sábado, 7 de setembro de 2019

Por que escrevo

Quero contar a vocês uma história que, para mim, foi muito importante: a primeira vez em que me senti desafiado pelo ofício de escrever.


Aconteceu no povoado boliviano de Llallagua, na zona mineira. No ano anterior, ali mesmo tinha acontecido a matança de San Juan. Os mineiros estavam celebrando a noite de San Juan, bebendo, dançando. E lá dos morros que rodeiam o povoado, o ditador Barrientos mandou metralhar todos eles. Uma matança atroz. Cheguei por lá mais ou menos um ano depois, em 68, e lá fiquei por um tempo, graças às minhas habilidades de desenhista. Porque, entre outras coisas, eu sempre quis desenhar – conseguia desenhar retratos, por exemplo. E retratei todas as crianças dos mineiros, e fiz também alguns cartazes do carnaval e outros eventos. Então me adotaram e passei muito bem, naquele mundo gelado e miserável, onde a pobreza era multiplicada pelo frio. Chegou a noite da despedida. Os mineiros meus amigos, armaram uma despedida com muita bebida – bebemos, cantamos, contamos piadas... cada uma pior que a outra. E eu sabia que às cinco ou seis da manhã, soaria a sirene que os chamaria para o trabalho na mina. E seria a hora de dizer adeus. Quando o momento estava chegando, eles me rodearam e me pediram uma coisa. Disseram: – Conta, conta pra gente como é o mar. E eu fiquei atónito porque não me vinha nenhuma ideia. Os mineiros eram homens condenados a uma morte antecipada nas tripas da terra, por causa do pó de sílica. A média de vida era de trinta, trinta e cinco anos, não mais. Eu sabia que eles jamais veriam o mar, que iam morrer muito antes de qualquer possibilidade de ver o mar, porque estavam condenados pela miséria a nunca sair daquele povoado. Então eu tinha a responsabilidade de levar o mar a eles, de encontrar palavras que fossem capazes de molhar todos eles, para que pudessem sentir o gosto e o cheiro do mar. E esse foi meu primeiro desafio de escritor, a partir da certeza de que escrever serve para alguma coisa.

Eduardo Galeano – “O Caçador de Histórias” – Ed. L&PM

(Surripiado aqui)

35 comentários:

  1. Parabéns

    Por trazer aqui esta magnifica história. Vale a pena lê-las todas

    Parabéns

    Por trazer aqui Eduardo Galeano

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  2. Toda a história deve ser bem contada:
    https://pt.wikipedia.org/wiki/Catavi

    E não fica bem contada...

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  3. Não passa

    Jose não gosta de ser confrontado com os crimes da canalha de extrema-direita

    Não gosta sobretudo de ver denunciada a ferocidade com que a besta maltrata o ser humano. Sobretudo se o alvo das atrocidades forem trabalhadores anónimos ou simples pessoas humildes

    Jose não gosta porque isto também faz parte da luta ideológica, Não gosta de ver a pulhice humana, característica de torcionários, ser denunciada. Não gosta que a lente da realidade se aproxime o suficiente para ver uma realidade terrível que pode alterar atitudes e posições

    Jose tem medo dos Eduardos Galeanos da História. Tem medo que as pessoas tomem partido e se revoltem contra o horror da extrema-direita

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  4. Jose tenta assim diminuir o peso terrível da denúncia de Galeano

    Porque este não denuncia apenas o terrível massacre de Barrientos. Vai muto mais longe e expõe as condições terríveis dos mineiros:

    "homens condenados a uma morte antecipada nas tripas da terra, por causa do pó de sílica. A média de vida era de trinta, trinta e cinco anos, não mais. Eu sabia que eles jamais veriam o mar, que iam morrer muito antes de qualquer possibilidade de ver o mar, porque estavam condenados pela miséria a nunca sair daquele povoado"

    Ora jose está do outro lado da barricada.

    Do lado que se aproveita desta mole imensa de homens para tirar o lucro correspondente à "ambição", "risco", e "capital empenhado"

    Dum lado a morte e a miséria. Do outro...

