quanto ao Euro?.
o Autor do post, faz um retrato fiel do que se passa actualmente na sociedade portuguesa e em todo o sul da Europa. Os Tratados atípicos da UE e a moeda única têm favorecido apenas o Eixo Paris-Berlim e o Benelux. Já hà cerca de 20 anos um Deputado do Partido Trabalhista Ingles em entrevista a um jornal portugues se lamentava de que a UE apenas favorecia o Eixo Paris -Berlim e o Benelux A desindustrialização em Portugal tem sido um fenómeno que tem vindo a destruir a economia do País.
Jaime Santos continua na senda do disparate. Ignora ou finge ignorar que a cotação de uma divisa não é só um factor arbitrário como pretende insinuar com a sua converseta saloia sobre as desvalorizações competitivas. E isto apesar de os italianos terem usado as ditas "desvalorizações competitivas com muito exito quando a lira ainda circulava.
Mas adiante...
"a mediocridade do nosso capitalismo, que claro, continua a viver de expedientes procurando os tais sectores protegidos da concorrência"
Jaime Santos insulta a inteligência dos capitalistas portugueses. Podem não ser visionários mas certamente também não são burros.
Sejamos claros. Entre abrir falência a fabricar artigos que sofrem uma concorrência desleal devido à sobrevalorização do euro e procurar o abrigo de um sector protegido, qual é a linha de acção mais inteligente? É de uma incrível estupidez pretender que os empresários invistam em sectores onde de certeza vão perder dinheiro.
Provávelmente o comércio mundial não vai regressar ao proteccionismo anterior à globalização, mas é já muito evidente pelos indicadores internacionais que o pico da hiper-globalização já ficou para trás. Quem quiser explorar porquê atente nos efeitos da guerra comercial entre os USA e a China e nos efeitos da epidemia do coronavirus.
A nível de especulação teórica pensem nos efeitos sobre as economias mundiais no caso de não ser encontrado um tratamento eficaz ou uma vacina para o COVID-19? Qual será o efeito de perdas humanas da ordem dos 2% da população mundial caso as medidas de contenção falhem? Devido ao padrão de propagação da epidemia que se agrava pela proximidade que implica a vida urbana, pensem que em caso de não ser encontrada uma solução a médio prazo, este padrão vai favorecer um povoamento menos concentrado, ao contrário das tendências actuais para maior competitividade de aglomerações urbanas mais densas.
Jaime Santos, nao ha pachorra para a abissal ignorancia sobre historia que o teu comentario revela. Da proxima vez que abrires um livro de historia contemporanea, larga o vinho pelo menos 24 horas antes.
Anonimo 13h52 Tenha calma amigo. O sistema imunitario e uma coisa maravilhosa de ver em funcionamento e entender. Todos os anos o Mundo enfrenta uma mortalidade na ordem dos 1% com a gripe. O COVID-19 ja atingiu o seu pico epidemico na China. O pico epidemico no resto do mundo sera atingido algures no final de Marco talvez meados de Abril. Duvido que a taxa de mortalidade do COVID-19 seja 2% bem a sul desse numero porque existe grosseira sub-contabilidade do numero real de casos de infeccao. E um vulgar coronavirus. E anda a matar brancos. Havera uma vacina no inicio do ano que vem, entretanto mete-se o Verao no Hemisferio Norte e muito provavelmente o virus tera menos capacidade de propagacao nesses meses. O unico risco, de que ninguem fala, e que os coronavirus, sao virus RNA e mutagenicos, nao sao tao mutagenicos como a Influenza mas usam grosso modo dos mesmos mecanismos para escapar ao sistema imunitario - as mutacoes tanto podem levar a uma maior adaptabilidade ao novo hospedeiro Humano com menor virulencia como podem levar a uma adaptabilidade semelhante ou menor maior virulencia ou com tropismo para outros sistemas organicos o que complicaria o controlo da epidemia. Mas tenha calma entretanto. O sistema imunitario e uma coisa maravilhosa e os chineses estao a fazer um trabalho notavel de contencao e retardamento de propagacao do virus. A resposta da China a esta epidemia sera ensinada nos livros de historia e epidemiologia.
