quinta-feira, 26 de abril de 2007
A caminho da presidência portuguesa da UE
Dentro de pouco mais de 2 meses Portugal assumirá a presidência da UE. Depois de uma presidência portuguesa sob a égide de Cavaco (que deixou para história... hum, vejamos... ah, o CCB) no início dos anos 90 e sete anos após a presidência guterrista (que pôs o nome de Lisboa numa «Agenda», a qual foi deixando as vestes sociais pelo caminho e acelerou as «reformas» de cariz liberal, adocicadas por ambições algo desmesuradas de fazer da UE «a economia do conhecimento mais competitiva do mundo em 2010»...), o que fará a liderança europeia de Sócrates?
O hábito de aproveitar as presidências da UE para fins de propaganda interna é irresistível. Mas as coisas serão mais difíceis para Sócrates do que foram para Cavaco ou para Guterres. No meio de uma grave crise institucional - de que os resultados dos referendos franceses e holandeses são menos causa do que consequência - os seis meses da Presidência portuguesa arriscam-se a ficar esmagados pela busca de uma saída menos indigna para a esta crise.
A situação em que a UE se encontra é muito mais do que uma crise de crescimento. Marcada pela contradição crescente entre os poderes que acumulou e a falta de legitimidade democrática, revelando-se cada vez mais como factor de erosão do Estado Social quando dela os povos europeus esperavam um contraponto à globalização liberal, o projecto de integração europeia está hoje longe de revelar a capacidade mobilizadora que teve em alguns períodos desde do fim da 2ª Guerra Mundial.
Que fazer com a UE? Aceitam-se propostas.
Referendá-la.
ResponderEliminarPerguntar aos europeus "que UE querem? Que estado social querem? Querem uma constituição? Qual?"
Aos 50 anos de Europa, impõe-se.
A minha proposta:
ResponderEliminar- caminhar para uma UE Federal;
- Ter uma politica Externa comum;
- Criar o Exercito Europeu;
- Reforçar o Papel Social da UE;
Bem por agora são algumas das minhas propostas que gostaria de levar a discussão.
(Quanto ao referendo devo de admitir que me oponho em Portugal, por enquanto deixou de fazer sentido a figura do referendo)