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  5. Jose quer contar "toda a história"

    E segundo ele "bem contada"


    A aldrabice é tão idiota que tenta emendar a mão no final com um " e não fica bem contada"


    A história não fica de facto bem contada, porque os que morreram assassinados às ordens de Barrrientos já cá não estão para a contar. Nem os que morreram precocemente nas minas. Ou os que sentiram na pele o ódio de classe de fdp como barrientos

    Os artigos da wikipida para que jose nos empurra não só são medíocres, como também têm lacunas.


    Porque o objectivo de jose é outro. É "colorir" o massacre com os tons da história contada desta forma displicente como um arrogante patrão, com os tiques de capataz colonial

    Colorir com dados que nem são nem exactos, nem retratam o verdadeiro horror. Empurrar com o ventre para um pseudo-historicismo que nada diz

    Interessa sobretudo a jose tapar(nos) os olhos, os ouvidos e a indignação parante a chacina





    Quem

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  6. "Eles atacaram de surpresa. Por terra e ar. A “Operação Pinguim” foi desenvolvida nos próprios campos de mineração. Naquela madrugada escura e fria, enquanto os trabalhadores e suas famílias celebravam a noite de São João, tropas combinadas os atacaram com traição.

    A empresa cortou a eletricidade para que as rádios mineiras não informassem o ataque. Dez jovens recrutas, que eram da área e se recusaram a atirar, foram assassinados por seus comandantes"

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  7. «Não gosta sobretudo de ver denunciada a ferocidade com que a besta maltrata o ser humano. Sobretudo se o alvo das atrocidades forem trabalhadores anónimos ou simples pessoas humilde»

    Cuco, conta-me a história das vítimas dos soviéticos, dos maoístas, do Castro, do PolPot…

    Fala-me da «ferocidade com que a besta maltrata o ser humano»...

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    Respostas
    1. Mais uma vez os problemas pessoais do jose devem ser resolvidos em casa do jose. Ou da sua casa materna

      Podemos passar a assuntos sérios ou jose está demasiado perturbado por ter sido apanhado no seu metier ideológico?


      Parece que se confirma o dito e denunciado aqui

      Jose não gosta que lhe esfreguem na cara a realidade da besta.

      E não gosta sobretudo que estes casos sejam trazidos a público

      É mau para o negócio do Capital e dos capitalistas

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  8. No caso, para a história ser bem contada importa no mínimo saber:
    O que se passava na mina para que o Barrientos resolvesse resolver a tiro?

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  9. O assunto é sério

    E sujo

    Jose tem destas coisas. Denuncia-se por exemplo o massacre de Timor e jose foge para o lado. Para o lado e segundo as suas próprias palavras para “ antes de Timor”.

    Poder-se-ia dizer que é idiotice. Infelizmente é coisa bem pior

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  10. O caso é feio sujo e triste

    Jose não gosta que se denunciem os crimes da extrema-direita?

    O que fazer ?

    Fugir para outros crimes. Como por exemplo e segundo ele, dos soviéticos e dos maoistas e do amigo americano pol pot

    Nem interessa sequer perder mais tempo com o processo.

    Parece que o verdugo nazi Klaus Barbie colaborou intimamente com Barrientos

    Não falem mal dos crimes de Barbie e de Barrientos antes de investigarmos os crimes dos crimes que jose quer

    Cheira mal ? Fede. As papilas de jose parece que gostam de cheiros



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  11. O assunto é feio, triste e sujo

    E ainda mais porque temos que falar, com o devido respeito por quem nos lê, de “ balls”

    Em minha defesa posso dizer que foi jose que utilizou esse termo. As “balls” de Salazar, de forma toda inchada e incrivelmente idiota

    Saiu-se mal com as ditas cujas e elas sumiram a uma velocidade inversamente proporcional ao disparate de jose.

    O caso está documentado e faz parte do anedotário infeliz do bas fond dos viúvos salazaristas. Trazido pela mão de jose.

    Agora terá sido a vez de jose ser apanhado pelas cujas ditas?

    Como resolver?

    Não resolve. Foge e tenta tapar o horror com a sua colecção de horrores

    Terá ficado preso naquilo que andou a apregoar sobre as “ balls de Salazar”?