Calma? LOL Claro que tenho calma, sem falar numa enorme confiança no meu sistema imunitário. Nem faz ideia daquilo a que eu já resisti. (Com algumas ajudas muito especiais.) Sem querer "raptar" este post, apenas faço notar duas ou três informações preocupantes: A primeira é que apesar da experiência dos profissionais de saúde chineses a lidar com prévias epidemias (SARS, H5N1, etc), há muitos cuidadores entre as vítimas. isso é indício de alta taxa de infecção. Segundo, parece que os sobreviventes a uma primeira infecção não ganham imunidade, podendo ser reinfectados. Pior, segundo algumas fontes a reinfecção atingiria sobretudo o músculo cardíaco e seria mais letal do que a primeira. E é mau sinal para uma possível vacina. Terceiro, segundo algumas fontes, apesar das medidas draconianas de quarentena adoptadas pelas autoridades chinesas ainda não atingiu o seu pico. Fala-se de períodos de incubação de 2 a vinte dias sem sintomas declarados mas possibilidade de contágio. O que convenhamos, a verificar-se é um quebra-cabeças sanitário. E sim, tem razão quando diz que a resposta das autoridades de saúde chinesas está a ser exemplar. Sequenciar o genoma do virus em tão pouco tempo demonstra um profissionalismo e uma capacidade técnica notáveis.
Mas o que interessa para o tema deste blog são as consequências económicas, e essas não param de ser re-estimadas em alta. Desde encerramentos de fábricas no exterior da China por falta de componentes até à paralisia de empresas nos grandes centros indústriais porque os operários foram "à terra" passar o Ano Novo Lunar e não voltaram aos postos de trabalho. E não esquecer que numa economia altamente alavancada como a chinesa o crédito mal parado vai ferver. Espero bem que me engane, mas as consequências desta epidemia vão ser muito mais sérias do que se está a antecipar. Talvez esteja na hora de puxar pelos livros de história para se ter uma ideia do que foram as consequências económicas da peste bubónica na Idade Média.
Anonimo, presta bem atencao: mantem a calma. Metade dos "factos" que mencionas ou sao de credibilidade duvidosa ou simplesmente falsos. Tentar equiparar impactos do COVID-19 na infra-estrutura economica capitalista de 2020 com os impactos da peste (qual delas? a bubonica? qual dos surtos?) na infra-estrutura economica feudalista da Idade Media Europeia e estupido. Anonimo, mantem a calma e toma os comprimidos.
Excelente!
ResponderEliminarHá, de facto, lamentavelmente muita gente que precisa que lhe façam um desemho...
Fazendo de advogado do diabo:
ResponderEliminarPor outro lado, há maior pressão para concorrer pela qualidade. O problema é mesmo o facto de ser difícil. Mas não será difícil para todos...
O problema é que a desvalorização competitiva é uma excelente desculpa para não se fazer nada. Se podemos ser competitivos protegendo os nossos produtos no mercado interno tornando as importações caras e competitivos no mercado externo tornando as exportações baratas, tudo a golpes de caneta do Governo do dia, que incentivo existe para se investir na qualidade da manufactura? A Itália andou décadas a utilizar esse expediente... Claro, quando chegou o Euro estava completamente impreparada...
ResponderEliminarE depois, não deixa de ser interessante notar que o RU entrou no Mercado Comum porque o seu próprio modelo económico estava a falhar (quem se lembrar de quão maus eram os Austin Morris nos anos 70 sabe do que eu falo). O que quer dizer que a Alemanha alguma coisa andou a fazer direito ao não alinhar em nacionalizações (o SPD deitou fora a ideia logo nos anos 50) e ao manter uma estrutura industrial não reprodutível, baseada no chamado Mittelstand... O Ricardo Paes Mamede publicou neste blog um post muito interessante em tempos sobre desindustrialização, que lhe recomendo vivamente, a matar alguns dos mitos ligados a essa coisa...
O que o Euro nos obrigou foi a encarar, isso sim, a mediocridade do nosso capitalismo, que claro, continua a viver de expedientes procurando os tais sectores protegidos da concorrência.
Só que, também cá, quando se decidiu nacionalizar a grande indústria, o processo não correu lá muito bem. Aliás, por que razão Miterrand se foi meter nisso quando tinha o exemplo egrégio português sobre como não fazer as coisas?
Esqueça o proteccionismo, Jorge Bateira, numa era em que as tecnologias fluem entre fronteiras, ninguém deseja isso. E esqueça igualmente o pós-keynesianismo, as pessoas gostam, imagine-se, de orçamentos equilibrados e não confiam na capacidade dos economistas em manterem taxas de crescimento de 3% ao ano para compensarem o endividamento (o que nem sequer é desejável em termos ecológicos, note-se)... E isto é válido com o sem Euro...