    Mas tirando o humor que se pode extrair da atrapalhação de jose, o que ressalta é a sujidade de quem age assim

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  12. A coisa tem uma contra-prova

    Jose quer encontrar uma justificação para o massacre. Para o comportamento de Barrientos.

    Jose quer desenterrar um pretexto para que um fdp aja como agiu. Acha que há justificação para este tipo de crimes. Acha que um tipo que metralha homens, mulheres e crianças tem pretextos para

    Sempre me espantou a extrema desfaçatez de como esta tralha defende os torcionarios , desta forma sem escrúpulos e sem vergonha

    Justificações para metralhar inocentes Eis agora a história atrás da qual jose está a correr.

    Como corria atrás das “ balls de Salazar” ?

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  13. Uma última nota.

    Jose não gosta que a realidade do sofrimento humano, às mãos dos facínoras, veja a luz do dia


    Mas há outra coisa que jose também não gosta nada. Mas neste caso cala-se como um rato.

    Não gosta que lhe seja esfregada na face, as condições infra- humanas em que trabalhavam os mineiros

    Aí o caso deixa mais mossa. Aí espraiam-se as condições de miséria dos que são barbaramente explorados E revelam-se as “ qualidades” dos gordos, néscios, pútridos, bem nutridos e oleosos canalhas, que se apropriam do trabalho dos primeiros, e que os querem domar como se fossem escravos

    Que devem ser metralhados, esses trabalhadores , seus familiares, mulheres idosos e crianças, para resolver o problema da bolsa cheia do patrão amigo.

    Ou do regime fascista com que jose se identificou ( identifica?) durante tanto tempo

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  14. Bem, já li o artigo da wikipedia em português, o em inglês e o em espanhol - nenhum deles altera ou acrescenta nada à história que o Galeano contou.

    Além disso, as wikipedias portuguesa e espanhola têm mesmo artigos sobre o massacre em si, mas também não acrescentam muito:

    https://es.wikipedia.org/wiki/Masacre_de_San_Juan

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_San_Juan

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  15. Já apareceu informação sobre o porquê:
    https://www.telesurtv.net/news/masacre-san-juan-bolivia-che-guevara-20180624-0027.html

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  16. E MAIS:
    https://www.paginasiete.bo/gente/2017/6/23/masacre-juan-che-anos-historia-cruenta-142051.html

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  17. O que se passa com jose para estar assim tão apoquentado?

    Diria mesmo mais, histérico?

    A solidariedade com Barrientos turva- lhe o raciocínio?


    A justificação para o massacre era o eventual apoio a Che Guevara? Para metralhar pela calada himens , mulheres e crianças?

    E para executar 10 dos seus que se recusaram a ser assassinos filhos da puta?

    O que faz um ... para esconder a denúncia exemplar de Galeano e a humanismo exemplar que sai da sua história ?

    (Já lá iremos a Che. Por agora o registo do nojo por ver alguém a justificar fascistas e facinoras. Já tentara fazer o mesmo com as falanges franquistas

    Este é o melhor retrato para exemplificar o que nos espera, se coisas desta laia voltam ao poder.

    E de como temos um patronato, daquele gordo e açambarcador, néscio e tão cúmplice com os torcionarios fascistas)



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  18. Depois de tanta cretinice aqui expressa, vamos a factos:
    - O Estado era o patrão das minas uma vez que estavam nacionalizadas
    - O Estado combatia guerrilheiros de esquerda - terroristas para sermos mais explícitos
    - Organizaram uma colecta a favor dos terroristas de 1 dia de salário - o grau de voluntariado proposto pelas organizações esquerdalhas é naturalmente duvidoso
    - Quem subsidia o terrorismo é em qualquer Estado tido por terrorista
    - O Estado era governado em regime militar, em ditadura segundo se depreende
    - Evidentemente que o Estado tinha que reagir a semelhante despautério
    - A bruteza com brutos não é um assunto que espante
    - Em circunstâncias que não aparecem detalhadas, morreram 20 e foram feridos uns tantos, entre eles seguramente alguns inocentes
    - O Cuco só lhe falta dizer que foi um genocídio de gente que só queria festejar o S. João, tão inocentes quanto os coitadinhos sempre o são, mas isso vale o que vale o Cuco

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  19. Assinalam-se quase 47 anos do massacre de Wiriamu, em Moçambique - acontecimento que despertou a atenção do mundo face às atrocidades cometidas por Portugal durante as guerras coloniais em África.

    De acordo com a investigação realizada pelo académico moçambicano Mustafah Dhada, professor de História Mundial e Estudos Africanos radicado nos Estados Unidos, as tropas portuguesas dizimaram um terço dos 1.350 habitantes de cinco povoações da província de Tete, no centro do país.

    Fernando Rosas, historiador português que esteve recentemente naquela povoação – onde foi erguido um monumento a assinalar os acontecimentos ocorridos em 1972 diz que:

    "no fundo, a guerrilha não estava lá. Estava lá a população: homens, mulheres e crianças que eram vítimas daquela violência brutal e inconsequente".


    Falta aqui um tal jose para dizer que a culpa foi de Che.

    Os amantes de massacres são assim


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  20. Reinhard Heydrich, homem de topo das SS, tinha o posto de Protetor (Reichsprotektor) da Checoslováquia ocupada. Heydrich só estava abaixo de Himmler, que o temia.

    Heydrich foi assassinado pela Resistência Checa quando desfilava na sua limousine Mercedes conversível pelas ruas de Praga. A represália alemã foi duríssima,contando com o massacre de um total de 1.500 checos que pagaram com a vida pela morte de Heydrich

    Em 10 de Junho de 1942, tropas da SS trancaram numa igreja todos os habitantes homens da pequena cidade de Lidice, perto de Praga, na Checoslováquia, foram todos executados a tiros. As mulheres e crianças foram enviadas ao campo de concentração de Ravensbruck, onde a maioria morreu de tifo e inanição.


    Tal massacre é considerado um crime de guerra

    Não se sabe se os altos comandos alemães justificaram este massacre como punição exemplar a quem ousasse lutar contra os nazis. Como aviso a tentações futuras. Como vingança gratuita pela morte do SS. Como castigo à população por ter albergado os heróis que livraram um monstro da face da terra

    Sabe-se que numa primeira fase pouparam crianças e mulheres, algo que não acontecerá com Barrientos


    Não se sabe se jose invocaria o assassinio da segunda figura das SS como justificação para este horror.

    Ou quiçá,a proximidade futura de Che para o justificar

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  21. A limpidez do texto de Eduardo Galeano põe todos os joses deste mundo em polvorosa.

    Histéricos.

    Rebarbativos.

    Sem o querer assumem o seu verdadeiro carácter ideológico. Tentam justificar o injustificável. Tentam tomar as dores dos crápulas assassinos. E justificá-los


    As coisas estão cada vez mais claras. Tão claras que dói, como dói a beleza do texto de Eduardo

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  22. O ódio à clareza de quem, com a limpidez das águas claras, denuncia os massacres, está aqui plasmado em toda a sua extensão.

    Porque quem defende um mundo de trevas e de opressão, tem receio da luminosidade e da beleza dos que combatem essas trevas e essa opressão


    Eduardo Galeano vai mais longe do que a denúncia do massacre. Ele retrata a vida de miséria dos que trabalham. E fá-lo duma forma superior, literariamente superior, com uma classe e um sentido estético admiráveis, com a palavra justa e concisa que explica o maravilhoso da obra literária


    E isso não pode perdoar quem se alimenta de massacres e da exploração desumana dos que estão condenados a morrer prematuramente. Mprrer com sofrimento, para a engorda de uns tantos e para o respeito da força da barbárie fascista

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  23. Interessa ver até onde vai o compromisso político-ideológico deste jose...


    Dirá jose:

    "O Estado combatia guerrilheiros de esquerda - terroristas para sermos mais explícitos"


    Eis uma frase que podia ser dita pelos responsáveis pelo massacre de Wiriamu, em Moçambique

    Ou ainda pior, por Himmler himself


    Terá este ensaiado esta "justificação" para o massacre de Lidice?Antes de se suicidar, como um porco que realmente era?