E não me venha falar do modelo chinês. Ninguém sabe bem qual é a dívida pública da China...
De que vale fabricar um produto de alta qualidade se não conseguir vendê-lo com lucro?
ResponderEliminarHistóricamente os clusters industriais começam por fabricar produtos de qualidade duvidosa mas muito baratos e depois sobem na cadeia de valor.
Basta lembrar dois casos relacionados com a electrónica de consumo. Em épocas diferentes, o Japão e a China desenvolveram esse sector da electrónica. Em ambos os casos os primeiros produtos tinham padrões de qualidade baixos. Mais tarde, depois de ganharem uma pipa de massa, investiram em tecnologia e métodos de fabrico sofisticados e inovadores.
Quem não se lembra de como eram os produtos electrónicos chineses há vinte anos atrás? Tinham uma alta percentagem de avarias, quando não vinham já avariados de lá. No entanto a falta de qualidade não os matou. Aprenderam e melhoraram e hoje temos a Huawei a ameaçar dominar o mercado mundial do 5G.
Podes ter uma ideia genial, mas se o ambiente económico ditar que não podes ter lucro com ela, estás morto, nem descolas.
Constata-se que a adesão ao Euro trouxe vantagens e desvantagens para Portugal.
ResponderEliminarAgora, a Portugal, só resta esperar -como espectadores, passívos- pelo que está a acontecer no núcleo reinante da União Europeia.
A sacudidela do Brexit, no já instável equilíbrio França/Alemanhã, trará consequências significativas quanto ao Euro?.
o Autor do post, faz um retrato fiel do que se passa actualmente na sociedade portuguesa e em todo o sul da Europa.
ResponderEliminarOs Tratados atípicos da UE e a moeda única têm favorecido apenas o Eixo Paris-Berlim e o Benelux.
Já hà cerca de 20 anos um Deputado do Partido Trabalhista Ingles em entrevista a um jornal portugues se lamentava de que a UE apenas favorecia o Eixo Paris -Berlim e o Benelux
A desindustrialização em Portugal tem sido um fenómeno que tem vindo a destruir a economia do País.
Jaime Santos continua na senda do disparate. Ignora ou finge ignorar que a cotação de uma divisa não é só um factor arbitrário como pretende insinuar com a sua converseta saloia sobre as desvalorizações competitivas. E isto apesar de os italianos terem usado as ditas "desvalorizações competitivas com muito exito quando a lira ainda circulava.
ResponderEliminarMas adiante...
"a mediocridade do nosso capitalismo, que claro, continua a viver de expedientes procurando os tais sectores protegidos da concorrência"
Jaime Santos insulta a inteligência dos capitalistas portugueses. Podem não ser visionários mas certamente também não são burros.
Sejamos claros. Entre abrir falência a fabricar artigos que sofrem uma concorrência desleal devido à sobrevalorização do euro e procurar o abrigo de um sector protegido, qual é a linha de acção mais inteligente?
É de uma incrível estupidez pretender que os empresários invistam em sectores onde de certeza vão perder dinheiro.
Provávelmente o comércio mundial não vai regressar ao proteccionismo anterior à globalização, mas é já muito evidente pelos indicadores internacionais que o pico da hiper-globalização já ficou para trás. Quem quiser explorar porquê atente nos efeitos da guerra comercial entre os USA e a China e nos efeitos da epidemia do coronavirus.
https://www.zerohedge.com/economics/china-disintegrating-steel-demand-property-sales-traffic-all-approaching-zero
A nível de especulação teórica pensem nos efeitos sobre as economias mundiais no caso de não ser encontrado um tratamento eficaz ou uma vacina para o COVID-19?
Qual será o efeito de perdas humanas da ordem dos 2% da população mundial caso as medidas de contenção falhem?
Devido ao padrão de propagação da epidemia que se agrava pela proximidade que implica a vida urbana, pensem que em caso de não ser encontrada uma solução a médio prazo, este padrão vai favorecer um povoamento menos concentrado, ao contrário das tendências actuais para maior competitividade de aglomerações urbanas mais densas.
Jaime Santos, nao ha pachorra para a abissal ignorancia sobre historia que o teu comentario revela. Da proxima vez que abrires um livro de historia contemporanea, larga o vinho pelo menos 24 horas antes.