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  24. Dirá jose:

    "o grau de voluntariado proposto pelas organizações esquerdalhas é naturalmente duvidoso"

    A insinuação torpe face aos mineiros. Própria dos congéneres já citados


    E em contraponto...

    "O Estado era o patrão das minas... O Estado combatia guerrilheiros de esquerda - terroristas para sermos mais explícitos... é em qualquer Estado tido por terrorista... O Estado era governado em regime militar, em ditadura segundo se depreende...Evidentemente que o Estado tinha que reagir a semelhante despautério"

    E em contraponto, diziamos nós, a ternura e a incontida admiração por um tal estado

    Falávamos de massacres e de Wiriamu e de litice e de himmler, não era?

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  25. É bom clarificar este ponto:

    "O Estado era o patrão das minas... O Estado combatia guerrilheiros de esquerda - terroristas para sermos mais explícitos... é em qualquer Estado tido por terrorista... O Estado era governado em regime militar, em ditadura segundo se depreende...Evidentemente que o Estado tinha que reagir a semelhante despautério"

    " A bruteza com brutos não é um assunto que espante"


    Nalguma das frases de admiração cúmplice, laudatória e conivente de jose, se retrata a natureza de tal "estado"?

    Um estado assumidamente de extrema-direita.Um estado que se pode classificar no mínimo como semi-fascista?

    Ora tais termos e conotações são da admiração de jose.


    Estará explicado o embevecimento deste por tal "Estado"?

    E teremos aqui a resposta para jose esconder que se trata de um estado de extrema-direita, aquela extrema-direita onde jose procura as balls de salazar?
    E o embevecido "bruteza com brutos" citado por jose,a tentativa deste em esconder a verdadeira natureza ideológica e política de tal estado?


    E finalmente esta defesa de tal tipo de estado é o ponto de convergência dos responsáveis pelo massacre de Wiriamu, pelos de Litice e pelos de San juan? E unir salazar, himmler, barrientos e...jose?

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  26. Dirá jose:

    "Em circunstâncias que não aparecem detalhadas, morreram 20 e foram feridos uns tantos, entre eles seguramente alguns inocentes"


    "Morreram 20 e foram feridos uns tantos...e seguramente alguns inocentes"

    Mais uma vez aqui plasmada a desfaçatez como se contabilizam os mortos entre os oprimidos.

    Há algo que não cola, que ultrapassa o entendimento humano.Esta gente quer sangue e exige sangue. Esta gente contabiliza os mortos de acordo com a sua posição de classe e com a sua natureza ideológica de extrema-direita. Por isso o neoliberalsimo sente-se mais confortável com governos fascistas ou para-fascistas.


    Cangalheiros. Esta gente deve ter sido nalguma vez da sua vida cangalheiros para mercadejarem assim com a morte e o sofrimento humano.

    Está-lhes na massa do sangue

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  27. Vejamos as coisas mais de perto e de acordo com fontes mais fidedignas

    Ponciano Mamani, Nicanor Torres B., Maximiliano Achu, Alejandro Mamani, Isaac Cazorla, Bernardino Condori (8 años), Sabino Véliz, Victor Candia, Eloy Quiroga, Cupertino Caballero, Gabriel Sequeiros (oficial militar), Rosendo García (dirigente minero) NN bebé recién nacido, NN minero de unos 30 años, NN señora embarazada, NN minero con disparo en la cabeza, entre otros, son algunos de los muertos en la Masacre de San Juan (madrugada del 24-junio-1967) en Siglo XX, Llallagua y Huanuni, y ejecutada por los regimientos “Ranger’s” (entrenados en Montero por expertos norteamericanos como Raldh “Papi” Shelton) y Camacho, policías (uniformados y agentes civiles) así como por la Empresa Minera Catavi, gerentada por Arturo Sahonero; todo por orden del Presidente René Barrientos otro “dictador-demócrata” que asumió por Golpe de Estado de noviembre de 1965 y en 1966 ganó la elección con Luis Adolfo Siles Salinas.


    Ninguém sabe ao certo quantos mortos houve. O que se sabe é que foram à época reconhecidos oficialmente 26 mortos e mais de 100 feridos. Uns falam de 21 mortos; outros de 87

    https://www.youtube.com/watch?v=QTYgO9JWUiQ

    (O sumiço dos corpos sempre foi uma pecha dos fascistas. Até tentaram fazer o mesmo com o cadáver de Humberto Delgado)

    Jose baixará a fasquia e assumirá daquela forma assumidamente néscia em "foram feridos uns tantos

    (Quanto aos "inocentes" referidos por jose, estes assumem o libelo acusatório contra os empreendedores desta espécie, que não passam de verdadeiros filhos da puta quando está em causa as mortes de inocentes.

    É este mesmo tipo de patronato grande e obeso, que se rebola no chão a choramingar e a rastejar como coitadinhos da trampa, se não conseguem ter os benefícios fiscais adequados ao seu saque. Ou os seus proventos seguros nos paraísos fiscais.

    Ou se não lhes proibem as greves, que lhes podem limitar o sacrossanto lucro)

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  28. Algumas medidas tomadas por barrientos:

    Aprobación del Nuevo Código de Minería, que autorizó la libre comercialización de los minerales.
    Entrega de mina Matilde al consorcio norteamericano Phillips Brothers.
    Entrega de colas y desmontes de Catavi a la Internacional Mining Processing.
    Entrega del gas natural a propiedad de la Gulf Oil.
    Arresto y exilio de Lechín. Seguidamente una fuerte disminución de salarios del 40 por ciento que derivó en una huelga general.
    Ante la huelga general, el gobierno ordenó tomar militarmente las minas de Kami, Siglo XX, Catavi y bombardear la mina Milluni.
    Se produjo la masacre de Siglo XX y Llallagua .
    Persecución y asesinato de los principales dirigentes sindicales de Siglo XX como César Lora, Federico Escobar, Isaac Camacho, etc...

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  29. Falará ainda jose dos seus "factos"

    Falará também em "cretinice", termo com que refere tudo o que não lhe conforte as balls de salazar por quem tem uma admiração suspeita


    Os "factos" apresentados por jose sao afinal os postulados ideológicos que podem ser apresentados pelos assassinos de Wiriamu. Ou pelos do massacre de Lidice. Ou de San Juan.

    É o mesmo paleio fundamentalista horrendo de himmler ou barrientos

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  30. (Falará ainda jose de "cucos", daquela forma habitual com que tenta esconjurar os seus pesadelos e insultar as opções familiares de quem fez o que devia fazer.

    Mas francamente os complexos de jose são apenas o pretexto de fait divers. Ou a expressão desaustinada de quem está preso pelas balls de salazar

    Adiante)


    O que não se pode deixar impune é este comprometimento de jose com barrientos e os seus torcionários:
    "um genocídio de gente que só queria festejar o S. João, tão inocentes quanto os coitadinhos sempre o são"

    Eis jose em todo o seu esplendor:
    -Um insulto à memória dos mortos.
    -Um insulto às vitimas inocentes.
    -Uma apologia do massacre merecido por quem ousa contestar a doutrina da extrema-direita.
    -Uma apologia do massacre por quem ousa questionar o direito ao saque


    Resumidamente pode-se dizer que, para jose, quem morre às mãos da barbárie é sempre culpado porque nunca há inocentes para a barbárie. Esta precisa de justificar os seus crimes hediondos.

    A prova está na confirmaçao da postura eugénica de jose, já aqui denunciada. Há os senhores, os barrientos, os himmler, ( os joses?). E há depois os "coitadinhos" que merecem o seu destino de morrer, vitimas da metralha dos senhores.

    Mesmo que seguramente inocentes

    Mete nojo

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  31. Jose quer desenterrar um pretexto para que um fdp aja como agiu. Acha que há justificação para este tipo de crimes. Acha que um tipo que metralha homens, mulheres e crianças tem pretextos para

    Sempre me espantou a extrema desfaçatez de como esta tralha defende os torcionarios , desta forma sem escrúpulos e sem vergonha

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  32. "Todo comenzó cuando las familias mineras se retiraban a dormir después de haber festejado el solsticio de invierno alrededor de las fogatas, donde se bailó y cantó al ritmo de cuecas y huaynos, acompañados con ponches de alcohol, comidas típicas, coca, cigarrillos, cachorros de dinamita y cuetillos. Mientras esto sucedía en la población civil de Llallagua y los campamentos de Siglo XX, las tropas del regimiento Rangers y Camacho, que horas antes habían tendido un cerco al amparo de la noche, abrieron fuego desde todos los ángulos
    (Víctor Montoya)