ResponderEliminarQual seria a viabilidade duma criptomoda nacional centralizada, que não substitua o euro mas que seja pararelo?
ResponderEliminarAnonimo 13h52
ResponderEliminarTenha calma amigo.
O sistema imunitario e uma coisa maravilhosa de ver em funcionamento e entender.
Todos os anos o Mundo enfrenta uma mortalidade na ordem dos 1% com a gripe.
O COVID-19 ja atingiu o seu pico epidemico na China.
O pico epidemico no resto do mundo sera atingido algures no final de Marco talvez meados de Abril. Duvido que a taxa de mortalidade do COVID-19 seja 2% bem a sul desse numero porque existe grosseira sub-contabilidade do numero real de casos de infeccao.
E um vulgar coronavirus. E anda a matar brancos. Havera uma vacina no inicio do ano que vem, entretanto mete-se o Verao no Hemisferio Norte e muito provavelmente o virus tera menos capacidade de propagacao nesses meses.
O unico risco, de que ninguem fala, e que os coronavirus, sao virus RNA e mutagenicos, nao sao tao mutagenicos como a Influenza mas usam grosso modo dos mesmos mecanismos para escapar ao sistema imunitario - as mutacoes tanto podem levar a uma maior adaptabilidade ao novo hospedeiro Humano com menor virulencia como podem levar a uma adaptabilidade semelhante ou menor maior virulencia ou com tropismo para outros sistemas organicos o que complicaria o controlo da epidemia.
Mas tenha calma entretanto.
O sistema imunitario e uma coisa maravilhosa e os chineses estao a fazer um trabalho notavel de contencao e retardamento de propagacao do virus. A resposta da China a esta epidemia sera ensinada nos livros de historia e epidemiologia.
@ Lowlander
ResponderEliminarCalma? LOL Claro que tenho calma, sem falar numa enorme confiança no meu sistema imunitário.
Nem faz ideia daquilo a que eu já resisti. (Com algumas ajudas muito especiais.)
Sem querer "raptar" este post, apenas faço notar duas ou três informações preocupantes:
A primeira é que apesar da experiência dos profissionais de saúde chineses a lidar com prévias epidemias (SARS, H5N1, etc), há muitos cuidadores entre as vítimas. isso é indício de alta taxa de infecção.
Segundo, parece que os sobreviventes a uma primeira infecção não ganham imunidade, podendo ser reinfectados. Pior, segundo algumas fontes a reinfecção atingiria sobretudo o músculo cardíaco e seria mais letal do que a primeira. E é mau sinal para uma possível vacina.
Terceiro, segundo algumas fontes, apesar das medidas draconianas de quarentena adoptadas pelas autoridades chinesas ainda não atingiu o seu pico. Fala-se de períodos de incubação de 2 a vinte dias sem sintomas declarados mas possibilidade de contágio. O que convenhamos, a verificar-se é um quebra-cabeças sanitário.
E sim, tem razão quando diz que a resposta das autoridades de saúde chinesas está a ser exemplar. Sequenciar o genoma do virus em tão pouco tempo demonstra um profissionalismo e uma capacidade técnica notáveis.
Mas o que interessa para o tema deste blog são as consequências económicas, e essas não param de ser re-estimadas em alta.
Desde encerramentos de fábricas no exterior da China por falta de componentes até à paralisia de empresas nos grandes centros indústriais porque os operários foram "à terra" passar o Ano Novo Lunar e não voltaram aos postos de trabalho.
E não esquecer que numa economia altamente alavancada como a chinesa o crédito mal parado vai ferver.
Espero bem que me engane, mas as consequências desta epidemia vão ser muito mais sérias do que se está a antecipar. Talvez esteja na hora de puxar pelos livros de história para se ter uma ideia do que foram as consequências económicas da peste bubónica na Idade Média.
Mas eu estou calmo... LOL Muito calmo.
Anonimo, presta bem atencao: mantem a calma.
ResponderEliminarMetade dos "factos" que mencionas ou sao de credibilidade duvidosa ou simplesmente falsos.
Tentar equiparar impactos do COVID-19 na infra-estrutura economica capitalista de 2020 com os impactos da peste (qual delas? a bubonica? qual dos surtos?) na infra-estrutura economica feudalista da Idade Media Europeia e estupido.
Anonimo, mantem a calma e toma os comprimidos.