    Al amanecer “Se escucharon disparos de fusiles,ametralladoras y explosiones de dinamita, -las hordas represivas- descendieron por las faldas del cerro SanMiguel, con intermitentes disparos, que continuaron hastalas 6 y 30 horas (…). Al aclarar el día se pudo observar
    que la mayoría de muertos y heridos eran moradores del campamento ‘La Salvadora’ que se dirigían a cumplir la primera punta. (…). Las sirenas de las ambulancias hacían estremecer el ambiente y los centenares de heridos y decenas de muertos eran recogidos y llevados a Catavi.
    (Lora, 1980: 75-77).

    "Es así que aproximadamente a las 5 de la madrugaba del día 24 de junio de 1967, cuando varios mineros todavía festejaban San Juan, fracciones de los regimientos Rangers y Camacho de Oruro, que viajaron en 12 vagones de ferrocarril, desembarcaron en la estación ferroviaria de Cancañiri y ocuparon violentamente los campamentos mineros de Catavi y Siglo XX, y las emisoras La Voz del Minero y Siglo XX.

    Los obreros fueron sorprendidos por intensos disparos de fusiles y ametralladoras en las zonas de Llallagua y La Salvadora. Confundidos por la fiesta pensaron que se trataba de dinamitazos o cohetillos usados en fiestas similares. Sin embargo los gritos desesperados de mujeres, el llanto de los niños y el lamento de los heridos los volvieron a la realidad. Las viviendas de los mineros fueron atacadas, cientos de balas cruzaban por todas partes matando gente. La mayor cantidad de víctimas se registró en el campamento La Salvadora, cerca de Cancañiri."

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  33. "alrededor de las cinco de la mañana, comenzó la balacera para victimar a hombres, mujeres y niños. En un principio, ante el ataque sorpresivo, algunos confundieron las ráfagas de las ametralladoras con los cuetillos y el estampido de los morteros con la explosión de las dinamitas.

    La empresa, en complicidad con los masacradores, cortó la luz eléctrica aquella madrugada, para que las radios no pudiesen transmitir ninguna alarma a los pobladores; en tanto los soldados, que estaban apostados en el cerro San Miguel, cercano de Canañiri, La Salvadora y el Río Seco, bajaron como recuas de asnos por la escarpada ladera y ocuparon a fuego los campamentos, la Plaza del Minero, la sede del sindicato y la radio La Voz del Minero, donde fue asesinado el dirigente Rosendo García Maisman, quien, parapetado detrás de una ventana, defendió la radio con un viejo fusil en la mano.

    La matanza duró varias horas bajo el sol del 24 de junio. Los muertos se desangraban junto a las cenizas de las fogatas y los heridos acudían al hospital, mientras las madres, aterradas por los disparos y los gritos, intentaban calmar el miedo y el llanto de sus hijos. En medio del caos y el espanto, no faltaron los hombres que, en un intento desesperado por defenderse, se armaron de dinamitas y capturaron a algunos soldados, a quienes les despojaron de sus uniformes y les quitaron sus armas. Pero todo hacía suponer que era ya demasiado tarde para preparar una resistencia organizada. En la Plaza del Minero se llenaron los soldados y la jurisdicción de la provincia Bustillo fue declarada zona militar».

    (Eduardo Molina)

    Só verdadeiros --- podem defender massacres de homens, mulheres e crianças

    É para esta solidariedade com os crimes e os criminosos , com os pulhas e os sacanas, que jose quer um museu dedicado a salazar

    "para matar as saudades dos assassinatos e dos desaparecimentos, e da tortura e da mais elementar mentira. Vai ser uma curiosidade, depois, ver onde nasceu o novo ditador para cuidar de lhe manter a casinha em pé e ir para lá interpretar o raio que parta."

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  34. Bolsojose: “Os índios? Na Amazónia? Esses coitadinhos? É metralhá-los. É metralhá-los

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